Tales from the Loop - S01E01
- Angers Moorse
- 8 de abr. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de mar. de 2021

Salve salve, galera! Aqui estamos novamente, trazendo a estréia de uma série que promete conquistar os corações de muitos fãs de fantasia e ficção científica.
Tales from the Loop estreou na Amazon Prime Video no dia 03/04/2020 e recebeu críticas positivas (pelo visual original) e negativas (trama arrastada demais). Mas, como este é apenas o primeiro episódio, ainda tem muito o que mostrar. Prontos para embarcar nessa jornada? Então, lá vamos nós!
O episódio começa com Russ Willard, fundador do Centro de Física Experimental de Mercer, dando-nos as boas vindas e nos deixando com aquela sensação de "UAU!" ao falar sobre o local, também conhecido como "The Loop", e o que é feito nele.
Quando ele diz que todos em Mercer estão conectados ao Loop de uma forma ou outra, já demonstra que a série pretende contar histórias desses moradores e os conectar aos poucos uns aos outros. Talvez, seja esse um dos motivos das críticas negativas recebidas por ter uma trama arrastada demais. Leva certo tempo para juntar as peças e, na minha opinião, seria chato demais jogar tanta informação logo de cara em ritmo alucinante. Prefiro que a trama seja um pouco mais lenta e, aos poucos, ser conectada.
Na primeira cena, vemos várias pessoas entrando no MCEP (Mercer Center for Experimental Physics) e algumas crianças em uma sala de aula. Loretta, uma dessas crianças, olha para fora da janela em direção a três torres. Pelo take da câmera, já sabemos que ela é a principal personagem do episódio.
Na cena seguinte, já começa o clima de suspense. Sentada em uma espécie de cais, vê algumas pedras se mexendo e, ao encostar a cabeça na madeira, ouve um barulho vindo do subsolo.
Pausa para fazer minha primeira crítica positiva: a mistura entre trilha sonora e visual… simplesmente encantadora! A junção entre cenas de Loretta nas paisagens repletas de árvores e neve e uma música quase pós-apocalíptica traz uma aura que mistura tristeza e nostalgia. Nesse início, senti no episódio um misto entre drama e ficção.
Gostei do robô que aparece logo no início do episódio… pareceu meio assustado e perdido, quase que pedindo para a menina ser sua amiga… um fofo! Ele aparece apenas em duas ou três tomadas… penso que terá alguma relevância na trama, senão, terá sido um potencial desperdiçado.
Ao chegar em casa, Loretta ouve Alma, sua mãe, discutindo com um homem, que a acusa de roubar um pedaço do Eclipse e pede a ela que o devolva, sendo que ela recusa. Nesse ponto da trama, já comecei a fazer as minhas conexões entre a história e um livro sobre física que li há um tempo, chamado "Mundos Paralelos", de Michio Kaku… aliás, recomendo a leitura. Senti que pode ter muita ligação entre o livro e a série e, sinceramente, fico na torcida para que isso aconteça.

A cena entre Loretta e Alma é muito bacana. As duas parecem ser muito amigas e demonstram certa sinergia. O legal dessa cena é Alma confessando que pegou o objeto do subterrâneo para realizar alguns experimentos e que seria perigoso demais para a filha ir até lá, mas deixa aberta essa possibilidade para o futuro. Na cena seguinte, Loretta vê a mãe mexendo no tal objeto, bastante luminoso, que causa queda de energia e quebra alguns vidros da casa… manipulação de energia, talvez?!?
Mais para frente, ao ver uma pedra em meio ao gelo e as sinetas da casa penduradas em uma árvore, Loretta percebe que algo aconteceu com sua mãe. Ao retirar a pedra, vê Alma acenando… será que ela está no Loop? Será que O Loop é uma realidade paralela? Fiquei com essa sensação.
Desesperada e sem entender o que houve, Loretta sai em uma busca desesperada pela mão durante o resto do episódio. Ao encontrar um garoto, cujos pais trabalham também no subterrâneo, e os dois entrarem em uma casa abandonada, começam os maiores mistérios.
A casa de Loretta e Alma desaparece, o irmão de Cole (o garoto) fala sobre morte de estrelas e buracos negros e a pedra levitando no ar. Depois, Loretta e Cole vão até onde a mãe dela trabalha e descobrem que ela não trabalha lá. O segurança liga para a mãe de Cole e conta o ocorrido, e ela fica transtornada ao saber que a mãe da garotinha se chama Alma… quase dei um pulo do sofá nessa cena! Será que minhas suspeitas estavam certas?
As próximas cenas seguem dramáticas, quase arrancando algumas lágrimas. Se a intenção dos roteiristas era comover, conseguiram. A interpretação da atriz Abby Ryder Fortson é muito boa, apesar de eu esperar mais lágrimas e desespero dela… mesmo assim, vale elogios.
O momento mais chocante da série foi a descoberta de Loretta… nessa hora, pulei do sofá! Ao mexer nas coisas da mãe de Cole e achar uma prova, Loretta fica assombrada ao comparar aquela prova com a que acabara de receber na escola… eram idênticas! A garotinha pergunta a Cole o nome da mãe, o pai dele chega e chama pelo nome da esposa… ela responde que a garotinha é ela. Como assim??? Realidades paralelas chegando!?!
Impossível não se emocionar com a conversa entre as duas Lorettas nas cenas finais. Se eu reclamei da Abby por querer mais emotividade, mordi a língua na cena final… preparem os lencinhos! Rebecca Hall (Loretta adulta) deu show nessa cena, achei ela fantástica! O autocontrole que ela precisou ter para não desabar foi impressionante, pelo tamanho da carga emocional que a personagem carregava.
Mas as surpresas não pararam por aí. Loretta adulta leva a garotinha para conhecer o Eclipse, no subsolo do MCEP, e conta tudo o que houve. No final, a Loretta do futuro encontra Russ, em uma troca rápida de falas, mas que deixou uma baita pulga mordendo… vem coisa aí. A última cena é de Loretta tentando ser uma mãe melhor para o filho, Cole… cena linda!

As dúvidas ficaram… o que houve realmente com Alma? O que é O Loop? O que o Eclipse tem a ver com a história? Quais pesquisas Russ faz, na realidade? E, a mais importante: veremos realidades paralelas, viagem no tempo ou portais interdimensionais na série? Ao que parece, algo surpreendente vai chegar em breve.
Resumo da ópera: para quem curte uma boa série de ficção científica com um pouco de drama, vai curtir bastante a série. Trama arrastada? Talvez. Trilha sonora dramática e visual incrível? Com certeza! Vale a pena? Não se pode julgar um livro pela capa nem uma série pelo primeiro episódio mas, se for para dar uma resposta, acredito que essa série ainda vai surpreender bastante.
Então, é isso. Aguardamos vocês na próxima resenha!
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