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Ciência x religião: uma análise sob a ótica dos livros de Dan Brown

  • Foto do escritor: Angers Moorse
    Angers Moorse
  • 28 de out. de 2020
  • 11 min de leitura

Atualizado: 6 de nov. de 2020



Salve salve, galera! Eis um tema sobre o qual estava há um tempo namorando para escrever. Afinal, talvez esta seja a maior rivalidade da história da humanidade desde seus primórdios: ciência x religião. De ambos os lados, temos ilustres representantes, como Buda, Jesus e Maomé para o lado da religião e Einstein, Newton e Galilei para o lado da ciência.


Desde a antiguidade na era Babilônica, passando pela Idade Média e chegando no Renascimento e Era Moderna, sempre tivemos inúmeras batalhas, conflitos e muito sangue espalhado pelo chão em nome de um “Deus”. E essa é, justamente, a maior questão: qual é o verdadeiro Deus, a ciência ou a religião?


Inúmeras atrocidades foram cometidas pela Igreja Católica contra pessoas da ciência, sendo que muitas dessas atrocidades velavam suas reais intenções. Caso das Cruzadas, da Santa Inquisição e das perseguições a membros Illuminati e Maçons… a própria origem da Sexta-feira 13 traz um pouco disso em suas entranhas... Recomendo a leitura do livro Malleaus Malleficarium (O Martelo das Bruxas), escrito entre 1486 e 1487 por Heinrich Kraemer e James Sprenger.


Por outro lado, alguns grupos e sociedades secretas também cometeram seus ataques contra a cúpula do catolicismo. Há quem diga que os Illuminati teriam sido responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001 e que a Maçonaria esteve envolvida no assassinato de John F. Kennedy em 1963.


E mais, alguns conspiracionistas afirmam que tanto illuminatis quanto maçons ainda existem escondidos e inseridos até mesmo em altos cargos, e que há um grande plano em andamento para destruir os pilares do cristianismo, usando justamente a ciência para eliminar as mais fortes e conhecidas crenças religiosas.


Contextualização feita, vamos navegar um pouco pelo universo literário do escritor Dan Brown. Afinal, em seus livros ele traz esse embate sobre fé e ciência em muitos momentos e que foram muito bem retratados nos três filmes dirigidos por Ron Howard e estrelados por Tom Hanks (O Código Da Vinci, Anjos & Demônios e Inferno).


A partir de agora, vamos analisar alguns dos livros do escritor: O Código Da Vinci, Anjos & Demônios, O Símbolo Perdido, Inferno e Origem e ver como a questão é retratada nas tramas, quais contextos e informações são trazidas e de que forma isso apazigua ou amplia a discussão. Prontos para embarcar nessa viagem? Então, sem mais delongas, vamos às análises.



Anjos & Demônios (2000)


O primeiro livro (e segundo filme produzido) entra na questão da sucessão papal e em uma suposta ameaça Illuminati de destruir os pilares do cristianismo usando a ciência para isso. A chamada “Partícula de Deus” é escondida em algum lugar no Vaticano, e cabe ao professor e simbologista Robert Langdon desvendar o mistério e encontrar o Caminho da Iluminação, ao lado da cientista Vittoria Vetra.


Contudo, o Camerlengo Carlo Ventresca está à espreita e tem um plano muito bem elaborado para tanto, que envolve o assassinato dos quatro Preferitti, os candidatos mais conceituados para serem eleitos como o novo Papa e chefe da Igreja Católica, além da explosão da antimatéria no Vaticano.


Na trama original, o camerlengo perde a mãe em uma igreja quando uma bomba terrorista explode. A partir daquele instante, ele decide lutar contra a ciência. Por sua vez, Vittoria é uma órfã abandonada pelos pais e adotada por Leonardo Vetra, sendo que ambos trabalham no CERN, a convite de Maxmilian Kohler, diretor do local e que nutre grande ódio por religiões, causado pela forma traumática com a qual sua invalidez se desenvolveu.


Professor Langdon é um professor e simbologista de Harvard, chamado por Kohler para investigar a morte de Leonardo. Cético quanto à religiões, ele pretende finalizar sua obra literária falando a respeito de algumas controvérsias religiosas do passado do catolicismo.


Quando um papa progressista decide chamar o diretor do CERN em seu gabinete para conversarem sobre o assunto e decidirem fazer uma espécie de “parceria”, obviamente a ala ultraconservadora se insurge e invoca um antigo fantasma do passado para tocar o terror no Vaticano. Há um grande mistério oculto envolvendo o próprio Papa e que pode mudar completamente o rumo dos acontecimentos.


Percebemos no livro que, em tese, a ciência apenas busca seu espaço e, ao mesmo tempo, tenta explicar algumas das verdades pregadas pela religião. Isso acaba soando como uma ameaça à Igreja, que vê os avanços científicos como uma forma de tomar o lugar de Deus e, em consequência, perder seu poder sobre a população. E muito desse poder foi conquistado pelo medo do desconhecido, incluindo mortes de cientistas, pensadores e progressistas.


O mundo evoluiu (há controvérsias), a ciência caminhou a passos largos e rápidos e a tecnologia vem trazendo explicações cada vez mais precisas sobre muitos dos dogmas católicos, o que é visto como uma blasfêmia. Contudo, ao mesmo tempo que a tecnologia auxilia, acaba sendo responsável por destruir aos poucos a humanidade e distanciar-nos de algo muito mais forte e poderoso que se imagina: a fé.


Ter fé, em sua essência, é acreditar em algo, alguma coisa ou alguém, nesse caso, uma força superior que move todas as coisas. E a própria ciência é vista como uma espécie de crença, e os cientistas como homens de fé, por acreditarem piamente em suas convicções. Inclusive, há certo consenso científico de que há uma força maior no universo e que poderia trazer muitas das respostas às perguntas da ciência.


Talvez, a ciência seja jovem demais para entender certas coisas, e a religião seja falha por causa dos próprios homens em seu comando. Não há 100% de razão em uma ou outra e todas tem seus defeitos e virtudes.


“Aqueles que crêem são submetidos a grandes testes por amor a Deus!” (pg. 438)

O Código Da Vinci (2003)


A trama gira em torno de um dos maiores mistérios da Igreja Católica: os rumos que a religião tomaria se a verdade sobre Jesus fosse outra. E se a Igreja tivesse sido comandada por uma mulher, filha de Jesus e Maria Madalena? E se ainda houvesse descendentes diretos da linhagem de Cristo?


Dessa vez, o professor Robert Langdon investiga a morte de Jacques Saunière, curador do Museu do Louvre, em Paris, e um dos membros do Priorado de Sião, sociedade secreta responsável por guardar a sete chaves o segredo sobre a tumba de Maria Madalena e sua linhagem de descendentes.


Contando com a ajuda de Sophie Neveu, neta de Jacques, os dois acabam mergulhando em algo muito mais profundo, maior, mais complexo e perigoso que poderiam imaginar. Entre mistérios, enigmas e descobertas, um grande e poderoso segredo está prestes a ser revelado.


Entre os inimigos, vemos o Bispo Manuel Aringarosa, o assassino Silas e Sir Leigh Teabing, especialista no chamado Santo Graal e um dos maiores interessados na revelação ao mundo da linhagem de descendentes de Jesus Cristo.


Aqui, vemos o embate entre ciência x religião na questão da revelação ou não da verdade, uma vez que, ao final do livro, descobrimos a verdade sobre Sophie. E é essa revelação que a ciência poderia fazer e que, em tese, abalaria os pilares de todo o cristianismo. Afinal, qual seria o tamanho da crise de fé a ser instaurada no mundo todo se a maior história de amor e fé de todos os tempos fosse uma grande mentira contada apenas para garantir o poder da Igreja sobre as pessoas?


Um dos maiores temores da cúpula do catolicismo é a crescente diminuição do número de católicos ao redor do mundo. Mesmo com os altos números ainda existentes em muitos países, uma onda crescente de novas religiões, seitas ou filosofias vêm surgindo e algumas delas trazem, inclusive, um culto exacerbado à ciência em detrimento à religião.


A própria ciência vem fazendo descobertas que, ao mesmo tempo empolgantes, são deveras assustadoras. Novas tecnologias de datação e mapeamento vêm sendo desenvolvidas, o que facilita a historiadores, geólogos e arqueólogos efetuarem novas descobertas e revelações (leia nossa matéria sobre arqueólogos nos cinemas).


E, no ramo da arqueologia, a localização de personagens históricos sempre causa aquele frisson na comunidade científica… e certo pânico na cúpula religiosa. Imagine você descobrir que Jesus foi um simples humano, teve filhos, e uma mulher deveria ser a pedra fundamental da Igreja, e não Pedro?


O Concílio de Nicéia, realizado em maio de 325 d.C., instituiu muito do que conhecemos atualmente. E, além disso, baniu muita coisa que poria em risco o poder do alto clero. E a ciência, aos poucos, vêm trazendo luz à verdade velada. E, penso eu, que essa queda de braço ainda terá muito suor e sangue pela frente.


“Sirvo a um mestre que está muito acima do meu próprio orgulho. A verdade. A humanidade merece conhecer a verdade.” (pg. 331)

O Símbolo Perdido (2009)


Para os amantes de uma boa conspiração envolvendo a Maçonaria, esse é um livro incrível. Passando por mistérios envolvendo o governo norte-americano, misticismo, filosofia e ciência, a trama é muito envolvente e traz outra discussão bem acalorada. E se o homem pudesse ter um poder sobre-humano, quase que divino? E se ele pudesse ser um Deus?


Mais uma vez, Robert Langdon envolve-se em um emaranhado de mistérios envolvendo um suposto portal místico que seria a chave para chegar à Apoteose, ou seja, conceito no qual um homem poderia se tornar um deus. Robert é forçado a unir forças com Mal'akh, o vilão da trama, para desvendar o segredo da Pirâmide Maçônica e dar a ele poderes além da compreensão humana.


A filha de Peter Solomon, maçom e amigo de Robert, acaba ajudando-o a desvendar os segredos da pirâmide e, ao mesmo tempo, apresenta suas descobertas sobre uma nova área da ciência, a Noética que, em linhas gerais, define a dimensão espiritual do ser humano sem abordar a religião como base.


Tornar um humano em um ser igual a Deus já soa como uma blasfêmia para o catolicismo. Agora, discutir sobre a dimensão humana sem trazer os princípios religiosos como base científica e referencial teórico soa ainda pior. Para alguns, o maior medo da religião é o ser humano avançar demais o sinal e acabar criando sua própria destruição, o inferno na Terra. Mas, para a maioria, é apenas o medo de perder o poder e toda a grana que vem junto.


Obviamente, todo o cuidado é pouco ao mergulhar em áreas desconhecidas, pois os riscos estão ali, à espreita de um descuido para dispararem consequências que podem ser trágicas. Mas todo risco traz a possibilidade de novas e excitantes descobertas. E digo mais, de nos conhecermos melhor e nos tornarmos seres humanos melhores, evoluirmos para algo ainda maior naturalmente. E, quem sabe, conhecermos os maiores mistérios do Grande Arquiteto do Universo.


“Mistérios não podem ser gritados aos quatro ventos. Eles são uma chama acesa que, nas mãos de um mestre, podem iluminar o caminho, mas que, nas mãos de um louco, podem abrasar a Terra.”

Inferno (2013)


Embora a história do livro possa não parecer tão turbulenta assim, traz um contraponto interessante na disputa entre ciência x religião: o controle populacional. Afinal, aquela velha máxima bíblica “crescei e multiplicai-vos” ainda vale para os tempos atuais?


Aqui, o professor Langdon acorda em um hospital, sem saber o que aconteceu e com falta de memória. E, para piorar, ainda é perseguido e levado a uma fuga insana, incluindo pesadelos com a obra O Inferno de Dante Alighieri. E uma mulher misteriosa chamada Sienna Brooks parece saber muito mais que aparenta.


Como se isso não fosse pouco, descobre aos poucos que Bertrand Zobrist tinha um plano maligno em curso e que precisaria unir forças com um amor do passado e novos “amigos” para conter um vírus altamente perigoso, cujos efeitos Siena revelaria ao final da trama.


Bertrand era um geneticista bilionário que havia descoberto uma forma de conter o avanço populacional, uma vez que a humanidade caminhava a passos largos rumo à própria extinção. E qual a solução? Impedir que mulheres engravidem… simples assim. Simples e polêmico!


Obviamente, o catolicismo condena toda e qualquer forma de anticoncepcional, pois vai contra a natureza humana, que é procriar e dar continuidade à espécie. Algo “ensinado” por Jesus (entenderam a ironia aí?) e difundido de geração em geração. Mas, até que ponto gerar vidas sem ter uma estrutura mínima é amar ao próximo e valorizar a vida, ensinamentos estes que Jesus nos deixou? Olha o tamanho da contradição.


Por sua vez, a ciência sabe que, se algo não for feito em breve, estaremos caindo em um precipício sem volta. Aliás, já estamos a passos largos ao precipício, pois os números de nascimentos não param de crescer e, para piorar, justamente nos países mais subdesenvolvidos e nos quais não há estrutura mínima para garantir dignidade, saúde e segurança para que essas vidas possam seguir firmes e fortes.


Para mim, é disparado o melhor livro de Dan Brown. Não somente pela dinâmica entre os personagens e pelo final maravilhoso e aterrorizante, mas, também, pela temática central. Acaba sendo um aviso à humanidade de que dias horríveis ainda nos aguardam e que, de um jeito ou outro, a natureza encontra uma forma de equilibrar a relação natalidade/mortalidade… Covid-19 está aí para nos provar isso.


“Em vez de nos mandar desastres naturais e misérias terríveis, talvez, por meio do processo evolutivo, a natureza tenha criado um cientista que inventou um método diferente para reduzir nossa população ao longo dos tempos. Sem peste. Sem morte. Apenas uma espécie mais adaptada ao ambiente.” (pg. 436)

Origem (2017)


Na última aventura escrita por Dan Brown, a mesma fórmula utilizada, mas com uma nova polêmica entre ciência e religião: se uma descoberta científica pudesse responder de onde viemos e para onde vamos, será que as religiões seriam inúteis?


Nessa obra, Robert Langdon é convidado para assistir a um evento de seu mais brilhante ex-aluno, Edmond Kirsch, uma espécie de Steve Jobs. Edmond é um cientista da computação, teórico de jogos, gênio das inovações e futurólogo. Desenvolvedor de altas tecnologias e amante da ciência, está prestes a revelar uma descoberta impactante.


Entretanto, uma sociedade secreta ou Velha Ordem do cristianismo (a Igreja Palmeriana) pretende eliminar com o gênio e impedir que o caos se espalhe e “destrua” os alicerces da fé cristã. Ao lado da elegante Ambra Vidal, diretora do museu no qual o evento de Edmond seria realizado, Robert vê-se novamente em um jogo de gato e rato e precisa descobrir uma misteriosa senha para acessar todo o conteúdo da descoberta de seu ex-aluno.

Agora, vamos refletir sobre a temática em si. Estamos evoluindo a cada dia, inventando novas tecnologias e descobrindo novas formas de comunicação e evolução por meio da informática e áreas associadas. Holografia, tecnologia 5G, chips subcutâneos (a famosa “marca da besta”) e manipulação de DNA são algumas das invenções mais incríveis, mas consideradas pela religião como algumas das mais perigosas também.


Há quem diga que os famigerados chips são formas de controlar os humanos e que, uma vez implantados, não podem mais ser removidos. Esses chips, em teoria, permitiriam ao usuário efetuar compras, fornecer dados pessoais e condições clínicas, efetuar serviços bancários e muito mais, sem a necessidade de documentos, cartões ou outros meios físicos. Sobre os riscos, nada foi cientificamente comprovado até o momento.


O sinal da internet 5G, segundo alguns conspiracionistas, funcionaria como um meio simples e eficaz de alterar o pensamento das pessoas e (pasmem!) controlá-las, criando um super exército de zumbis. Já, a holografia seria mais uma forma de ilusão. Na real, a tecnologia 5G é voltada à IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas) e seus riscos ainda estão sendo estudados.


Sobre a manipulação de DNA, é óbvia a rejeição dos católicos, uma vez que, para eles, os cientistas estariam brincando de ser Deus. No livro, é abordada a questão da evolução humana e da origem das espécies, do Australopithecus até o novo estágio da evolução, o Homo Technicus. Ou seja, do primitivo homem das cavernas até a fusão perfeita entre homem e máquina (a tecnologia através da ciência), criando uma nova e assustadora espécie.


Outro detalhe importante e interessante é o avanço das pesquisas sobre o uso de nanotecnologia no combate a doenças. Em teoria, nanorrobôs seriam implantados em pessoas com algumas doenças, sendo que os pequeníssimos robôs lutariam contra células cancerígenas ou tumores, por exemplo, destruindo os invasores e reconstruindo as células e órgãos danificados. Para a ciência, uma forma de lutar contra a morte. Para os religiosos fervorosos, mais uma forma de impedir a vida de seguir seu curso natural.


Talvez, seja apenas ilusão mesmo. Ou, quem sabe, essa fusão realmente aconteça em um futuro não tão distante assim. O que vale analisar e discutir é até que ponto uma evolução científica pode (e deve) afetar a fé das pessoas. Será que ambas não podem coexistir e se fundirem também, criando uma criatura ainda mais perfeita e humana? Fica a reflexão.


“A doce ciência vai banir as religiões das trevas… para que as religiões esclarecidas possam florescer.” (pg. 426).

Conclusão (!?)


Definitivamente, Dan Brown sabe como mexer no vespeiro e atiçar as discussões entre ciência x religião! O legal é que ele foi criado em um ambiente cristão e assíduo frequentador de igrejas católicas e, mesmo assim, sempre teve seus dois pés cravados na ciência e em tudo o que a cerca. Por isso mesmo, seu livro O Código Da Vinci foi brutalmente criticado pela cúpula da Igreja Católica e, da mesma forma, o livro Origem jogou ainda mais lenha na fogueira ao mencionar que, em breve, a humanidade não precisará mais de um Deus para existir.


Mas a real intenção do escritor não é eliminar as religiões ou acabar com a fé das pessoas. Inclusive, ele declarou em entrevistas que as religiões fazem bem, mas que precisam evoluir ou acabarão naturalmente. Além disso, fez grandes elogios ao Papa Francisco pela forma como vem tentando modernizar a Igreja Católica, mesmo sob forte resistência da ala super conservadora.


O que prova que, para ele, ciência e religião podem coexistir, sem que uma prejudique ou elimine a outra. E, da mesma forma, compartilho dessa linha de pensamento. Afinal, há uma força ainda desconhecida por nós agindo nos bastidores e penso que, sem essa força, não seríamos quem somos hoje. Se é Deus ou outra coisa, só o tempo, a fé e a ciência (ou os três juntos) é que poderão descobrir!

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