5 filmes sobre grandes homens da história
- Gisele Alvares Gonçalves
- 3 de set. de 2020
- 7 min de leitura
Atualizado: 25 de mar. de 2021
Olá cinéfilos do meu coração, tudo bem com vocês? Mais uma semana com dicas épicas, e dessa vez vamos falas sobre filmes que retratam grandes homens que revolucionaram o mundo em suas épocas. Para sermos justos, vamos pegar um gênio de cada campo: ciência e tecnologia, letras, música, política e entretenimento. E aí, prontos para embarcar nesta viagem comigo? Então lá vamos nós!
O gênio da ciência e da tecnologia: Thomas Edison
Filme: A Batalha das Correntes
Você consegue imaginar um mundo sem eletricidade, e tudo o que decorre dela? Sem fogões, micro-ondas, máquinas de lavar roupas e até computadores? Não? Pois bem, se você tem tudo isso em sua casa hoje, então deve o seu conforto a este grande inventor. No filme, no entanto, não temos apenas ele, mas também George Westinghouse, o outro lado da moeda e grande inimigo de Edison.
A trama foca na batalha de ideias entre os adversários, e na briga suja que decorre pelo desejo de monopólio sobre a energia elétrica. Posso garantir que é tensão do início ao fim, com um roteiro trabalhado de forma profunda tanto em termos de personagens quanto de pesquisa histórica e científica. Sim, esse é um filme denso, então não o assista se estiver muito cansado e com sono, pois possivelmente vai perder detalhes importantes dos diálogos. Também não recomendo mostrar esta obra para crianças, pois elas não vão conseguir acompanhar o raciocínio do longa.
Apesar de denso, o filme não tem cenas muito chocantes de sangue ou sexo, então é cartão verde para as almas mais sensíveis. Ainda assim, sensíveis ou não, garanto que todo o público exigente vai apreciar A Batalha das Correntes, pois tudo é feito com extrema qualidade, a começar pela atuação incrível do Benedict Cumberbatch (Thomas Edison), Michael Shannon (George Westinghouse), Tom Holland (Samuel Insull), Matthew Macfadyen (J. P. Morgan) e Nicholas Hoult (Nikola Tesla). Só nome grande, né non? E eu aposto que você conhece dois ou mais desses atores!

O gênio das letras: James Murray
Filme: O Gênio e o Louco
Talvez você não saiba quem foi James Murray… Talvez nem sinta diretamente o legado dele no seu dia a dia (como é o caso de Thomas Edison), porém garanto que o cara foi incrível e que seu trabalho teve uma grande importância em seu tempo: o dicionário da língua inglesa de Oxford. Galera, vocês conseguem imaginar como se realizou este trabalho em uma época em que não existiam ferramentas de busca online? Tirando que esse não foi simplesmente um trabalho de atribuir significado às palavras, mas uma verdadeira pesquisa filológica! Traçar a origem das palavras e sua evolução através do tempo… Só de imaginar na pesquisa gigantesca de James Murray eu já quero aplaudi-lo de pé, agora mesmo!
Como A Batalha das Correntes, este longa possui mais de um protagonista, e neste caso a trama foca também no dr. William Chester Minor, ex-cirurgião do exército americano, maior contribuidor do dicionário de Oxford… E louco. Aliás, este é o elemento que deixa esta história bastante dramática e intensa, especialmente pela relação de amizade entre James e William, em que o primeiro tenta desesperadamente salvar o segundo. Acreditem em mim, é de cortar o coração.
Este é mais um filme denso pra caramba, bem feito e com atuações incríveis, porém com uma ressalva: se você não gosta de ver cenas com muito sangue, ou muito chocantes em termos de violência, eu não recomendaria O Gênio e o Louco. Sério, temos momentos bastante tensos sobre automutilação e sobre tratamentos cruéis que eram realizados nos sanatórios no século XIX.
Para finalizar esta indicação, então, deixo com vocês o elenco de ponta que protagonizou O Gênio e o Louco… E se vocês não tinham se convencido ainda a assistir a esta obra, tenho certeza que agora se convencerão: Mel Gibson (James Murray), Sean Penn (Dr. William Chester Minor) e Natalie Dormer (Eliza Merret). Fala sério, tem como perder um filmão desses?

O gênio da música: Wolfgang Amadeus Mozart
Filme: Amadeus
Baita compositor aqui para representar a classe dos músicos, não é mesmo? Mozart, para mim, simplesmente é o maior compositor da história da humanidade (que Beethoven me perdoe, mas é verdade), apesar de ser conhecido hoje apenas por sua ópera A Flauta Mágica, principalmente pela ária da rainha da noite (se não está reconhecendo por nome, procure no Youtube… Tenho certeza de que já ouviu ela antes). Se você só conhece essa ópera, o filme Amadeus é uma oportunidade imperdível para descobrir mais sobre quem é Mozart e para ficar morrendo de vontade de conhecer suas outras obras. Eu sei que eu fiquei.
Filme antiguinho, de 1986, carrega no seu visual as marcas do tempo em que foi feito (em especial nas perucas, porque em termos de ambientação o filme até que tem uma boa imersão no século XVIII). Além disso, também notamos um certo exagero na construção de Mozart, uma certa ludicidade e um humor sombrio no roteiro, que deixam o filme dinâmico e bem diferente de outros dramas históricos, como A Batalha das Correntes e O Gênio e o Louco. Não se enganem, a trama é muito profunda e psicológica, e os personagens são bem construídos, mas tais escolhas de direção acabam por deixar o filme um pouco mais leve, e apesar de se tratar de uma trama obscura, também um pouco mais palatável.
Como sempre, não temos apenas Mozart no filme… Aliás, eu nem diria que ele é o protagonista. É Salieri, outro compositor incrível (ao meu gosto), quem conta a história para nós, a partir de sua obsessão, amor e ódio por Amadeus. Salieri queria ser Mozart, queria ter o talento de Mozart, queria possuir e controlar o destino de Mozart… E assim, decidir a hora da sua morte. O seu ciúme doentio é o mote da história, trazendo nuances bastante complexas para este longa-metragem incrível. Quanto à atuação, nem tenho palavras para dizer o quanto ela é impecável, ainda que os atores não sejam muito conhecidos atualmente. Sério, vale à pena ver este filme, ainda mais se é fã de música clássica… Se for este o caso, tenho certeza de que não vai se arrepender ao ver Amadeus.

O gênio da política: Johann Friedrich Struensee
Filme: O Amante da Rainha
Como o título do filme indica, essa figura tem lá suas controvérsias, e a primeira foi ter ajudado o rei Christian VII da Dinamarca a ser corno. Calma lá, que esse não é o seu legado! Estamos falando aqui de um médico de cidade pequena, filho de uma família de classe média que chegou à corte dinamarquesa e conseguiu implantar os ideais iluministas por lá, tendo decretado o fim da tortura, dos privilégios dos nobres e da censura, para além de outras coisas. Struensee, é claro, deu o passo maior que a perna, e acabou por ser executado no final. Ainda assim, apesar de seu fim trágico, ele deixou o seu legado para o futuro rei da Dinamarca, Frederick VI, que aprendeu com o médico sobre o iluminismo e deu prosseguimento ao seu trabalho, fazendo do seu reino um dos exemplos de despotismo esclarecido.
Primeiro filme europeu da lista, O Amante da Rainha não é muito conhecido aqui no Brasil, a não ser para os viciados em dramas históricos. Eu não posso dizer o quanto eu fico chateada com esse fato, sabendo o quão incrível é esta obra! Na trama temos romance e tretas políticas, além de acompanhar a história em um ritmo empolgante e bastante dramático, que vai em um crescente de tensão até o grande desfecho da história: a morte de Struensee. Aliás, essa cena foi dirigida de forma impecável, com uma câmera introspectiva a nos dar a sensação real da última visão de um moribundo sobre a Terra.
Por incrível que pareça, apesar de ser um filme dinamarquês, o elenco conta com nomes bastante conhecidos do público consumidor de obras hollywoodianas, como o Mads Mikkelsen (Johann Struensee) e Alicia Vikander (Caroline Mathilde). Apesar de não tão conhecido, preciso falar aqui sobre o Mikkel Boe Følsgaard, que interpretou o rei Christian VII com uma genialidade como poucas vezes encontramos hoje em dia. Sério, o cara foi incrível! Ele deu loucura, inocência, dor e alegria para o personagem com tamanha realidade que fica impossível não sentir o que ele está sentindo. Vejam por si mesmos, e depois me contem: tenho certeza de que concordarão comigo.

O gênio do entretenimento: P. T. Barnum
Filme: O Rei do Show
Quem já foi no circo? Quem já riu com os palhaços, surpreendeu-se com os leões e suspirou com os trapezistas? Pois bem, P. T. Barnum foi um dos fundadores do circo mais famoso do século XX, tendo o Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus apenas encerrado suas atividades em 2017. Além disso, P. T. Barnum foi político, filantropista e autor de vários livros, incluindo sua bibliografia. Homem versátil, não é mesmo? Mas, apesar de tudo isso, ele ficou mais conhecido por seus embustes, como a sereia de Fiji, que nada mais era do que o tronco de um macaco costurado ao rabo de um peixe.
Essa pessoa foi quase uma alegoria na vida real… Nada mais justo, então, que o filme que retrata sua vida ser extremamente lúdico, alegre e cheio de música. Diferentemente de todos os outros filmes que eu trouxe acima, O Rei do Show traz cores e alegria, fala sobre sonhos e não é nada fiel à história, principalmente em termos de figurinos. Ainda assim é uma obra incrível, com composições empolgantes e coreografias de fazer babar, em especial para quem gosta do gênero musical.
Quanto ao elenco, bom… Só gente conhecida, e de grande talento! Quer ver Hugh Jackman (P. T. Barnum), Zac Efron (Phillip Carlyle), Zendaya (Anne Wheeler) e Rebecca Ferguson (Jenny Lind) no mesmo filme? Esta é a sua pedida! Bom, você já notou que a obra tem qualidade, não é mesmo? Então agora é só botar a pipoca no micro-ondas, preparar uma bebida gostosa e botar a rodar o filme na TV... e depois correr aqui para nos contar o que achou dessa indicação!

Enfim terminamos esta lista, e eu espero que tenham gostado dos nomes que eu citei aqui! E você, se fosse listar cinco filmes sobre grandes homens do passados, sobre quem escreveriam? Quais longa-metragens indicariam? Comentem aí embaixo, quero saber a opinião de vocês! Vou ficar no aguardo, hein? Mas até lá, eu deixo um beijo e um queijo para vocês, e um desejo de que tenham uma ótima semana. Até a próxima!
Eu tive o imenso prazer de conhecer cada uma das obras mencionadas e, nossa, são todas espetaculares à sua própria maneira! Aliás, eu vi esse trocadilho no comecinho do texto... "gerou muita TENSÃO"... Hehehe