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Zoey's Extraordinary Playlist - S1E12

  • Foto do escritor: Gisele Alvares Gonçalves
    Gisele Alvares Gonçalves
  • 7 de mai. de 2020
  • 6 min de leitura

Atualizado: 25 de mar. de 2021

Olá, extraordinários, tudo bem com vocês? Nossa amada série chegou ao fim de sua primeira temporada, e como fica o coração? Não tem emoção que aguente! Ainda mais quando não sabemos se Zoey’s Extraordinary Playlist vai ser renovada, fazendo com que essa espera só se torne mais angustiante. Mas vamos falar do episódio, que eu tenho muitas coisas a comentar com vocês! Olha, não vou negar… Gostei sim, porém achei que podia ser melhor, e eu já vou explicar o porquê.


Minha principal reclamação é a respeito da última música, aquela que diz respeito ao funeral do Mitch. Foi só eu ou a música era realmente alegre demais para a ocasião? Poxa, eu queria algo que me emocionasse, que me fizesse chorar rios, porém American Pie (apesar de ser uma música linda e de ter sido muito bem performizada) não me proporcionou esta emoção. A letra muitas vezes parecia desconexa com a situação, e apesar de falar em “morte da música”, a canção foi arranjada com um instrumental com energia demais, quando algo mais sentimental a base de piano ou violino funcionaria muito melhor… Ou até mesmo um coral a capella.


Outra coisa: gostei, sim, da ideia de fazer uma cena longa que mostrasse todos os personagens, e até mesmo me surpreendi pela ousadia do diretor que, em um show que trata o musical da forma mais realística o possível, resolveu criar essas longas tomadas com uma passagem de tempo simbólica, entrando mais na zona do musical como o conhecemos, como uma alegoria. Ainda assim, eu achei que o momento do funeral deveria ser apenas sobre o funeral, apenas sobre a dor da família pela perda do Mitch. Aí já botaram o drama do Simon em relação à Zoey no meio, o drama do Max em relação à Zoey no meio, e acabou tirando muito da emoção da morte do pai da personagem. Enfim, foi uma escolha ousada, mas eu não achei que lidaram com ela do jeito que deveriam.



Falando no drama dos homens da Zoey… Moça, o que você está fazendo? Ok, não é segredo pra ninguém que eu shippo ela com o Simon, então não vai ser uma surpresa quando eu disser que eu não gostei da cena da pegação entre ela e o Max. Achei que foi uma espécie de traição ao Simon, afinal ela disse ao homem que ele não precisava sentir ciúme do Max! Aí nem dá 24h e ela já está dando uns amassos no melhor amigo? Caramba, ruivinha, você caiu no meu conceito!


Pra não falar que eu odiei tudo, eu gostei muito de All of Me cantado na voz incrível dou Skylar Astin. Gente, esse ator manda bem demais na hora da cantoria! Além disso, ele tem um dos melhores repertórios da série, com músicas bastante pop e com uma pegada contagiante. Foi engraçado demais, também, ver ele cantando I Know You Want Me e totalmente quebrando o clima para a Zoey! E ainda a reboladinha, hein? Eu desistiria de qualquer coisa no mesmo instante. Outra coisa que não dá pra negar é que ele tem pegada, e os beijos que o Skylar deu na Jane não foram nada técnicos! E quando ele pegou ela no colo e a grudou na parede, olha… Eu definitivamente não estava esperando uma cena assim em uma série familiar.


Bom, ao menos ele teve a decência de ligar para o Simon, porém tudo isso foi uma situação tão… Desconfortável! Quero dizer, me senti vendo Dona Flor e Seus Dois Maridos. Ou The Vampire Diaries, nos flashbacks entre Katherine, Stefan e Damon Salvatore. “Está tudo bem amar os dois”, essa personagem costumava dizer, mas eu digo que não está nada bem. Se tem uma coisa que eu gostaria ainda menos do que se a Zoey ficasse com o Max, é se todos eles virassem um poliamor.


O que mais dói é que o Max é todo cheio de si e ingrato (poxa, a mulher vai lá e consegue o emprego dele de volta, e o cara faz desfeita?), e o Simon está cada vez mais pronto para ser alguém perfeito para um relacionamento duradouro e sadio. No último episódio eles conseguiram ser honestos depois de uma briga, e ainda por cima reconheceram seus defeitos e pediram desculpa (o que é uma das coisas mais difíceis do mundo pra muita gente), e nesse episódio ele admitiu estar com ciúme e prometeu que iria contar tudo para a Zoey, porque não queria cometer os mesmos erros que cometeu com a Jessica. Isso é amadurecimento, isso é aprender com os próprios erros, isso é se tornar uma pessoa melhor. Sinceramente, não vejo o Max fazendo nenhuma dessas coisas. Acredito que, pelo ego e orgulho que ele tem, ele jamais pediria desculpa depois de uma briga… Como, aliás, não pediu até hoje.


Aí o Max ligou para o Simon, e eu senti como se o amante estivesse tendo considerações pelo marido, o que é muito estranho. Aliás, deu pra ver que os dois não estavam nada a vontade no telefone… Dava até pra ver as nuvens do clima pesado que ficou no ar. Depois o Simon foi levar a lasanha para a Zoey, e foi mais um tiro na minha sanidade, porque a ruivinha estava frente a frente com o homem que ela tinha acabado de trair. Naquele momento eu só dou um desconto para ela porque o pai dela estava morrendo, então óbvio que ela não ia conversar com o cara sobre relacionamento. Ainda assim, foi muito tenso. Por fim, o funeral, quando os dois estavam arrodeando ela, querendo dar apoio como um namorado daria. Se a Zoey tivesse o mínimo de vergonha, ela tinha se enterrado no chão nesse momento. Olha, mas o pior nem foi isso: o pior foi que a temporada terminou e nós ficamos sem saber quem ela vai escolher! Cara, tortura tem o nome dessa série.


Aliás, tivemos tantos finais inconclusivos que eu acho realmente necessário uma segunda temporada. Em primeiro lugar, o filho da Emily e do David não nasceu, e lá se foi a minha teoria que o episódio acabaria todo mundo envolta do bebê. Em segundo lugar, não sabemos se o Eddie vai para o cruzeiro, se desistiu da ideia quando viu o Mo parado no batente da porta dele, ou se os dois vão juntos. Por fim, não vimos o Leif ter um desfecho para suas emoções, nem para o lado da superação, nem para o lado de conseguir o amor da Joan de volta. Espero que a série seja renovada, e que venhamos a descobrir como tudo isso vai acontecer.


Mas voltando a esse finale, já dei crítica que chegue… Vamos falar de cenas boas! E a melhor cena de todas certamente foi o Mitch dançando com a Zoey logo depois de morrer. Sim, porque pra mim ele já havia morrido naquela cena, e a protagonista estava realmente vendo o espírito de seu pai (repararam no longo suspiro do personagem logo antes dele aparecer para a filha na sala? Pois é). Mais uma cena ousada, porém uma que deu certo, e trouxe uma emoção que eu não esperava para o momento de sua partida. Só senti falta de mais diálogos da parte da Zoey, de mais desespero, de palavras belas e de um “eu te amo”. Ainda assim, foi muito bonito e dramático, e é exatamente este tipo de surpresa que eu gosto de ver em uma série.



A pergunta ficou, no entanto: a Zoey teria o poder de ver fantasmas? Ela pode, também, prever o futuro, já que cantou Bad Moon Rising, mesmo antes de saber que seu pai morreria neste mesmo dia? Bom, pra falar a verdade, acho que isso foi questão de um episódio só, feito apenas para construir a emoção da cena da morte do Mitch, pois se seguirem por essa estrada, eu acredito que descaracterizaria muito a série. Melhor deixar a protagonista apenas ouvir a música do coração das pessoas à sua volta.


Outra cena que fez a gente chorar até não aguentar mais foi quando o Mitch cantou Lullaby para o filho. Caramba, acho até que foi mais emocionante do que a cena com a Zoey! Que música, senhoras e senhores, que bela música! A melodia emocional, as palavras certas para a cena, a atuação incrível do Peter Gallagher e do Andrew Leeds… Tudo redondinho para fazer a gente cair no choro! Sinceramente, uma cena muito melhor do que o funeral em si.


Também tivemos outro personagem na hora da morte do Mitch, um que ficou mais apagado no drama todo… Estou falando, é claro, do Howie. Sabe, eu adorava esse personagem, e vou sentir muita falta dele se tivermos uma segunda temporada. Foi triste vê-lo partir no meio do funeral, quietinho, como se nunca tivesse estado ali. Ele nem pôde ter muito tempo de despedida do seu amigo, uma vez que tinha que dar prioridade para a família dizer seu adeus. Ele chegou com risadas, com alegrias, mesmo em um momento doloroso como aquele, e partiu como em uma nuvem de fumaça, apenas esvaneceu no meio da noite. Nós não te esqueceremos, no entanto! Vamos sentir saudade da tua alegria nas próximas temporadas.


Enfim, apesar destes pecadinhos nesta última temporada, Zoey’s Extraordinary Playlist continua sendo uma das surpresas mais agradáveis deste ano, uma série de muita qualidade em termos de roteiro, atuação e música. A ideia é chamativa, as tramas são profundas e os dramas são de fazer marmanjo chamar pela mãe, além de ter uma comédia leve e gostosinha, inteligente, sutil e não-caricata. Para mim, a receita perfeita para uma série maravilhosa, como certamente Zoey’s Extraordinary Playlist acabou por se provar ser.


E aí, curtiram a resenha? Comentem abaixo seus pensamentos sobre o episódio, e sobre a minha análise das cenas.  Um beijo a todos, e até a próxima.

Gisele Alvares Gonçalves

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