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Um Olhar Sobre a Dinastia Tudor - The Spanish Princess (S2E5)

  • Foto do escritor: Gisele Alvares Gonçalves
    Gisele Alvares Gonçalves
  • 12 de nov. de 2020
  • 6 min de leitura

Atualizado: 2 de dez. de 2020

E aí, reis e rainhas do meu coração, tudo bem com vocês? Mais um episódio de cortar o coração em The Spanish Princess, com muita tensão e judiaria para cima da Catherine of Aragon. Cara, essa série está sendo brutal em termos de drama, e eu estou até com medo de saber o quanto mais vão me fazer sofrer até o final! Aliás, alguém tem um chute de como vai terminar a temporada? Porque eu acho que a última cena do último episódio vai ser o Henry finalmente se interessando pela Anne, e a cara de tacho da Catherine ao perceber que as traições do marido não terminaram… De fato, estão apenas começando. E aí, o que vocês vão me dar se eu estiver certa?


Agora, quanto à Bessie… Nossa, eu conseguia sentir na pele não só a infelicidade da Catherine, mas sua sensação de impotência sobre a situação. Ela não pode mudar nada, só pode aturar o desrespeito de seu marido, que está cada vez se tornando uma pessoa pior. Piorando, ou revelando sua verdadeira natureza? Em todo o caso, dá pra perceber que, apesar de infeliz, a rainha já entendeu que as coisas nunca vão voltar a ser como antes entre ela e o Henry. Na prática, o amor entre eles acabou por completo, e eles já passaram do ponto sem volta, ou seja, ela não tem como recuperar algo que não mais existe.


Em certo ponto do episódio até chegou a me dar uma peninha da Bessie, só que não: se ela fosse jogada na rua, teria sido por causa de suas próprias atitudes erradas, por não ter pensado nas consequências de suas escolhas e (olá!) pelo fato de ter dormido com um homem casado. Sério mesmo, não entendo como uma mulher se rebaixa ao nível de desrespeitar outra mulher, afinal de contas, quem mais sofre com a traição é a corna.



Se fosse só a Bessie, eu diria que ir para a rua era o que ela merecia mesmo, porém eu tive muita conexão emocional com a Catherine neste episódio, e senti no osso o dilema dela. Imagina que terrível saber que você foi a razão da miséria total de um ser humano, seja ele quem for, quando poderia ter dito uma palavra para salvá-lo? Eu jamais desejaria carregar este tipo de culpa comigo pela vida inteira, e certamente a Catherine também não suportaria tal sentimento. Aliás, o momento do parto da Bessie foi o mais intenso do episódio inteiro, e ver a rainha levar o bebê ao Henry foi significativo para caramba. Ela estava aceitando a derrota naquele momento, trocando os seus sonhos por um certo tipo de paz na aceitação, estava se deixando humilhar para poder viver, de qualquer forma que fosse. Sério, morri de pena da Catherine nessa hora… E olha que eu sou fã jurada da Anne Boleyn!


Bom, mas a rainha inglesa não foi a única a sofrer e a ser traída, não é mesmo? Afinal de contas, temos que continuar com o paralelo entre Meg e Catherine! Sendo assim, enquanto uma levava chifre na Inglaterra, a outra levava chifre na Escócia. Que homem nojento, hein? Só serviu pra trazer problema pra ela. Antes a Meg estivesse solteira, com os filhos e a regência do que sendo punida por ter acreditado em um vira-lata como aquele. Bem que ela fez em expulsar o safado de casa, e bateu nele foi pouco!


Parece que não tem como ser feliz no amor nesta série, né? É toda mulher virando corna, e a única que é solteira (Maggie Pole) não pode ficar com o cara que ama porque ele que está preso em um casamento sem amor. Parece que só a Mary Tudor que tirou na loteria… E a Ursula Pole, que eu acredito piamente que vai ser bem feliz com o seu marido. Se bem que eu achei que a Meg ia ser feliz com o Angus também, e dei com os burros n’água.


Falando em Maggie Pole… Caramba, que tensão sexual, hein? No começo, quando o ship entre Maggie e Thomas More surgiu, eu não pensei que fosse chegar tão longe, mas neste episódio eu jurei que alguma coisa iria rolar! Fiquei até meio decepcionada por eles terem ficado a ver navios. Até porque, vamos combinar uma coisa: Maggie e Thomas foi um casal muito melhor trabalhado na série do que Mary e Charles, e esses dois já estão até casados! Eu estou sabendo que muita gente achou bem fofo eles se casarem neste episódio e tal, mas eu achei cedo demais. Estava esperando mais desenvolvimento, mais interação dos dois, e por isso acabei me decepcionando.


Agora, falando em casais… É quase isso que o Henry e o Wolsey se tornaram, não é mesmo? Eles parecem dois apaixonados, sempre juntos, sempre apoiando e concordando um com o outro. O Henry está completamente cego para os (muitos) defeitos do recém-feito cardeal, e fica babando no ovo dele só porque o Wolsey permite que o rei aja como uma criança mimada. Gente, que ranço! Ainda mais quando ele fica humilhando a Catherine em público, rebaixando ela para que a mulher perca toda e qualquer influência política. É uma estratégia que funciona, mas não deixa de ser vil e nojenta.



Agora, sobre a peste… Para mim, esse plot serviu mais para mostrar o palácio do Wolsey e avançar com a tensão emocional entre o cardeal e a rainha do que qualquer outra coisa. Em The Tudors, na primeira temporada, também temos um episódio sobre uma peste, porém nesta série foi demonstrado maior perigo de morte para os personagens, e nós realmente ficávamos com medo que alguns bem importantes fossem morrer. A única coisa que podia aliviar um pouco esse receio era o conhecimento histórico que alguns Tudor Nerds possuem de antecedência. Em The Spanish Princess, no entanto, tanto roteiro quanto direção não nos deram um real dimensionamento do temor da praga, do isolamento, da tragédia das pessoas morrendo pelas ruas. Enfim, de longe isto não é uma crítica, é apenas um comentário sobre a intenção da série a respeito desse tópico, mostrando que este não foi o tema principal do episódio, mas apenas o pano de fundo para que o real foco da história se desenrolasse.


Mas este tópico da praga não ressoa apenas em The Tudors, não é mesmo? Afinal, tivemos um episódio dedicado a este tema também em The White Princess, em que a própria Maggie esteve presente. Confesso que deu uma certa nostalgia sim… Ainda mais quando a personagem comenta com Thomas More sobre sua infância, sobre ter girado com os braços abertos no salão vazio. Depois de tantas mortes, a Maggie continua sendo nosso elo com as séries anteriores, tendo até comentado sobre seus pais, Isabel Neville e George Plantagenet. Muitos feelings nessa hora! Só de lembrar já me arrepio toda de novo.


Bom, na questão da peste The Spanish Princess se afastou de The Tudors… Mas teve outro elemento que, em questão de direção, lembrou muito a antiga série sobre Henry VIII, que é o elemento do sexo. Neste episódio tivemos bastante disso, não é mesmo? E ao contrário de The White Queen, que trazia cenas calientes, mas sempre com um cunho romântico, neste episódio de The Spanish Princess tivemos de tudo: o sexo trágico (Henry e Catherine), o sexo cômico (Mary Tudor e Louis) e o sexo romântico também (Mary Tudor e Charles Brandon). Confesso que eu não gosto nada do sexo cômico, em especial quando uma das pessoas não deseja realizar o ato. Acho irreal que uma mulher que é obrigada a ir para a cama com alguém que ela não deseja e não ama não demonstre qualquer tipo de consequência psicológica, como se aquilo fosse apenas um ato carnal… Como se fosse possível dissociar a mente do corpo. Em especial acho irreal tal abordagem do sexo quando a moça era virgem até o presente relacionamento, como era o caso da Mary Tudor. Sério, só sendo mulher para saber que, nos primeiros tempos em que iniciamos na vida sexual, somos tomadas por vários temores e inseguranças, e é necessário muito carinho e amor para superar tais incertezas.


Enfim, entre pragas e cenas de sexo, nostalgias e muita, mas muita guampa, terminamos a resenha sobre este episódio. E você, o que achou? Também está chorando pela Catherine? E quanto à Meg Tudor, gostou da surra que ela deu no marido? Comente aí embaixo o que está pensando sobre a série, ficaríamos muito felizes por podermos conversar com vocês! Não se esqueçam também de ler as outras resenhas da saga Um Olhar Sobre a Dinastia Tudor, que acompanha todas as quatro gerações desta linhagem que a gente ama ver nas telinhas. Por enquanto, no entanto, eu deixo um beijo e um queijo para vocês, e uma vontade imensa de que possamos nos ver em outras resenhas. Até a próxima!


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