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O Último Reino - 5 acertos da quarta temporada

  • Foto do escritor: Gisele Alvares Gonçalves
    Gisele Alvares Gonçalves
  • 28 de abr. de 2020
  • 6 min de leitura

Atualizado: 25 de mar. de 2021

E aí, danos e saxãs, tudo bem com vocês? Comigo tudo ótimo, ainda mais depois de maratonar a quarta temporada do meu vício em dois dias! Gente, que temporada foi essa?! Teve momentos emocionantes e tensos, novos personagens incríveis (e outros nem tanto), mas acima de tudo, foi indubitavelmente épica. Claro, tivemos altos e baixos nesta season, mas hoje só vamos falar de coisas boas, ou seja, dos cinco acertos da quarta temporada de The Last Kingdom (ou O Último Reino, em português). Não quero me alongar muito neste parágrafo inicial, pois temos muitas coisas para explorar ao longo desse artigo, então vamos pôr a mão na massa! E aí, está preparado para fazer essa revisão comigo?


1 – As personagens femininas


Acho que, em nenhuma outra temporada de The Last Kingdom, eu gostei tanto das mulheres quanto nesta última. A nova inclusão do elenco, Stefanie Martini (que interpretou Eadith), é linda e incrivelmente talentosa e, na minha opinião, trouxe à vida a melhor personagem mulher de toda a história dessa série. Até agora, a minha personagem favorita tinha sido a Iseult, porém algo sempre me incomodou na rainha das sombras: ela era perfeita demais, não parecia ter defeitos, e eu sempre vou preferir personagens mais reais, com quem podemos nos relacionar de alguma forma, que tenha falhas tanto quanto qualidades. Eadith tem as mesmas virtudes que Iseult: ela é forte e feminina, tem um bom coração, porém comete erros ao longo de sua jornada, mesmo que o faça apenas para encontrar o seu lugar no mundo, procurando ser amada pelo que é e não pelo que seu corpo pode oferecer. Outra personagem feminina que roubou a cena, que costumava ser alguém a quem desprezávamos, mas que mostrou um crescimento surpreendente nesta temporada foi a Aelswith. Sim, você leu direito! Ela foi isolada, humilhada, ouviu umas boas verdades de gente como o Beocca… Mas, ao invés de ficar com raiva e retaliar, ela aprendeu com a situação, ajudou pessoas que havia destruído antes e tornou-se uma sábia conselheira para o seu filho. A antiga rainha até tentou fazer as pazes com o Uhtred! Claro, ela não foi bem recebida, porém a tentativa foi válida. A mulher viu o valor daqueles que não enxergava antes, e a sua força de vontade para se transformar é louvável, e por isso ela se tornou uma das minhas personagens preferidas!




2 – A relação entre o protagonista e seus filhos


Nós já conhecemos Uhtred de Bebbangurg, Uhtred Ragnarson, Uhtred guerreiro, Uhtred amante… Porém não havíamos visto o Uhtred pai ainda. Gostei muito de acompanhar sua relação com os filhos, mesmo com aquele que era mais diferente de si, com uma religião e convicções distintas. Foi muito lindo ver os dois se aproximarem e se entenderem, e também foi gostoso ver o quanto o protagonista ama a sua filha, e o quanto é protetor em relação a ela. Não achei que a escolha para o ator do jovem Uhtred tenha sido a melhor possível, mas ainda assim a inclusão do personagem na história foi necessária, e trouxe muito crescimento pessoal para o seu pai. Só me pergunto uma coisa… Não eram três crianças? Cadê o menor da turma?




3 - A morte de Aethelred e de Aelfric


Finalmente o cão morreu! Gente, eu não suportava mais o Aethelred, que era como um adolescente mimado, egoísta e sádico, além de burro e cheio de si. Já falei ofensas o suficiente? A questão é que não existia nenhuma qualidade que o redimisse, e se visse a cara dele em tela eu já sabia que ele ia fazer uma burrada que iria me deixar com raiva. Ainda assim, achei bonito ele ter descoberto no final de onde vinha tanta arrogância, e gostei do fato de que ele pediu desculpas para as duas mulheres que ele atormentou. O homem descobriu que, no fundo, ele apenas queria ser amado, mas não tinha ideia do que o amor era, e por isso que ele agia daquela forma cruel, por se sentir frustrado e não saber lidar com a frustração. Não estou criando desculpa pelas atrocidades que ele fez, e nem passei a gostar do Aethelred no final… Assim como Aethelflaed e Eadith, eu jamais perdoaria ele. Ainda assim, achei bonito esse reconhecimento de sua própria alma que ele fez antes de morrer, e do fato que ele pediu perdão por suas barbaridades. Já o Aelfric… Bom, esse bateu as botas sem se arrepender de ter caçado o sobrinho durante a sua vida inteira. Ele foi um personagem que apareceu bem menos na série, além de ser mais inteligente que o Aethelred, mas a gente não odiava menos ele por causa disso. A surpresa, no entanto, foi que ele morreu pelas mãos do próprio filho! Gente, não esperava por essa. Ainda assim, já foi tarde! Que descanse no inferno, ou em Niflheim… Conforme for mais conveniente para ele.




4 – A morte de Beocca e a perda de Bebbanburg


Momento triste pra caramba, que serviu como a gota d’água para definir o destino de Uhtred. Não se enganem, eu não estou feliz por termos perdido Beocca, longe disso! Para mim, ele era um dos melhores personagens da série, e eu vou sentir muita falta de suas mitagens e de sua sabedoria infinita. Ainda assim, foi um momento necessário para a série por várias razões, as quais eu vou explicitar a seguir. A principal delas diz respeito ao drama em si, já que temos ao menos uma perda memorável em cada temporada, e nesta não podia ser diferente. Eu pensei que talvez o Finnan fosse morrer em Bebbanburg, ou Sihtric, mas o fato de ter sido Beocca a se sacrificar pelo jovem Uhtred faz muito mais sentido. Ele já estava velho, já havia perdido o grande amor de sua vida e, ao contrário do seu amigo Uhtred, ele não iria amar de novo. Seu papel estava acabando na história, então foi melhor ele ir em um momento decisivo do que ficar rolando sem destaque pelo roteiro. Beocca era a ligação do Uhtred com Bebbamburg, o que faz com que sua morte neste mesmo lugar tenha um peso simbólico muito grande. Uhtred perdeu literalmente tudo o que o conectava à sua terra natal, porém o mesmo não teria acontecido se Beocca tivesse saído dessa vivo. Era preciso, em termos de trama, que os laços do protagonista com seu passado fossem cortados de forma definitiva, afim de resolver de uma vez por todas esse plot. Além disso, The Last Kingdom é uma série de drama, então é necessário que tenhamos mortes traumáticas assim, afim de chorarmos as pitangas como fazemos desde a primeira temporada. Sem esse tipo de cena, The Last Kingdom pode incorrer no erro de perder a sua essência.




5 – Aethelflaed se torna a nova líder dos mercianos


Sim! Pelo amor de Deus… Ela era a pessoa que mais amava Mércia, a única que estava disposta a botar o bem do seu povo acima de sua própria felicidade. Fico feliz que Uhtred tenha pensado nisso, e que tenha tomado a atitude que ninguém mais teve coragem de tomar. Ela é uma líder nata, é sensata e sabe ter autoridade, além de ser amada pelo povo. Além disso, sua ascensão ao poder iria impedir que uma criança se tornasse um joguete da política, uma vez que, sendo filha de Alfred, seu próprio sangue já serve para fazer a conexão entre Mércia e Wessex. A única decisão dela que eu achei insensata foi a final, quando ela apoiou o irmão em sua ideia de invadir Winchester, mesmo sabendo das perdas dos inocentes que iriam acontecer. Credo, a mulher enlouqueceu? Ela estava disposta a sacrificar a vida dos moradores de sua cidade natal, sacrificar a própria mãe e a filha de Uhtred, em prol de uma conquista que podia ser feita de outra forma? Ela que é tão sensata, que não atacou o irmão quando este tomou Aylesbury, não pensou em negociar? Enfim, mesmo com esse deslize, ela era a única pessoa que merecia ser chamada dama de Mércia… Afinal, ela foi a primeira a se mobilizar em Tettenhall, e sem ela nem existiria mais o reino da Mércia.




E aí, curtiram a matéria? Comentem abaixo seus pensamentos sobre a temporada, e sobre a minha análise dos acertos de roteiro. Um beijo a todos, e até a próxima.

Gisele Alvares Gonçalves



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