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Um Olhar Sobre a Dinastia Tudor - The Spanish Princess (S2E8)

  • Foto do escritor: Gisele Alvares Gonçalves
    Gisele Alvares Gonçalves
  • 2 de dez. de 2020
  • 7 min de leitura

Boa tarde, reis e rainhas do meu coração! Chegamos, em fim, ao último episódio, com lágrimas nos olhos… Sentiremos falta de assistir a The Spanish Princess toda a semana! Ai ai, o que vamos fazer da nossa vida agora? Calma, que eu tenho muitas ideias de filmes para resenhar, e muitos épicos sobre mulheres incríveis da História também! Mas, por hora, vamos focar no nosso luto por esta série que termina, e que fez a gente arrancar os cabelos de tanta tristeza nesta series finale.


E aí, qual foi a sua cena mais impactante deste episódio? Para mim, sem sombra de dúvidas, foi o momento em que o Henry leva a Catherine para perto da água, e ameaça matá-la. Claro, quem conhece a História sabia que a rainha não iria morrer ali, porém ainda assim teve tensão e drama o suficiente para arrepiar os pelos do corpo todo! A Catherine estava completamente despida de qualquer dignidade, basicamente implorando para o Henry o seu amor, e isto foi muito chocante. Além disso, eu definitivamente não esperava que a mulher fosse confessar a sua mentira, porém achei uma escolha muito interessante de roteiro, fechando um arco que se iniciou na primeira temporada da série. Foi intenso, foi bem escrito e foi bem atuado… Bem, ao menos da parte da Charlotte Hope. Do Ruairi O’Connor eu esperava um pouco mais.



Talvez seja a maldição de ser fã de The Tudors, e ter visto a atuação sensacional que o Jhonathan Rhys Meyers deu para o Henry VIII. Ele tinha explosões de raiva tão reais! Enquanto que o Ruairi, embora tivesse aquele ar de confiança na primeira temporada, não demostrou um temperamento tão feroz nesta segunda. Talvez seja pelo fato dele ser irlandês, e em algum nível odiar a realeza inglesa, como em geral os irlandeses odeiam. Talvez fosse mais difícil, para ele, interpretar o rei inglês tirano que ele sabe que existiu de fato, ao invés do garoto apaixonado, envolvido em um amor proibido. De qualquer forma, espero que, se forem produzir uma minissérie de A Outra, que troquem o ator.


Falando em troca de atores, para uma possível continuação com A Outra… Apesar de lamentarmos, definitivamente teriam que trocar a Charlotte Hope do papel de Catherine of Aragon, e deixar uma atriz com mais idade assumir este manto. Quero dizer, quanto tempo já se passou desde a primeira temporada? Em torno de 25 anos, de acordo com a História. Sendo assim, seria realmente necessário que uma mulher mais velha interpretasse a rainha Catherine em uma próxima série. E aí, vocês têm alguém em mente para o papel? Eu não tenho ideia de ninguém! Só espero que, honrando o visual da Charlotte Hope e da própria personagem histórica, que contratem uma ruiva, para que a imersão neste universo continue firme e forte.


Outra atriz que deveria ser trocada, lamentavelmente, seria a Laura Carmichael do papel de Maggie Pole. Cara, eu amo a Laura desde Downton Abbey, e foi muito bom ter ela presente em The Spanish Princess! Ainda assim, está na hora dela deixar este universo, e passar o papel de Maggie adiante. Aliás, vocês já repararam que esta personagem foi a que teve maior número de troca de atrizes até agora? Afinal, ela é a única personagem que está presente desde The White Queen neste universo. De novo, não tenho ideia de quem seria uma boa atriz para assumir este manto, mas adoraria que vocês comentassem se possuem uma ideia sobre o assunto.


Claro, todas essas especulações sobre uma possível continuação da história caem por terra quando os criadores da série dão a entender que, bem… Não estão interessados em fazer A Outra agora. Ainda assim, tivemos um vácuo de quatro anos entre The White Queen e The White Princess, e um espaço de dois anos entre The White Princess e The Spanish Princess. Por isso digo a vocês: não percam a esperança! Vamos mostrar que nosso fandom é grande, sério e perseverante, e daqui a um tempo poderemos ter boas notícias neste departamento!


Enfim, chega de falar sobre A Outra… Vamos comentar esta series finale! Começando, talvez, ironicamente, pelo começo. Interessante notar que o primeiro rosto que vimos neste episódio foi o de Mary, ouvindo através da porta a briga entre seu pai e sua mãe sobre ela ter perdido ainda outro bebê. Brigando sobre eles não terem tido um filho homem… Brigando porque Mary não era o suficiente, e ela entende isso. Quão triste isso pode ser para uma criança, estar perto do pai e não se sentir amada! Chega a dar uma dózinha. Ainda assim, essa é uma forma muito esperta da série mostrar a razão da Mary ter se tornado tão sanguinária. Nem tudo estava no desejo por violência inerente da criança, muito veio do fato dela ter sido rejeitada desde que nasceu. Ao menos é o que a série quer que vejamos com esta cena, dirigida de forma perfeita para passar a mensagem.


Interessante notar como, quando mãe e filha descem as escadas para chegar à capela, o foco da câmera é inteiramente da Mary, para mostrar o quanto a emoção dela é importante neste ponto da narrativa. E, assim, ao chegar ao altar, a garota não olha para a mãe enquanto esta fala, enquanto a mulher desculpa-se pelo humor do pai da menina… Ela somente se volta à sua genitora e a ela sorri quando esta diz que lhe ama. Qual maior prova de que, no fundo, tudo o que Mary queria era amor? Também é importante ressaltar, ainda falando sobre a filha da Catherine, que nesta cena da capela a câmera mostra com um foco relativamente grande o boneco da criança, o qual vai aparecer mais tarde no jardim, com uma ofensa à linhagem espanhola. À linhagem dela. É muita coisa para uma criança digerir! Ainda mais quando Catherine pega o boneco e finca ele ao chão, com uma adaga em seu peito. Basicamente foi dali que a Mary tirou sua lição sobre o que fazer com os “bonecos” que a injuriavam. Sem querer, Catherine estava passando uma lição muito, muito sangrenta à sua filha, que perdurou por uma vida inteira.



E quanto à Catherine… Eu disse que teria sido melhor ela contar para o Henry na hora que ela perdeu o bebê, que atrasar uma notícia dessas só ia azedar mais o humor do rei! Claro que ele se sentiu traído por não ter sido avisado antes, e isso aconteceria com qualquer homem… Mesmo um que não fosse louco.


E o que dizer sobre a Maggie, que também estava no corredor enquanto Henry e Catherine brigavam, e acabou por também sofrer as consequências do humor do Henry? Ela literalmente perdeu tudo o que tinha porque estava no lugar errado, na hora errada! Cara, é muita infelicidade para uma mulher só. Se bem que, ao final do episódio, ela conseguiu se desatar das lealdades que tanto lhe custaram, e pôs sua família e a si mesma em primeiro lugar. Eu digo: bem feito! Super apoio a sua decisão de abandonar a Catherine, pois seria o mesmo que abandonar um barco furado. Aliás, não foi a própria Catherine que abandonou a Meg em sua maior hora de desespero, incentivando o marido cachorro dela a espalhar mentiras maldosas sobre sua dignidade? Pois bem, a gente colhe o que planta! A diferença é que Maggie não contou uma mentira maldosa para o Henry, mas a simples e pura verdade.


Falando em mulheres que poderiam ter tido uma vida bem difícil por causa da Catherine, mas tomaram as rédeas do próprio destino e voltaram ao poder com tudo, temos a Meg Tudor do outro lado da fronteira com a Escócia, mostrando que, quando uma mulher quer, ela faz até chover! Esta personagem, que foi um paralelo tão marcante com a própria Catherine, tomou decisões muito diferentes no final da história, e mostrou ao que veio. Ao contrário do que dizem por aí, não achei as decisões dela nem um pouco loucas, ao contrário: com tudo o que Meg viveu, ela aprendeu que, se você quer manter o poder, você tem que estar disposto à guerra, tem que estar disposto a abandonar o amor e punir seus adversários. Bom, ela não necessariamente abandonou o amor, mas o casamento, que é um sacramento que dá ao marido direitos ainda maiores que à esposa, mesmo quando a esposa é a mãe do próximo rei. A questão é que eu admiro muito a escolha dela, e acredito que a Meg é quem foi a verdadeira heroína dessa série. Afinal, quem é mais louca? Quem bombardeia um invasor ao seu castelo, um marido que não iria parar por nada até vê-la despida de todo o poder, ou uma mulher passiva, que fica implorando o amor de um homem que a odeia? Sinceramente, eu diria a segunda opção.


Por fim, chegamos ao fim desta resenha… Ao fim da resenha, da série e da saga Um Olhar Sobre a Dinastia Tudor (ao menos por enquanto). Foi um prazer ter vocês aqui comigo, e espero que tenham amado The Spanish Princess tanto quanto eu amei! Para quem ainda não leu as outras resenhas da saga, os links ficarão dispostos aqui abaixo, em ordem cronológica dos eventos históricos. Por ora, no entanto, eu deixo um beijo e um queijo para vocês, e uma vontade imensa de que possamos nos reencontrar nas minhas próximas matérias aqui no site. Até a próxima!


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