Falcão e o Soldado Invernal - Episódio 2
- Angers Moorse
- 31 de mar. de 2021
- 6 min de leitura

Salve, salve, galera! Depois do primeiro episódio servindo para fazer as devidas apresentações dos protagonistas, o segundo já teve um pouco mais de ação e a primeira interação entre Sam e Bucky, além de conhecermos um pouco mais sobre John Walker.
Antes de entrarmos no episódio, preciso fazer um comentário. É incrível como a Marvel tem a habilidade de escalar os atores certos para os papéis certos. Anthony Mackie e Sebastian Stan parece que foram feitos para seus papéis, conseguindo entregar ação, drama e humor da forma mais correta e natural possível, sem exageros.
Analisando todos os personagens apresentados até agora nos filmes anteriores, acredito que apenas Jeremy Renner como Gavião Arqueiro e Mark Ruffalo como Hulk é que ainda não foram bem aproveitados… mas acredito que isso será consertado nas vindouras séries nas quais esses dois personagens estarão presentes.
Bem, vamos iniciar nossa análise do episódio 2. Já de cara, conhecemos um pouco sobre o soldado John Walker e seus sentimentos sobre dar continuidade ao legado do Capitão América. Não sei se somente eu que tive essa associação imediata, ou se mais alguém lembrou de Val Kilmer como o personagem Tom "Iceman" Kazansky em Top Gun (1986) ao ver Wyatt Russell como John Walker. Tipo, os dois são loiros, marrentos, com gênios complicados e caras de mau.
Mesmo com várias missões e condecorações no currículo, o cara não é flor que se cheire não. Dá pra perceber que ele é do tipo badass, daqueles que atira e soca primeiro para perguntar depois. Arrogância e ego inflado também fazem parte dos atributos desse cara.

Pausa para destacar a cena de apresentação do novo Capitão América. Teve direito àquelas bandas de fanfarra norte-americanas, cheia de coreografias e dancinhas. Lembra muito as finais de Super Bowl, com toda aquela cerimônia de abertura, intervalos de jogo e encerramento… ficou muito massa!
Quem não tá curtindo nada essa ideia é Bucky, que já começou a cobrar de Sam sobre ele não ter assumido o manto do herói. Pelo visto, essa discussão irá até o final da temporada e, caso haja uma Season 2, pode até ser que continue por lá.
Sam conta a Bucky sobre o que descobriu a respeito dos Apátridas e mostra a foto do “carinha fortão” do primeiro episódio (logo mais você entenderá o porquê das aspas). Pausa para as referências já na primeira conversa entre os dois.
A primeira delas é a respeito do livro O Senhor dos Anéis, quando Sam fala a Bucky sobre os “Grandes 3”: andróides, aliens e magos. Bucky pergunta a Sam se por acaso estão enfrentando Gandalf e Sam estranha sobre como Bucky sabe a respeito dele. Bucky responde que ele leu o livro em 1937, assim que foi lançado… esse papo foi hilário!
A segunda referência é ao Doutor Estranho, quando Bucky diz que não existem magos e Sam fala sobre o Mago Supremo. Buck diz que ele é um feiticeiro e Sam rebate dizendo que um feiticeiro é um mago sem o chapéu… tacada de mestre essa referência (e ótima piada também)!
E a zoeira entre os dois continua dentro do avião rumo a Munique, na Alemanha. Os dois ficam se encarando, Sam salta em pleno voo e Bucky dispensa o paraquedas no salto. Resultado: acaba se esborrachando no chão e é filmado pelo Asa Vermelha.
Outra zoada de Sam para Bucky é quando ele chama Bucky de Pantera Branca, em referência a Wakanda, e Bucky rebate dizendo que é Lobo Branco. Aliás, a série inteira tem zoadas entre eles, o que deixa as coisas engraçadas e bem naturais. Só fico pensando o quanto essas caras não se divertem durante as filmagens.
Os dois acabam indo parar em um galpão abandonado e encontram a galera dos Apátridas saindo. A partir daí, começa a pancadaria. Bucky abre a porta traseira de um dos caminhões e acha uma mulher ruiva entre várias caixas contendo, possivelmente, soro de supersoldado. Só que a garota assustada e frágil, na verdade, é Karli Morgenthau (Erin Kellyman), a líder dos Apátridas, e dá um pau em Bucky.
A pancadaria rola solta entre Sam e Bucky contra Karli e os terroristas. No meio do entrevero, chegam o novo Capitão América e seu amigo Lemar Hoskins (Clé Bennett), também conhecido como Estrela Negra... aí ficou melhor ainda! Até Bucky acabou interagindo com Walker e o escudo. Sobrou até para Asa Vermelha, que acabou sendo destruído por Karli (para alegria de Bucky).
Depois da surra, Sam e Bucky acabam ganhando carona de Walker e seus amigos. Eles acabam trocando algumas informações a respeito dos supersoldados e John insiste que devem trabalhar juntos. Óbvio que nossa dupla de protagonistas não topou muito a ideia.
Um dos colaboradores dos Apátridas ajuda o grupo após a fuga, fornecendo comida, abrigo e estrutura completa. Fiquei intrigado com quem enviou a mensagem ameaçadora para Karli… tô achando que pode ser o Barão Zemo.

Bucky decide apresentar a Sam um velho amigo de guerra, chamado Isaiah Bradley (Carl Lumbly), que mostrou que não é de brincadeira. Na real, ele é o primeiro Capitão América Negro dos quadrinhos e, canonicamente, o primeiro a assumir o manto do herói depois de Steve Rogers.
Bradley é um supersoldado escondido por anos e que tem profunda história com Bucky, tendo recebido o mesmo soro que Steve recebeu no passado. Além disso, foi cobaia de alguns experimentos. Dos mais de 300 soldados negros norte-americanos usados como cobaias durante a Segunda Guerra Mundial, apenas cinco sobreviveram, incluindo Bradley. Ou seja, há a chance de vermos os outros quatro sobreviventes no decorrer da trama.
Aliás, essa foi a cena que mais gostei no episódio. Percebe-se que há forte carga emocional e muita sinergia entre os personagens. Minha aposta para Bradley é que ele possa ajudar Sam e Bucky no final da série… ainda não estou descartando essa hipótese, mesmo porque seria estranho apresentar um baita personagem desses apenas por apresentar e não utilizá-lo futuramente.
Outra possibilidade bem interessante (e muito real de acontecer) é em relação à presença do neto de Bradley, Elijah Bradley. Nos quadrinhos, ele herda os poderes do supersoldado de seu avô e adota o alter-ego de Patriota, um dos membros dos Jovens Vingadores. É mais uma sementinha que a Marvel planta para colher futuramente. A nova geração de Vingadores, aos poucos, vai surgindo e se tornando uma possibilidade muito empolgante!
Depois da conversa não muito amistosa e de algumas revelações interessantes, Bucky acaba sendo levado (novamente) à delegacia por ter faltado à sessão de terapia, parte da condicional dele. E não é que sobrou até para Sam participar também da terapia?
E a Dra. Raynor pegou pesado com os dois, fazendo com que rolasse até uma encarada entre eles de frente. Mas os dois aproveitaram a ocasião para mais um momento de zoação com a brincadeira de não piscar (aposto que você já fez isso na sua infância).
E voltamos à velha discussão de Bucky com Sam sobre as motivações de não ter aceitado o escudo. Bucky ainda não consegue aceitar o fato e até que tem argumentos bem convincentes para isso. Por sua vez, Sam quer que ele simplesmente aceite o fato de que, ao abandonar o escudo, ele está fazendo a coisa certa.

Ao final da terapia mal sucedida, Sam propõe a Bucky uma trégua temporária para que eles trabalhem juntos no combate aos inimigos e, depois disso, cada um vá para seu lado e nunca mais se vejam. Obviamente, Bucky topa… mas sabemos que, mais cedo ou mais tarde, os dois terão de trabalhar juntos novamente no UCM.
Agora, vamos para a parte que mais me deixou animado para o prosseguimento da série. Em uma conversa nada agradável entre Sam, Bucky, John e Lemar, vemos claramente as diferenças de posicionamentos entre eles e as diferenças entre Steve Rogers e John Walker.
Enquanto Walker e o amigo não poupam esforços, recursos e vidas inocentes para atingirem seus objetivos, Sam e Bucky ainda prezam por uma abordagem mais honrosa. Entre Walker e Steve, também notamos essa diferença de forma bem gritante. Se Steve tem um lado mais defensor da humanidade, Walker não vê problemas em acabar com meio mundo para alcançar seus objetivos.
Poderemos ter essa diferença ainda mais destacada daqui para frente, ainda mais se Walker for mesmo um dos principais (se não, o principal) antagonista da série. Não descarto a possibilidade de Walker se aliar aos Apátridas para conseguir o soro de supersoldado para si mesmo e eliminar Sam e Bucky de seu caminho.... não confio nesse cara.
No final do papo, Walker deixa avisado que, se Sam e Bucky se meterem em seu caminho, vai dar merda. Da mesma forma, acredito que a recíproca seja verdadeira e isso tenha sido um dos motivos que fez os dois protagonistas buscarem alianças. Na verdade, esse aliado é ninguém mais ninguém menos que o Barão Zemo. Será que vai dar certo?
No finalzinho, a galera dos Apátridas acaba precisando fugir na pressa por conta da chegada da galera do Mercador do Poder. Um dos aliados de Karli (e, pela forma como ela fica na despedida, pode até ser alguém que ela ama) fica para segurar o povo e vira queijo suíço no meio de tanto tiro. A galera foge e a treta acaba por aqui.
Resumo do episódio: altas tretas, muito swing e troladas e discussões entre Sam e Bucky, certa dose de drama e muita ação e pancadaria entre heróis, anti-heróis e vilões. A partir de agora, as coisas ficarão ainda mais interessantes na série.
Só lembrando que a Disney optou, assim como em WandaVision, a liberar e exibir episódios semanais da série. Assim, teremos resenhas semanais de Falcão e o Soldado Invernal aqui no site. Fiquem ligados nas novidades, e nos vemos na próxima resenha!
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