Legacies - S2E11
- Gisele Alvares Gonçalves
- 5 de fev. de 2020
- 7 min de leitura
Atualizado: 25 de mar. de 2021
Boa tarde, pessoal, tudo bem com vocês? Mais uma resenha de Legacies, e como sempre temos muito o que conversar sobre o último episódio. Que tal começarmos falando sobre o trio Necromante, Chad e Clarke? Em primeiro lugar, gostaria de saber como é que os monstros estão saindo de dentro do golem, se antes não havia nada dentro dele. Quero dizer… Todo mundo sabe que Malivore literalmente absorvia todas aquelas criaturas no passado, e por isso que foi possível que elas fossem liberadas para o mundo novamente através dele. Quanto ao Clarke, no entanto, não ficamos sabendo de nenhum caso em que ele tenha absorvido monstros ao longo da história, e por isso acho estranho que tanto o Qarren quando o Pothos tenham saído de dentro dele. Outras questões que estão mal explicadas são estas: como o Necromante arranjou aquele olho que fica cuidando a todos na Escola Salvatore, e por que ele precisa de mais poder, uma vez que já consegue ressuscitar humanos novamente? Bom, a série está cheia de pontos de interrogação, mas eu prefiro manter a esperança de que os roteiristas nos expliquem todos estes mistérios futuramente.
Uma questão que me incomoda em relação aos vilões de Legacies é que eu estava esperando muito pelo retorno de Malivore, e pelo momento em que o Clarke voltaria à sua forma humanóide. Tipo… Malivore foi o super vilão de Legacies desde os primeiros episódios, ele não pode ter simplesmente desaparecido em cinco segundos e as pessoas nem comemorarem isso! Foi tudo muito rápido para um personagem importante como esse, e eu vou ficar muito irritada se realmente não falarem mais no nome dele no resto da série. Talvez tenha sido um erro a Julie Plec juntar tantos vilões em uma única temporada… É Malivore, é o Clarke, é o Necromante, e agora vai ter Kai Parker também. Ainda tenho esperança que tudo vai se juntar em um plot só até o fim da temporada, mas com a saída da J.P. da produção da série tudo começa a ficar meio incerto. Espero, ao menos, que os golens não sejam esquecidos, e que o Necromante não fique jogado na série sem propósito algum.
Uma coisa que é interessante, no entanto, é a forma como a relação entre Necromante e Chad vem se desenvolvendo. Gostei bastante de como o humano tornou-se acólito do mestre da morte na base da ingenuidade, depois foi entendendo a profundidade do mal com que estava envolvido e lutou contra ele, e agora já está quase aceitando os esquemas de que faz parte, criando uma espécie de parceria com o Necromante... Que, por mais sarcástico que seja, acaba retribuindo a amizade. Uma amizade inusitada e distorcida, é verdade, mas ainda assim com bastante chance de se tornar sólida.
Quanto ao Pothos… É bem verdade que suas asas nem sempre ficaram perfeitas, mas posso ser bem sincera? Eu adorei o personagem! Tanto o ator quanto a ideia que permeou a sua trama, e os seus dentes… Gente, posso ser louca, mas adorei a forma como transformaram a mandíbula do personagem quando ele devorava um coração. Confesso que pensei que esse episódio seria mais parecido com A Comedy of Eros da série Xena, quando o baby Bliss roupa o arco e as flechas de seu pai e sai fazendo a maior confusão na Grécia antiga. Tivemos vários amores bem inusitados, como do Draco pela Gabrielle, e muitas cenas cômicas com tudo isso. Em Legacies, apesar de termos alguns amores surpreendentes, como a Alyssa pelo M.G., ou o Jed pela Emma, imaginei que teríamos ainda mais casais excêntricos. Pra começar, achei que o Pothos ia separar o casal Hope e Landon e que eles iriam se apaixonar artificialmente por outras pessoas, e pensei também que o Rafael apareceria no episódio para entrar na jogada dos ships malucos. Depois de ver o episódio, no entanto, eu considerei ele bem fechadinho quanto ao seu plot interno, e entendi que, se os roteiristas quisessem inventar demais, iam acabar não dando conta de tudo.

Falando em Xena… Bom, talvez eu seja a única xenite por aqui, mas vocês já repararam o quanto Legacies é parecida com essa série dos anos 90? Clima trash, protagonistas bissexuais, cada episódio tem sua trama fechada (e nem sempre ele colabora com o andamento do plot geral), monstros de várias mitologias como antagonistas, efeitos não tão perfeitos, poucos protagonistas e muitos personagens que aparecem de vez em quando como apoio. Para além de tudo isso, cada episódio tem seu próprio clima… Uns mais dramáticos, outros mais focados na comédia, além de ter uma trama que privilegia a interação entre os personagens em detrimento da mitologia do mundo em si, deixando alguns furos de roteiro que são perdoados apenas porque amamos muito os personagens e suas relações. Bom, acho que eu me fiz entender, não é mesmo? Se chegarem a ver Xena um dia, voltem aqui e me digam se vocês pensam o mesmo que eu, adoraria saber a opinião de vocês sobre o assunto.
O problema é que, nos anos noventa, a gente não se importava com nada disso. Quem liga para o fato da Xena ter curado a perna duas vezes, ou pelo fato de que nem tudo tem uma explicação convincente… Ou sequer nota a questão de que alguns monstros e efeitos são realmente ridículos? A gente amava o elenco, amava os personagens, e isso bastava para ficarmos vidrados na telinha, torcendo pelos nossos casais preferidos e esperando por mais cenas românticas entre eles. O que contava, no fundo, era a emoção que a cena nos despertava, e o resto a gente simplesmente deixava passar. O público de hoje em dia, no entanto, não é mais tão simples quanto aquele do meu tempo de infância. Hoje as pessoas se irritam com tudo quanto é detalhe e reclamam de plot e de efeitos visuais, bem como fotografia e até figurino… Que é basicamente o que fazemos nesse site. Para quem cresceu vendo Xena e amou a série como ela era, hoje fica mais fácil gostar de Legacies e não se importar com seus defeitos. Para a nova geração, no entanto, creio que seja mais difícil deixar passar certos erros que a J.P. comete, e acaba indo procurar por outras produções que preste mais atenção a tais detalhes.
Enfim, chega de divagações… Vamos voltar ao episódio! Confesso que, no fim, acabei gostando mesmo da ideia da flecha não criar um sentimento do nada, mas apenas intensificar o que os personagens já sentiam. Confesso também que achei fofa toda a interação entre Hope e Landon no final do episódio, quando a tríbrida deixou de ser uma chata que ficava cortando a asinha do namorado, achando que só ela que era a única capaz de fazer qualquer coisa de uma forma minimamente eficiente. Toda a fotografia do beijo na banheira foi incrível, e também a do beijo final, quando o fênix finalmente aprende a voar, fazendo suspirar mesmo aqueles que não são tão inclinados a shippar Handon… Como eu. Só fiquei decepcionada que eles não tiveram a sua primeira vez ali na banheira mesmo. Gente, que demora! O que faltou pra acontecer uma cena hot? Acho que, se depender da Hope, o Landon vai se tornar o virgem de 40 anos.
Outra relação que está sendo muito fofa, mas dessa vez em termos de amizade, é o Wade e o Landon. Gente, só que que estou torcendo para que eles continuem se ajudando, como têm feito desde o episódio passado? Eu nem imagino o que vai acontecer quando o Rafael voltar… Sei que ele e o fênix têm uma ligação muito forte de irmãos, afinal eles passaram por muita coisa juntos, mas realmente desejo que o Landon não jogue o Wade de lado assim que o nosso lobinho preferido voltar. Quem sabe o Rafael possa se dar bem com o fae também, não é mesmo?
Antes de chegar ao fim, temos definitivamente que falar sobre a Alyssa também. Gente, que garota shippável! Engraçado que eu havia shippado ela com o Jed no episódio passado, e nesse eu shippei ela com o M. G. e também com o Kaleb! Aliás, alguém mais notou o quanto ela está parecida com as vilãs de TVD? Quando eu vi ela ali atrás das grades, fazendo yoga e respondendo a Hope com palavras zen, eu juro que eu vi a Sybil na cara dela! E quando ela foi atrás da Kym, possessa de ciúme e desejos homicidas, ela estava tão bitch que poderia ser considerada uma Katherine 2.0! Ainda mais quando ela tentou matar o M. G., dizendo que se ela não poderia tê-lo, ninguém poderia. Sério, se você não lembrou de Steferine com essa cena, nada mais vai lembrar.
Falando em recordações… Vocês não acharam que, neste episódio em particular, a Hope estava ainda mais parecida com a mãe dela? Toda badass, pegando flechas no ar, bem como a Hayley costumava fazer. Bateu uma nostalgia de The Originals! Queria ver mais referências assim dessa série em Legacies, bem como alguns dos parentes da tríbrida passando para uma visita na Escola Salvatore. Quem sabe se o Kol pudesse vir com a Davina, ou a Rebekah com o Marcel? Sinceramente, anseio por esse dia com todas as fibras do meu ser. Só espero que ele se realize logo.

Por fim, outro aspecto que me encantou bastante nesse episódio foi a trilha sonora. O que foi aquela música Run Through Walls, da banda The Script, e Remembrance, produzida pelo Tommee Profitt feat. Fleury (que, aliás, é a mesma dupla responsável pela música Gloria Regali)? Também a introdução a Pothos com Come and Get Your Love foi incrível, e deu um quê de vintage que muito combina com a série, apesar dela se passar no futuro. Essa qualidade da trilha sonora, aliás, é algo que já vem desde The Vampire Diaries, e eu fico feliz de continuar conhecendo novas e belas músicas através de seu recente spin-off.
E aí, gostaram da resenha? Convido todos a deixar suas ideias a respeito de Legacies nos comentários abaixo, para que possamos nos conhecer melhor. Um beijo a todos, e até a próxima!
Gisele Alvares Gonçalves
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