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Os Órfãos

  • Foto do escritor: D. C. Blackwell
    D. C. Blackwell
  • 4 de fev. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 25 de mar. de 2021



Bem-vindos a mais uma resenha da Escurinho do Cinema!


Eu sou D.C. Blackwell e hoje falarei de um filme que...bem...



Os Órfãos, senhoras e senhores.


        Perdoem a minha empolgação, pois ainda estou me recuperando desse filme. Inspirado no romance clássico de horror “The Turn of the Screw”, Os Órfãos (em inglês, “The Turning”) é um filme confuso, cheio de sustos cliché e possui um final completamente incompreensível. Assisti no dia seguinte à estreia, e o que vi ao rolar dos créditos foi um exército de zumbis desapontados rumando sem vida em direção às placas de “SAÍDA”. Sem sequer fazer perguntas ou se revoltarem, as pessoas perderam a luz que brilhava dentro delas no instante em que as luzes da sala de cinema se acenderam.


 Vou explicar:


        O enredo do filme segue em boa parte o do romance. Neste, uma professora arruma um emprego de governanta numa casa onde moram dois órfãos e sua empregada. Vários eventos sobrenaturais envolvendo a dupla começam a assombrar a governanta, que em determinado momento descobre que as crianças estão sendo possuídas por espíritos malignos e que a única forma de expulsá-los era chamando-os pelo nome. No fim, ela consegue salvar apenas a menina, mas fica em aberto se ela estava mesmo vivenciando eventos paranormais ou se estava apenas louca.



        O filme se perde perto do final, quando a protagonista decide que vai sair da casa com a dupla. Então, quando eles estão todos saindo, ela... volta no tempo? Não sei, só sei que ela retorna para um determinado momento na metade da trama e o rumo das coisas muda. Durante esse período, se faz várias menções a ela ser louca. Eventualmente, ela surge no quarto de hospício ao lado da mãe, olha pra ela e grita. Fim.

        Sabe qual é o maior problema desse filme? The Turning tinha uma proposta complexa e interessante desde o começo, e se tivesse sido dirigido e roteirizado pela equipe certa, teria sido o filme do ano. Mas parece que Hollywood tem preguiça de trabalhar em suas produções de terror... O foco da obra original e do filme era o de deixar o leitor em dúvida quanto a verdade dos acontecimentos na trama. Porém, o que realmente acontece é uma série de eventos desconexos e bizarros que, além de não se complementarem, se contradizem. Não souberam trabalhar o suspense, colocaram fantasmas com efeitos super toscos – efeitos estes que poderiam ter sido facilmente substituídos por simples cenas com objetos que se movem sozinhos -, e fizeram um final incongruente e sem nexo. Fiquei com pena do elenco, em especial do pobre Finn Wolfhard, que nada mais pôde fazer do que ficar com cara de bunda o filme todo, porque esse era o papel dele... E quanto às cenas de terror, elas são boas quando analisadas isoladamente, mas juntas não se conectam e não produzem sentido algum na trama. Digo mais: os eventos do filme parecem ser duas histórias paralelas que se negam, tornando, assim, impossível que faça sentido que a governanta esteja louca e TAMBÉM impossível que ela esteja sã.



        Fiquei decepcionado pra caramba. Inclusive, estou tão decepcionado que acho que vou assistir algum filme bom, como O Farol, pra ver se a tristeza passa.


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