Hawkeye - Episódio 3
- Angers Moorse
- 2 de dez. de 2021
- 7 min de leitura

Salve salve, galera! O terceiro episódio trouxe algumas referências bem interessantes, além de mostrar um pouco mais do desenvolvimento da parceria entre Clint e Kate e apresentar um pouco mais do passado da personagem (Eco) e do motivo pelo qual ela odeia tanto o Ronin.
Inicialmente, preciso dizer que o começo do episódio já me pegou de jeito ao mostrar um pouco da infância de Maya Lopez, uma garotinha surda e com prótese em lugar de uma das pernas em meio a uma escola regular, tentando se adaptar àquela realidade. E até é legal essa cena se comparamos ela à nossa realidade. Será que estamos realmente preparados para trabalhar com diversidade nas escolas?
A atriz Darnell Besaw (interpretando a pequena Maya) esbanja fofura, sensibilidade e uma interpretação impecável, mesmo com pouco tempo em tela. Sério, dá vontade de abraçar ela e guardar num potinho de tão fofa que é! Impossível não se emocionar com ela na cena da morte de seu pai William Lopez (Zahn McClarnon) pelas mãos do Ronin. Sim, o alter-ego de Clint Barton foi o responsável pela morte do pai de Eco, motivo mais que justo para ela querer vingança.
Falando sobre o ator Zahn McClarnon, logo que bati o olho nele me lembrei de ter visto um filme com ele há muito tempo. O filme é o drama Crazy Horse (1996) e Zahn dá um show de interpretação nesse filme… quem não viu, vale a pipoca… o cara é fera demais!

Em meio a várias cenas de ação e perseguições insanas, podemos destacar várias coisas interessantes. A primeira delas é quando o pai de Maya deixa a filha na academia e diz que o “tio” vai buscá-la depois da aula. A primeira referência (ou teoria) que podemos fazer é que esse tio é ninguém mais ninguém menos que Kingpin / Wilson Fisk, também conhecido como o Rei do Crime (interpretado por Vincent D’Onofrio na série Demolidor, da Netflix).
Por várias vezes a Gangue do Agasalho menciona a palavra “tio” ou “homem gordo” referindo-se a alguém acima de Maya no comando dos negócios. Além disso, em uma das cenas de ação podemos notar o nome de uma loja, Fat Man Auto Repair (homem gordo). Juntando todas as peças, é bem capaz do Rei do Crime da Netflix dar as caras por aqui e ser um dos principais vilões (ou o principal vilão) da série. Ou será que não?
Outra teoria que rola é que o “tio” seja Jack Duquesne, uma vez que seu comportamento suspeito já é digno de maior vigilância. Aliás, ele aparece na última cena do episódio… falaremos sobre ela mais para frente. Porém, não se surpreendam se o verdadeiro vilão for o próprio Derek Bishop (Brian d'Arcy James), pai de Kate. Afinal, alguém aí viu o corpo dele após a explosão no início do primeiro episódio? E se você acha isso loucura, saiba que isso acontece nas HQs.
Além disso, há especulações de que o Demolidor de Charlie Cox possa dar as caras também na série, que de alguma forma faria conexão direta com o filme Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Por ser um núcleo também urbano, os personagens de Hawkeye podem muito bem aparecer em outros filmes com a mesma pegada.

Vamos agora colocar o foco na dupla de protagonistas. é legal ver que o terceiro episódio parece ter aprofundado um pouquinho mais a relação entre Clint e Kate, mostrando que ela não é tão irresponsável quanto parece e que ele ainda tem um coração.
Kate realmente não faz ideia do que o manto de Ronin significa e do quanto esse manto já causou estragos e trouxe dor e sofrimento. A minha dúvida é se ela já começou a entender que Clint é (ou foi) o próprio Ronin, mesmo com ele dando várias pistas a ela.
Sabemos o tamanho do estrago que o Ronin causou após os eventos de Vingadores: Guerra Infinita e o quanto esse alter-ego é perigoso. Aliás, dona Marvel, tá na hora de fazer um filme focado no Ronin, não acha? Certamente, eu seria uma das primeiras pessoas a ir comprar ingresso para ver esse filme!
Falando das cenas de ação, o bicho pegou legal nas lutas entre a dupla Clint/Kate x a Gangue do Agasalho, Kazi e Eco (ou Echo, como queiram). Entre socos, pauladas, flechadas, arcadas, espadadas e similares, incluindo perseguições de carro e flechas pra lá de malucas. Inclusive, a criatividade na variedade das flechas foi outra coisa que achei incrível.
Onde você poderia ver uma flecha USB (ela já apareceu em Vingadores e na série What If…?), ou uma flecha que dispara ácido, flecha explosiva, flecha que solta uma goma melequenta ou uma flecha com ventosas? Achou pouco? Tem mais de onde essas vieram! Se tivemos uma flecha USB, então precisaríamos de outra flecha que se encaixasse nela. E se eu te contar que teve isso também… e com direito a tecnologia by Hank Pym (QUÊ!?!)?

Sim, amigos e amigas. Uma das flechas disparadas por Clint na flecha usada por Kate possuía a mesma tecnologia usada pelo uniforme do Homem-Formiga, que permitia fazer com que ela crescesse de tamanho. Essa mega-flecha foi capaz de praticamente arrebentar um caminhão ao meio… resta saber em que momento Clint conseguiu essas flechas malucas.
E se de um lado Clint e Kate dão trabalho aos inimigos, do outro lado Maya também mostra que também não é de brincadeiras. A menina luta muito bem, é forte e ágil e usa seu senso de vingança e “justiça” como combustível para aumentar seu poder interior. Fico curioso para ver qual a abordagem que será dada a ela em sua série solo.
Há rumores de que Maya acabe se envolvendo com Matt Murdock e que eles lutem juntos contra o Rei do Crime… isso se os dois personagens aparecerem realmente já na série. Apesar de eu achar isso uma possibilidade com 99% de chance de realmente acontecer, ainda resta aquele 1% vagabundo, safado e que a Marvel gosta de aprontar… Wesley Safadão entendeu a referência.
Outro detalhe interessante é o aparelho auditivo que Clint utiliza e que é quebrado por Maya durante a luta no galpão. Isso leva Clint a enfrentar sérias dificuldades para se comunicar ao longo do episódio e só no final dele Kate consegue levar o aparelho para uma mulher consertar.
Foi legal ter essas cenas com Clint um pouco mais vulnerável para reforçar o lado humano e o coração afável dele. Além disso, a forma de Kate descrever suas motivações para usar o traje do Ronin e se tornar uma heroína também são dignas de fofura. Amei ver o lado frágil e humano dos personagens ser mostrado de forma tão amável e sutil, sem forçar a barra em nenhum momento.
Sobre as referências, meu “momento surto” já começou logo no primeiro diálogo de Maya com seu pai, quando ela pergunta se dragões existem e ele responde que caso existam, eles vivem em outro mundo, longe do nosso. Nem preciso dizer que já liguei os pontos com Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis logo de cara, né?
Se você não assistiu ao filme (veja a nossa resenha), saiba que a cidade mística de Ta Lo existe em uma dimensão paralela e que o Grande Protetor veio justamente de lá, abrindo enormes possibilidades para o futuro do UCM. Será que veremos uma luta entre Eco e Shang-Chi? Faz isso, Marvel, por favor... seria uma luta insana!

Sobre Kazi, uma referência bacana dos quadrinhos é quando Kate o chama de “gato” em uma conversa com Clint. Nas HQs, os dois já trocaram beijos antes de ela descobrir a verdadeira identidade dele. Detalhe: Kazi (sob o codinome de Palhaço) foi o responsável por deixar Clint totalmente surdo em um ataque à sua casa. Será que farão referência a isso também na série?
Essa referência só quem tem olhos de coruja (literalmente) captou. Na cena em que mostra o quarto da Eco, vemos uma coruja na parede olhando diretamente para a câmera. O vilão Coruja é um dos principais inimigos do Demolidor e eventual ajudante do Rei do Crime. Será que veremos o personagem na série? Se sim, quem será ele? Façam suas apostas.
Outros detalhes interessantes são a cena de perseguição com o Dodge Challenger 1970, a marca da mão de William Lopez com sangue no rosto de Eco, o esboço do uniforme original do Gavião Arqueiro e as flechas utilizadas pela dupla na cena do carro. Todos esses detalhes batem com as histórias dos quadrinhos.
Um detalhe que eu já pesquei e liguei imediatamente os pontos é em relação à cena na qual Clint e Kate conversam sobre coisas estranhas dentro do complexo dos Vingadores espalhadas por aí. E foi justamente nessa fala que eu fiz a relação da Gangue do Agasalho com Sharon Carter (tá maluco???).
Antes que me chamem de doido, basta lembrar que ao final de Falcão e o Soldado Invernal, Sharon ganha acesso a toda a tecnologia utilizada pelos heróis. Ou seja, como a Mercadora do Poder e com acesso total a altas tecnologias, nada impede que ela não esteja trabalhando nos bastidores com o vilão de Hawkeye.
Por isso, a Gangue do Agasalho tem como único objetivo no assalto do primeiro episódio aquele relógio com as chaves para o complexo dos Vingadores. Talvez seja a própria Sharon a vilã da nossa série e seja ela quem esteja à frente desse assalto para ter acesso às tecnologias guardadas ali.
Finalizando as referências, ainda não vimos o verdadeiro nome do cachorro adotado por Kate no primeiro episódio. Contudo, ela chama-o de Pizza Dog, o que realmente aconteceu nas HQs. Mas, ainda precisam batizar ele com seu verdadeiro nome, ou seja, Sortudo (ou Lucky).

Resumo do episódio: muita emoção, ação, altas referências e um final que promete muito. Será que Jack Duquesne revelará sua verdadeira identidade como Espadachim logo no episódio 4? Será que ele e Clint já se conheciam antes? Quem será o personagem misterioso que coloca medo na Gangue do Agasalho? Veremos o Palhaço aparecendo e sendo o responsável pela surdez de Clint? E a mãe de Kate, será que ela não será uma vilã também?
Enfim, são muitas perguntas a serem respondidas e tem muita coisa para acontecer em Hawkeye. Estaremos de olho em tudo, acompanhando e trazendo aqui as resenhas de todos os episódios. Olho em nós e até a próxima semana!
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