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Control Z - S1 sem spoilers

  • Foto do escritor: D. C. Blackwell
    D. C. Blackwell
  • 27 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de mar. de 2021

Este original Netflix de nacionalidade mexicana chegou sem avisar e revolucionou minha maneira de pensar sobre dramas adolescentes. O brilhante Carlos Quintanilla é um diretor muito famoso em seu país, tendo uma vasta coleção de telenovelas em seu currículo. É notória a influência de seu gênero forte na obra, e podemos observar isso através dos diálogos e jogos de câmera caóticos que conseguem nos inserir na turbulência do momento. Junte isso aos elementos clássicos de todo drama adolescente e conceba uma série que renova todo um gênero com toques realistas e de pé no chão, sem perder todo o glamour dos clichés que o público tanto ama.


A trama gira em torno de Sofia Herrera, uma garota solitária, porém obstinada e destemida, capaz de ler pessoas e descobrir coisas que todos costumam deixar passar batido. Quando ela retorna do hospital psiquiátrico após uma crise, um misterioso hacker começa a espalhar os segredos de todos os alunos do colégio, um de cada vez, chantageando e manipulando os estudantes. Sofia, como excelente investigadora, aceita a missão de revelar ao mundo a identidade do hacker. O grande mistério do hacker fica mais perigoso a cada segundo, dando o gás que a série precisa entre os momentos mais cotidianos das vidas dos estudantes. A forma como as cenas nos são apresentadas sempre nos surpreendem com detalhes que serão importantes em outros momentos, e por isso, as reviravoltas são tão geniais! Nada é o que parece, e cada nova revelação é um choque prazeroso, especialmente para quem ama surpresas.


Ao longo da trama, vamos descobrindo mais sobre as vidas dos adolescentes e como elas vão mudando conforme seus segredos são expostos ao público – desde sexualidade a infrações e atitudes moralmente turvas. Todos os personagens são profundamente explorados até o último segundo desta primeira temporada, tendo cada um seu próprio mundo a revelar ao público de maneira brilhante. Com sobriedade, a série desce por uma espiral infinita de escuridão, revelando consequências que vão ficando cada vez mais densas, até o ponto sem volta do risco de morte ou prisão. E o mais impressionante é que, de maneira geral, a série se mantém coerente e realista dentro de seu próprio enredo e fora dele. Conto nos dedos os momentos em que um personagem agiu ou reagiu de maneira pouco convincente em toda a série. Outro detalhe que acalentou meu coração foi a excelente representatividade Bissexual e Transexual na série! Dificilmente esses temas são abordados de forma realista, e quando acontece, é sempre o mesmo cliché manjado, mas esta série é uma caixinha de surpresas, e faz este escritor que lhes fala muito feliz.

Dito isso, dou meus parabéns a esta obra de arte! E do jeito que a temporada terminou, esperarei ansioso pela próxima para poder o desfecho dos eventos.




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