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Por que assistir The Boys

  • Foto do escritor: D. C. Blackwell
    D. C. Blackwell
  • 12 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura



Com duas temporadas completas, e a terceira chegando ao fim deste ano, vale falar dessa série que quebrou de vez a forma como vemos histórias de super-heróis. No universo de The Boys, os heróis não são aquilo que aparentam. Muito pelo contrário, estão o mais distante possível da ideia de herói trazida pela Marvel e pela DC, onde os super-heróis são bonzinhos, altruístas e exemplares. Em The Boys, a pegada é bem mais realista, quase como seria na vida real se superpoderes existissem. E por ser tão realista, a coisa é bem mais feia.


Já imaginou um mundo onde as aparências importam mais que fatos, pessoas ruins usam a fé para incitar ódio e as grandes corporações manipulam as mídias, fazendo com que as massas idolatrem algumas celebridades como deuses? Não, não estou falando do mundo real. Esse é o pano de fundo de The Boys. Aqui, a megacorporação Vought gerencia e regula todos os super-heróis dos Estados Unidos. E como uma boa patrocinadora, financia campanhas de marketing, investe em produtos e faz até filmes com os “salvadores da pátria”.



O problema é que, quando há tanto dinheiro por trás de absolutamente qualquer negócio, há também investimento para empurrar os problemas para debaixo do tapete. Em The Boys, isso se refere aos “danos colaterais” causados pelos supers em suas missões – ou assim eles dizem ser. A primeira cena do primeiro episódio da série ilustra bem essa questão, quando a namorada de Hughie, Robin, é “atropelada” pelo Trem-Bala, um super-herói velocista, e acaba sendo pulverizada no processo.


E é aí que tudo começa para o nosso protagonista Hughie, um rapaz franzino e indefeso que vive acomodado em sua pequena e humilde vida, até que a Vought lhe tira a mulher que amava. Coberto de ódio, ele acaba aceitando a proposta de Billy Bruto, um homem misterioso e violento que quer destruir o mundo falso e perfeito dos supers – nem que seja matando um por um. Brabo? Muito! Junto dele estão Francês, um armeiro especialista em ferir supers, e Leitinho de Mamãe – sim, esse é o nome dele, e ele é fofo e ameaçador na mesma medida.



Porém, como a série não se contenta em nos fazer escolher lados, também observamos a jornada d’Os Sete, que, como o nome já diz, são os sete super-heróis mais poderosos, a cara e a voz da Vought. A membro recém-chegada é Luz-Estrela, uma jovem inocente que realmente quer fazer diferente e tornar o mundo um lugar melhor com seus poderes. Porém, logo ao chegar à sala de reuniões, ela se depara com Profundo, uma espécie de Aquaman estuprador. As descobertas de Luz-Estrela só vão piorando cada vez mais conforme ela adentra esse novo mundo de aparências e acaba tendo que decidir o quanto da alma dela está disposta a vender para continuar lutando por seu sonho.


O vilão da série – entre tantos outros – é Capitão Pátria, basicamente o Superman, só que criado em laboratório e cheio de complexos psicológicos. Esse é o cenário de The Boys e, apesar da quantidade de sangue e morte e palavrões, a série consegue te agarrar pelo coração com personagens cativantes e de bom coração, que apenas são como são por causa das cartas que a vida lhes deu. The Boys te faz questionar constantemente a moralidade de tudo ao nosso redor e tentar enxergar além do maniqueísmo de bem contra mal.


The Boys é uma série que veio para refrescar os fãs de quadrinhos e de super-heróis com algo novo e autêntico. A pegada realista não compete em nada com Marvel e DC, e ainda dá um descanso do heroísmo meloso presente nos filmes e séries dos últimos anos. Devorei as duas temporadas em 3 dias e recomendo com todas as minhas forças!

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