Loki - Episódio 2
- Angers Moorse
- 18 de jun. de 2021
- 8 min de leitura

Salve, salve, galera! Enquanto o episódio 1 já chegou chutando a porta, o segundo episódio veio derrubando todas as paredes e o resto da estrutura da casinha do Multiverso. Se você estava esperando pelo início da loucura apenas no final da série, teve uma baita surpresa já no final deste episódio.
Visualmente, a pegada foi bem mista, trazendo um pouco de ambientação medieval mesmo em 1985 e algo mais moderno. Uma vez que veremos variantes em diferentes épocas da história, será normal essas mudanças de figurino, fotografia e cores, o que deve trazer certo charme e sofisticação à série.
Outro ponto que preciso destacar é a parte de efeitos especiais da série… está muito show! A equipe está conseguindo trazer todo o poder e imponência da TVA nas tecnologias que são apresentadas, sendo que ainda veremos coisas incríveis até o último episódio.
Mas, chega de papo porque o que interessa são as tretas e teorias que surgiram durante este episódio. Logo de início, começamos em Oshkosh, no Wisconsin, com um dos ataques de uma variante. No meio de uma festa medieval, chega a galera da TVA perseguindo a variante, mas são emboscados e assassinados.

O mais legal é ver que a variante pensou em tudo e, antes de ir embora depois do massacre, ainda dá aquela conferida para ver se tudo está no lugar. Foi meticulosa, perspicaz e muito esperta, tendo consciência do que queria fazer e do que esperar das ações da TVA. Aliás, é como se a variante quisesse ser descoberta e desse aquele check para ver se tinha deixado alguma pista.
E é a partir desse primeiro momento que a série se desenrola numa pegada bem detetivesca, com Mobius e Loki unindo forças para entender, encontrar e capturar a variante… ou será que não? Loki é bagre ensaboado e leva a galera no papo. Inclusive, algumas das atitudes dele são pra lá de suspeitas.
Enquanto Mobius parece ser o único dentro da TVA que acredita em Loki, o resto do pessoal não está nada feliz com essa parceria. Obviamente que confiar no deus asgardiano não é algo muito inteligente, mas tô achando que eles estão escondendo muita coisa dele também.
Entre descobertas, testes e experiências, Loki descobre uma falha de segurança nas linhas temporais e penso que já está planejando algo para explorar essa falha. O legal é ver o lado de detetive dele em ação, investigando todas as provas e buscando ligar os pontos… leva jeito para Sherlock Holmes. Ah, e aquele chiclete que Mobius recebe da criança no primeiro episódio revelou-se uma baita pista.

Novamente (e como eu falei na primeira resenha), a parceria entre Tom Hiddleston e Owen Wilson deu mais um show, com muitas tiradas cômicas, sérias, investigativas e reflexivas. Aliás, tem um papo entre eles que achei super bacana, quando Loki diz que não há ninguém bom que é totalmente bom e ninguém mau que é totalmente mau.
Particularmente, penso da mesma forma, que ninguém é 100% bom ou mau. Todos temos trevas e luz dentro de nós mesmos e precisamos encontrar o equilíbrio perfeito entre essas duas forças para que possamos crescer e evoluir sem prejudicar outras pessoas... vale a reflexão.
Outra interação pra lá de divertida foi entre Loki e a Miss Minuto, quando eles conversam sobre o que acontece se as ramificações das linhas temporais alcançarem a linha vermelha e o caos que isso poderia gerar. Após uma conversa até que descontraída, ele tenta acertar a personagem, que fica se esquivando e o deixa irritado… e nós, rachando de rir aqui.
Mais para o final do episódio, temos, enfim, a primeira perseguição à variante, com um desfecho que ninguém esperava tão cedo… mas falaremos sobre ela para frente. E essa cena foi muito agitada, maluca, e deixou todo mundo de cabelos em pé (ou careca de vez).
Das muitas coisas do episódio, uma me deixou com a pulga atrás da orelha. Obviamente, quando Loki tenta obter documentos sobre os Guardiões do Tempo e a própria história da criação do Universo, tem seu pedido negado. Agora, o fato de serem sigilosos e apenas a juíza Renslayer ter acesso aos guardiões e, provavelmente, aos arquivos, me faz pensar que ela possa ser mais perigosa do que aparenta.
E outra: o que tem de tão perigoso assim nesses documentos que poderia ser utilizado por Loki para tocar o terror nas linhas temporais (se é que ele pretende fazer isso realmente)? Ou tem coisa mais perigosa ali? Obviamente, o que há nesses documentos pode interferir em tudo o que conhecemos sobre o MCU e sobre o que ainda não conhecemos também.
Um ponto interessante é, novamente, entre as conversas de Mobius e Loki antes e após a ida a Pompéia, em 79 A.D. Percebemos que Loki tenta mexer na mente de Mobius e trazer ele para seu lado. Ele tenta o convencer de que seu ponto de vista é correto e que a própria TVA e os Guardiões do Tempo são os verdadeiros inimigos… vai que ele está mesmo certo?!?

Falando sobre Pompéia, os dois decidem fazer um teste de campo de uma das teorias propostas por Loki após suas pesquisas, de que a variante se esconde em eventos apocalípticos e que, por causa disso, não é localizada.
De fato, Loki prova que está correto. Não importa o que ele faça antes de um evento de extinção, uma nova linha do tempo não será criada quando o evento acontece. Assim, a variante pode tocar o terror e sabe que dificilmente será pega… a princípio, parece que funciona.
Embora com bem menos referências que a estreia, este episódio trouxe algumas coisas bem interessantes. O primeiro ponto a destacar é o Ragnarok, mostrado no terceiro filme da franquia Thor. Classificado como evento apocalíptico nível 7, ele é referenciado várias vezes pelos personagens, incluindo uma tentativa de persuasão de Loki para cima de Mobius para irem até o momento em que o evento acontece em Asgard. Atenção, porque ele pode ter algum significado importante no futuro.
Outra referência interessante é a aparição da Roxxcart no final do episódio. O mercado já havia aparecido em materiais de divulgação da série e foi o local onde a ação final ocorreu. A empresa pode ser uma referência à Roxxon Energy Corporation, uma das corporações mais perversas dos quadrinhos da Marvel e presente em todos os filmes da franquia Homem de Ferro e até mesmo no primeiro filme de Thor.

Quando a TVA mostra a Loki as informações sobre a variante no início do episódio, ele é apresentado a algumas de suas variações através de hologramas. Versões com roupas medievais e casuais e até uma versão bombada como Hulk aparecem, mas uma em especial se destaca. Loki aparece em trajes azuis, talvez como uma referência a seus pais originais ou em uma futura transformação como o Gigante de Gelo.
No painel de monitoramento da TVA da Linha do Tempo Sagrada, vemos uma ramificação referente a Nidavellir. O local tem fortes ligações com os Guardiões da Galáxia e é para onde Thor, Rocket e Groot viajam em Vingadores: Guerra Infinita para criar o Stormbreaker, arma capaz de matar Thanos.
Outra referência a Thor é o número 372 aparecendo em uma das cenas dentro da TVA, que é o número do quadrinho no qual a TVA faz sua segunda aparição, Thor # 372. E ainda teve o Mjolnir aparecendo em um cartaz no Roxxcart, mais para o final do episódio. Estranho… tantas referências a Thor dentro do episódio. Saudades do irmão ou Loki tem algum coelho na cartola?
Teve até referências ao Quarteto Fantástico… uma caneta com o nome Franklin D. Roosevelt High School, no escritório de Ravonna. Franklin é o nome do filho de Reed e Sue Richards e um ancestral de Kang, O Conquistador… que é interesse amoroso da própria Ravonna, apenas para lembrar.
Agora, vamos aos dois principais pontos do episódio e que surtaram todo mundo. O primeiro é o surgimento do Multiverso logo no final do segundo episódio. Pensa no susto que tomei com o final… não esperava que eles fossem partir para a loucura tão cedo assim!
Quando a variante de Loki usa as tecnologias da própria TVA (granadas temporais e sistema de teletransporte) e explode mais de 40 dessas granadas simultaneamente, inúmeras linhas temporais são criadas e o painel que monitora a linha dos guardiões fica repleta de novas ramificações que já estão batendo na linha vermelha (aquela linha que serve de limite). Dentre essas novas linhas, algumas são bem interessantes.

Ego, o Planeta Vivo; Hala (a sede dos Kree), Xandar (a base da Tropa Nova), Titã (a lua onde Thanos nasceu), Sakaar e Vormir (onde a Joia da Alma estava), entre outras que não conseguimos ver no visor. Aí, eu me pergunto: será que essas linhas são apagadas ou somente o que não deveria acontecer nelas? Será que isso seria um dos motivos para o surgimento de uma nova ameaça e a aparição dos Eternos?
Já a segunda surtada foi com a revelação da variante de Loki que está tocando o terror: Lady Loki… ou será que não? Geral foi à loucura ao ver a versão feminina do Deus da Trapaça, mas pode ser que ainda não seja ela. Se você acompanhou o episódio até o final, notou algo curioso nos créditos em Espanhol.
No elenco de dublagem, aparecem créditos a uma personagem chamada Sylvie, que realmente existe nos quadrinhos da Marvel. Sylvie Lushton é uma garota normal que, após a mudança dos asgardianos para a cidade na qual mora, acorda, um belo dia, com poderes.
Futuramente, ela adota o nome e o estilo de Amora, outra personagem anteriormente conhecida como Encantador. Sua primeira aparição nas HQs foi em 2009 em Reinado Sombrio: Jovens Vingadores. Por sua vez, Encantador é o codinome de Amora, personagem criado pela dupla Stan Lee e Jack Kirby, cuja primeira aparição foi como vilã do Thor na revista Journey Into Mystery #103, de abril de 1964.
Entre os poderes da personagem estão manipulação de mentes, teleporte, transmutação, projeção de energias e telecinese. Ela chega a fazer uma parceria com Loki, além de saber que seus poderes foram dados por… adivinhem quem? Sim, o próprio Loki, em sua versão Lady Loki! E mais, ela já teve filho com Thor e teve algumas tretas com o Barão Zemo e até mesmo com os Thunderbolts (já está pensando coisa, né?!?).
Se essa versão realmente for confirmada, será o quarto personagem apresentado no UCM da formação dos Jovens Vingadores, ao lado de Wiccano e Célere de WandaVision e do Patriota em Falcão e o Soldado Invernal. Ou seja, vem formação deles no futuro da Marvel, talvez substituindo os Vingadores da Fase 3, uma vez que acho difícil eles retornarem no futuro.
Por outro lado, poderia ser Lady Loki? Talvez sim. Vale lembrar que Loki assume o corpo de Lady Sif quando esta morre. Mas vale lembrar também que a própria Lady Sif já foi uma entidade própria nas HQs. Há rumores de que a atriz Cailey Fleming poderia integrar o elenco da série.

Se os rumores se confirmarem, pode ser que ela interprete Lady Loki posteriormente e, dessa forma, teremos duas personagens com possibilidades de serem vilãs na série. Com isso, talvez Sylvia seja apenas uma distração para a TVA, com vistas a culpar o próprio Loki pela destruição da linha temporal principal e o surgimento do Multiverso.
Ou, ela pode fazer uma parceria com Loki, e Lady Loki seja esse chamariz, apenas lembrando que Loki foge junto da personagem misteriosa ao final do episódio, deixando Mobius com um baita abacaxi para descascar.
Além disso, tivemos a aparição da juíza Ravonna pegando sua arma principal e, ao que parece, indo para a batalha, o que indica que ela terá papel fundamental nos próximos desdobramentos e na correção das linhas temporais.
Resumo do episódio: Loki sendo Loki, uma nova (e misteriosa) personagem chegando para bagunçar o coreto, Mobius com um baita problema para resolver e o Multiverso sendo criado. Em suma, loucura pouca é bobagem… e muito mais cedo do que imaginávamos!
Agora, só nos resta esperar para ver o que a Marvel aprontará nos próximos episódios. Com certeza, teremos muita maluquice ainda e o Doutor Estranho tendo que resolver todo esse problema futuramente… e ainda terá de se preocupar com a Feiticeira Escarlate. O Multiverso da Loucura (ou, a Loucura no Multiverso) começa agora!
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