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Outlander - S5E2

  • Foto do escritor: Gisele Alvares Gonçalves
    Gisele Alvares Gonçalves
  • 26 de fev. de 2020
  • 7 min de leitura

Atualizado: 25 de mar. de 2021

Olá, povo amado… Tudo bem com vocês? Tenho certeza que todos estão acelerados ainda, depois de assistir um episódio maravilhoso como este! Gente, por onde começar? Bom, provavelmente eu deva iniciar esta resenha com a cena mais chocante de toda a série, que foi o Murtagh Fitzgibbons ordenando os reguladores a tacar óleo quente naqueles homens de Hillsborough. Eu sabia que ele era rebelde, mas nunca imaginei que fosse se tornar cruel também! Ok, nós entendemos que aqueles caras são ruins e tal, mas nada justifica a ação dos próprios reguladores. Crueldade não se paga com crueldade, algo que o Jamie sempre soube… Afinal, mesmo querendo matar o Black Jack por ter feito todas aquelas judiarias com ele, o protagonista quis que fosse de uma forma justa, em um duelo. Mesmo com toda a raiva e desejo de vingança, o nosso amado ruivinho jamais iria fazer o que o Murtagh ordenou que seus seguidores fizessem! E é por isso que, cada vez mais, eu admiro o Jamie Fraser, e condeno o padrinho deste.

Aliás, durante todo esse episódio deu para ver o quanto o Jamie tem o coração no lugar certo! Ele entende ambos os lados desta guerra, e condena o defeito de cada um deles… Assim como entende que é injusto taxar o povo com impostos absurdos, também ficou chocado com a violência exacerbada dos reguladores. Levando em conta tudo isto, não tem como não amar um homem desses, não é mesmo? Para mim, ele é o modelo a se seguir nessa série, e sempre será. Foi interessante ver como ele estava o tempo inteiro nervoso neste episódio, debatendo-se para fazer o certo a todo instante, ainda que aquela situação fosse extremamente cinza. Apesar de todas as dificuldades morais, no entanto, e como o Jamie mesmo disse, o objetivo dele era salvar o máximo de vidas o possível, qualquer lado a que a pessoa pertencesse, e isso deveria ser o mote de todo homem de bom coração. Bom, o Murtagh acha que o seu afilhado vai lutar pelos reguladores quando a hora chegar, porém eu acho que o que vai acontecer vai ser exatamente o contrário. Sabe aquele jeitinho como Outlander tem de criar cenas dramáticas para nos acabarmos chorando, quando as coisas mais inimagináveis e terríveis acontecem? Bem, já devemos estar acostumados com o drama a essa altura do campeonato, e é por isso mesmo que eu faço aqui uma previsão para vocês: Jamie Fraser vai matar o Murtagh, seja a pedido deste ou não. Imagina se não é a cara dos roteiristas escreverem essa cena, com uma música perfeita e bela tocando ao fundo, a atuação incrível do Sam Heughan nos emocionando até a gente arrepiar a coluna toda… Fala sério, se isso não acontecer vou até me sentir frustrada. Aqui não está no mérito da questão se o Murtagh merece ou não morrer, não me entendam mal! A questão é que fecha emocionalmente toda essa trama dos reguladores, além cumprir o propósito dessa série, que é destruir emoções. Vocês vão ter que convir comigo, esse seria um roteiro bem escrito e uma cena inesquecível, quer você goste do Murtagh ou não. Já quanto à relação entre Brianna e Stephen Bonnet… Infelizmente acho que essa história também não acabou, e que ainda veremos a nossa pequena Bree sofrendo muito por conta desse homem. Vocês repararam que ele menciona o filho ao final do episódio? Pois bem, eu acho que esse personagem doentio pode muito bem procurar o casal MacKenzie por causa da criança, e fazer outro estrago na vida da ruivinha. Bom, estou cheia de previsões hoje, então aproveitem, porque estes momentos são raros! Tenho também um palpite para a Claire, e ele não é muito feliz. Toda essa questão de querer criar penicilina, de inovar nos métodos da medicina do século XVIII… Apesar de compreender o sentimento da nossa protagonista amada, acho que a Bree estava com a razão em certas questões. Acredito que vai dar uma confusão do demônio tudo isso, e ela pode até vir a ser acusada de bruxaria novamente! Pensa bem: essa sociedade não está preparada para tais práticas consideradas profanas (como a autópsia), principalmente vindas de uma mulher (que se escondeu atrás do nome de um médico famoso para propagar suas ideias. Já imaginou o que vai acontecer quando esse cara descobrir tal tramóia?). Agora, no entanto, não vai ser só a Claire que vai se ferrar, pois ao tornar-se aprendiz, a Marsali também se envolveu no babado.



Falando na Marsali… Gente, melhor momento do episódio foi ela chamando por Deus quando viu o corpo do homem na mesa da Claire! Que atriz perfeita, voltei naquela cena mil vezes pra decorar cada detalhe, imaginando que a Caitriona deve ter tido muita dificuldade pra não rir com a atuação da Lauren Lyle. Mas tirando o momento cômico de lado, fiquei muito feliz que a nossa Claire tenha encontrado um braço direito para ela, alguém com quem contar em sua busca pela saúde da comunidade. É uma pena que ela não tenha encontrado tal parceira em sua própria filha… Acredito que isso significaria muito para a nossa médica preferida, e tornaria ainda mais forte o laço entre mãe e filha. Bree, no entanto, é ótima para atirar em animais, mas não para cortar eles, e tem basicamente a mesma reação que eu ao ver sangue e carne aberta. Ela é da área das exatas, é uma pessoa bastante racional, mas definitivamente não é e nunca vai ser uma curandeira.

Uma coisa que eu notei de diferente nestes últimos episódios, e é algo que eu realmente senti falta na série até agora, foi a maior participação dos colonos que habitam Fraser’s Ridge. Por boa parte da quarta temporada, inclusive, eu achei que o Jamie não havia conseguido encontrar pessoas para povoar as suas terras, dado o começo desastroso de suas tentativas para este fim e a quase permanente solidão dos dois na casa, mudando este cenário apenas com a presença dos índios e com esporádicas visitas de conhecidos (e do Ian, que na época ainda morava com eles). Agora, no entanto, a gente vê o povo ao redor da casa, entrando em contato com a Claire e consultando com ela em questões de saúde. Achei essa uma mudança positiva e necessária, dado o tempo já transcorrido desde que eles adquiriram as terras. Fico me perguntando, inclusive, se alguns desses colonos irão se tornar personagens de forma mais definitiva, e se veremos novas relações de Claire e Jamie com outras pessoas. Quer esta possibilidade se torne real ou não, temos ao menos um novo personagem certo na série, que está ocupando uma área bem cinza da moralidade, e creio que ainda vai influenciar bastante na trama daqui pra frente: estou falando, é claro, do tenente Knox. Bom, vou falar o que eu achei dele: Não creio que este seja um homem mau, apesar de estar na caça atrás do Murtagh. Para mim, ele é apenas uma pessoa do seu tempo, completamente verossímil e que tem seu próprio conceito de honra, acreditando que a morte de um soldado é algo a ser desejável na vida de um homem. Não morri de amores por ele, mas também não o odiei, exatamente por entender que este era o conceito de moralidade do século XVIII. Acho que nós nos acostumamos tanto com o Jamie, com sua luz interna a brilhar tão fortemente, que esperamos que os outros personagens tenham essa mesma luz… O que nós nos esquecemos no meio do caminho é que Jamie é a exceção, ele é a raridade na Idade Moderna, e que pessoas como Knox eram, em geral, o máximo de bondade que alguém poderia chegar. Hoje nós temos esse conceito de que matar uma pessoa é errado, mas essas ideias não eram amplamente difundidas no século XVIII, e dentro deste contexto o Knox ainda é alguém que não gosta de ver as pessoas passando fome, apostando sempre na caridade em prol dos necessitados. Claro, ele acredita na lei, acredita na autoridade do rei, algo que é de se esperar de um tenente, mas ele também vive pelo dever de proteger as pessoas, e é isso o que ele procura fazer em cada uma de suas ações. Apesar de tudo isso, ele é vaidoso e impulsivo, como bem a cena em que ele mata aquele membro dos reguladores atesta. Ora, ele é um homem cheio de defeitos e cheio de virtudes… E eu acredito que, por isso mesmo, ele era o personagem que estava faltando em Outlander. Alguém verdadeiramente na zona cinza, alguém complexo demais para taxar de “bom” ou “mau”, alguém como qualquer outra pessoa do mundo real, que tem seus pontos altos e pontos baixos. Por tudo isso, não posso dizer que sou apaixonada pelo tenente Knox como pessoa, mas eu certamente adorei ele enquanto personagem. Eu não sei se vocês pensam o mesmo que eu, mas eu realmente acredito que o Jamie e o Hamilton vão acabar desenvolvendo uma amizade estranha, tipo quando o protagonista conheceu o John, e os dois acabaram se aproximando, apesar da situação ser completamente avessa a uma amizade também. Aliás, já repararam como o Jamie é uma pessoa que geralmente tem amigos dentre aqueles que defendem a lei, bem como dentre aqueles que a quebram? Em um mundo em que as linhas são muito rígidas, e que os lados são tão distantes, Jamie é o homem que consegue ver a qualidade em todos… Bem, nem em todos, mas o cara tem que ser um Black Jack da vida pra despertar a verdadeira ira do nosso ruivinho. 



E aí, gostaram desta resenha? Não se esqueça de deixar seu comentário sobre o episódio aí abaixo, quer você concorde com os meus posicionamentos ou não. Acho saudável que nós, fãs dessa série maravilhosa, compartilhemos nossas opiniões sobre as cenas e os personagens, pois assim vamos cada vez mais entendendo a profundidade com que os roteiristas e os atores constroem essa história. Um beijo a todos, e até a próxima!

Gisele Alvares Gonçalves

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