Once Upon a Time – Sexta Temporada
- Gisele Alvares Gonçalves
- 21 de out. de 2021
- 4 min de leitura
Olá a todos, heróis e vilões do meu coração... E aí, prontos para falarmos da sexta temporada da série que mais odiamos amar? E vamos começar falando, é claro, da trama Jekyll/Hyde e a terra dos contos não contados. Ok, vamos por partes! Primeiro eu vou falar o que eu achei da inclusão dos clássicos da literatura em OUAT, e já posso adiantar que eu AMEI, pois era algo pelo que eu esperava ansiosa. Ah, já sei, você vai me dizer que O Médico e o Monstro não é um conto de fada, nem Vinte Mil Léguas Submarinas... Ao que eu te pergunto: e o que é, afinal, um conto de fada? Porque Pinóquio também era um livro do século XIX, nada a ver com os tradicionais contos medievais como A Bela Adormecida. Aliás, A Bela e a Fera também é um livro que nunca caiu nas mãos dos Irmãos Grimm, tendo sido considerado, a seu tempo, apenas uma obra literária como outra qualquer. Só porque a Disney trabalhou estes livros eles se tornaram automaticamente contos de fadas? E o que falar de Mulan, então, que é um poema chinês? Isto faz a gente pensar, não é mesmo? Então, antes de condenar O Médico e o Monstro em OUAT, pense que a Disney poderia ter trabalhado essa história, como tantas outras, e então provavelmente você a consideraria tão conto de fada quanto a Chapeuzinho Vermelho.
Trazer os clássicos da literatura para a série abriu os horizontes dos roteiristas, deu-lhes pano para manga para histórias fascinantes, sem contar que possibilitou trabalhar personagens que não carregam uma marca visual fixada por outra empresa do ramo do entretenimento. Acredito, dessa forma, que Jeckill deu um certo ar de originalidade para Once Upon a Time, um que eu adorei, pois através desta história clássica eles conseguiram trabalhar a batalha interna da Regina, chegando a uma conclusão belíssima para sua história: ela se odiava, porém aprendeu a se amar. Este é um tema tão ousado, e tão pouco trabalhado em séries teens! Afinal, este é o grande tabu, o mal inominável, aquilo o que, muitas vezes, procuramos esconder de nós mesmos. Se eu te perguntar se você se ama, aposto que você responderá prontamente que sim, sem dar tempo para pensar realmente na resposta. A verdade é que, muitas vezes, nós não queremos pensar, e este é o grande erro, pois sem chegar à verdade dos fatos, não podemos trabalha-la.

Enfim, eu acabei gostando bastante da primeira parte da temporada, e gostei também da segunda parte, em que temos um aprofundamento da mitologia própria da série com uma personagem que já havia sido mencionada na terceira temporada, que é a Fada Negra. Achei bem interessante que, com ela, os roteiristas puderam fechar os pontos em aberto, explicando o porquê do Rumplestiltskin ser tão interessado em roubar os bebês alheios (claro que não seria por canibalismo, como no conto medieval), e também pudemos ter a famosa Batalha Final. O fato do Rumple ter nascido para ser o salvador foi um BAITA plot twist, que me deixou de queixo caído, e também a questão da Batalha Final não ser exatamente uma luta com espadas, mas uma guerra metafórica pela mente da Emma. Gosto muito dessas metáforas mais psicológicas, afinal foi por elas que a série me pegou lá no começo da primeira temporada.
Para mim, os pontos baixos da temporada foram, de novo, a Belle sendo uma personagem chata para caramba, que fez até com que eu perdesse o tesão por Rumbelle, e também a Jasmine, que foi outra personagem que só me dava nos nervos, com essa questão de ser uma heroína e salvar Agrabah. Cara, não dava pra mudar o disco, não? Se eu fosse o Aladdin, nem ia querer sair mais com essa mina chata! A atriz era linda e talentosa, mas os roteiristas cagaram com a personagem, e toda vez que ela aparecia em cena me dava um soninho avassalador.
Já que falamos das personagens que deram errado, temos que falar, é claro, daquela que deu certo, que foi a própria Fada Negra, interpretada pela Jaime Murray. Eu já conhecia ela, é claro, de Spartacus, que é uma série muito ruim e eu não recomendo pra ninguém, mas na qual Jaime já havia provado que é uma mulher espetacular, linda e uma baita atriz. Sinceramente, não consigo ver nenhuma outra mulher ocupando esse papel tão importante, que é ser mãe do Senhor das Trevas. Os produtores acertaram em cheio na escolha da atriz.
Entre acertos e erros, a temporada foi tão interessante quanto qualquer outra... Com seus furos de roteiro, é claro, porém a gente ignora e segue o baile. Achei legal essa finalização da história dos Charmings, e mais ainda que ela terminou com um casamento E um musical! Que episódio incrível, eu vou guardar ele para sempre em meu coração! Você acredita que até hoje eu cantarolo as músicas? E aposto que você também... Ao menos quando está no chuveiro, ou sonhando com um casamento tão lindo e mágico quanto foi o da Emma com o Hook.

E aí, gostou da resenha? O que você achou da inclusão de histórias da literatura clássica na série? E sobre a Fada Negra, você também acha que a Jaime arrasou neste papel? Comente abaixo o que você acha sobre estes assuntos, estou ansiosa para conversar com vocês! Até lá deixou a todos um beijo e um queijo, e uma vontade imensa de nos encontrarmos em outras resenhas por aí. Até a próxima!
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