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Visita Guiada a Camelot - Lancelot, O Primeiro Cavaleiro

  • Foto do escritor: Gisele Alvares Gonçalves
    Gisele Alvares Gonçalves
  • 30 de jul. de 2021
  • 4 min de leitura

Olá a todos, damas e cavaleiros do meu reino, como estão por aí? Hoje vim falar sobre este clássico do ciclo arthuriano, o primeiro filme que eu vi sobre Camelot e toda a gente bonita que vive lá. Não poderia ter começado melhor, não é mesmo? Até poderia, na real, se tivesse visto As Brumas de Avalon primeiro… Mas isto é assunto para outro dia. Hoje nós vamos falar sobre Lancelot, O Primeiro Cavaleiro, que é um filmão para quem ama o ciclo arthuriano visto sob o prisma de um bom e velho triângulo amoroso.



Primeiro eu gostaria de falar o quanto o roteiro é incrível, e o quanto o texto deu profundidade aos personagens… Começando por responder a pergunta que não quer calar: afinal, Guinevere amava ou não Lancelot? Ao meu entender, ela nunca o amou. Não fique tão surpreso! Afinal, paixão e amor são sentimentos muito distintos, pois um diz respeito a atração e hormônios, e o segundo refere-se a companheirismo e querer bem. Decerto que a paixão pode ser mais intensa que o amor, e arrebata aquele que é tomado por este sentimento, porém ela está destinada a acabar quando realizada, uma vez que trata-se de um hormônio. Segundo este raciocínio, então, Guinevere não teria passado mais que um ano e meio junto a Lancelot, mesmo que isto lhes fosse permitido, afinal ela sequer o conhecia, ainda que o desejasse. Já Arthur… Ah, sim! Este ela amava, e com todo o seu coração. Ela admirava-o em sua bondade e sua justiça, compartilhava seus sofrimentos com ele e estava disposta a compartilhar também sua vida. Com isto, eu tenho certeza que Guinevere poderia ter sido muito feliz com seu marido, se ela apenas tivesse aprendido a domar seus próprios impulsos.


E quanto a Lancelot… Ele amava Guinevere? Não no começo, quando ele atraiu-se apenas pelo desafio que a mulher representava. Ele, o homem que nunca havia ouvido um “não” dos lábios de uma mulher, levou um fora de uma bela garota, que além de tudo é inatingível também por questões sociais! Como isto não mexeria com o nosso bad boy medieval, não é mesmo? A atração virou obsessão, e a obsessão transformou-se em algo mais… Um sentido para a vida, talvez? Afinal, não podemos nos esquecer que Lancelot é um homem que não possui nada a perder, nem mesmo razões para continuar vivo. Lancelot, enfim, talvez tenha passado a amar mesmo Guinevere, ou ao menos é o que eu sou levada a acreditar, afinal apenas quem ama está disposto a perder a pessoa em prol da felicidade dela.


Ok, já percebemos que o roteiro dá muito pano para manga nesta resenha, o que sempre é um sinal de qualidade do filme… E os outros aspectos do longa, será que são tão bons quanto? Olha, deixando a questão intelectual para analisar figurino e cenografia, posso dizer com certeza que eles deixam um pouco a desejar. Não consigo me sentir imersa na idade média quando os cavaleiros usam uniformes, e estão sempre limpinhos e de banho tomado! Além disso, alguém ligou a luz na tomada? Porque a sala da távola redonda não poderia estar com uma iluminação mais artificial. Pois é, bem que poderiam ter feito um filme com esse roteiro e esse elenco, mas uma produção de Arthur e Merlin: Cavaleiros de Camelot. Opa, mas esse filme existe, e é As Brumas de Avalon! BTW, estou muito ansiosa para falar sobre ele com vocês.



E quanto ao ciclo arthuriano, quanto do filme é fiel às histórias tradicionais? Bem, eu diria até que bastante, visto que o tema central é um clássico do medievo, com o rapto de Guinevere por Malagant (também conhecido como Meleagrant) e seu resgate por Lancelot, além do triângulo amoroso que a rainha, seu salvador e o rei formam. As únicas estranhezas advém da origem da Guinevere, que nas histórias medievais é filha do rei Leodekranz de Cameliard, que dá a Arthur a távola redonda como dote pelo casamento... Ou seja, se fosse para ser cem por cento fiel, o papai da protagonista teria que estar bem vivinho da silva no tempo em que o filme se passa. Também os olhos mais atentos vão notar que fundiram a figura de Meleagrant, o raptor de Guinevere, com Mordred, o arqui-inimigo de Arthur e responsável por sua morte. De resto, é sempre bom ver um filme que foque no amor entre Guinevere e Lancelot, sendo este um dos temas mais populares do ciclo arthuriano.

E aí, o que você achou de Lancelot – O Primeiro Cavaleiro? Também acredita que a Guinevere amava de fato Arthur, e que apenas estava apaixonada por Lancelot? E quanto à questão do figurino, também incomodou que os cavaleiros tivessem acesso a personal stylist e fossem no cabeleireiro toda manhã? Comenta aí embaixo o que você achou de tudo isso, estou ansiosa para conversar com vocês! Enquanto isto, deixo um beijo e um queijo a todos, e uma vontade imensa de que possamos nos encontrar em outras resenhas aqui no site. Até a próxima!

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