Tales from the Loop - S01E05
- Angers Moorse
- 6 de mai. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de mar. de 2021

Salve, salve, galera! Estamos chegando com mais uma resenha dessa série que está encantando e mexendo com nossos sentimentos. E em “Control”, o quinto episódio, não foi diferente. Novamente, um episódio belíssimo, com fotografia impecável e muita emoção. Quer saber o que rolou? Vem comigo!
A trama gira em torno de Ed (Dan Bakkedahl), a esposa Kate (Lauren Weedman) e a filha surda-muda Beth (Alessandra de Sa Pereira) e a relação entre eles após os acontecimentos com o filho Danny (lembram do episódio 2?).
Ed é um típico pai de família que luta para manter as coisas em ordem e cuidar da esposa e da filha. Ele vive com a culpa por não ter protegido o filho e, agora, isso o faz ficar perturbado e paranoico em manter a segurança daqueles que mais ama.
Antes de entrar nas reflexões sobre o episódio, falaremos dele em si e dos personagens. Gostei bastante do Ed, que mostrou dúvidas e certezas na dose certa. Muito embora tenha ficado boa parte do tempo muito inseguro e duvidando de si mesmo, também mostrou muita firmeza e postura decidida em vários momentos. O ator Dan Bakkedahl foi espetacular na atuação, trazendo uma postura bem imponente ao personagem.
Sobre Kate, foi igualmente ótima. Uma mãe disposta a tudo para manter os filhos seguros e protegidos, segurando firme as pontas após o incidente com Danny e evitando que a paranoia do marido causasse ainda mais danos. Lauren Weedman também deu show na interpretação.
Agora, falar o quê dessa coisa mais linda do mundo chamada Beth!?! Vontade de pegar no colo e encher de abraço! Uma personagem incrivelmente madura e com personalidade marcante, mandando a real ao pai em algumas cenas. Sabe aquele personagem que se encaixa muito bem no episódio? Para mim, melhor integração entre roteiro e personagem até agora!
Falando da atriz que a interpreta… se você pensou que Alessandra de Sa Pereira é brasileira, também errou, assim como eu. Ela é uma atriz norte-americana e vem chamando a atenção por causa das atuações em Tales From The Loop. Dei uma pesquisada rápida na internet atrás de maiores informações, mas não achei muita coisa, uma vez que a atriz mantém a vida pessoal longe dos holofotes… pelo nome, dá a impressão de ter ou pai ou mãe brasileiros, mas não consegui descobrir a informação até agora.

Agora, faço um questionamento: você se sente realmente seguro? No controle de 100% da situação? Acha que consegue manter as pessoas que ama a salvo o tempo todo? Se sua resposta for sim, sinto informar, mas está enganado. E esse episódio deixa bem claro isso. Fazendo um paralelo com o primeiro episódio da série Ozark (aproveite para acompanhar as nossas resenhas sobre a série), “sempre há algo fora de controle”.
O mundo é um “campo minado”, repleto de armadilhas por todos os lados. E, em algum momento, vamos cair em uma dessas armadilhas, não tem como evitar. Um remédio tomado em excesso por equívoco, uma janela aberta, um fio desencapado, uma pedra na calçada, os degraus lisos de uma escada, uma madeira que se quebra ao pisarmos sobre ela… enfim, muitas possibilidades.
Poderia ficar relatando vários e vários casos de pequenos incidentes que acabaram se transformando em grandes tragédias, mas a história nos mostra isso todos os dias… por vezes, dentro da nossa própria casa e com as pessoas que mais amamos. E, em alguns casos, nossos excessos e paranoias por segurança não nos permitem enxergar esses pequenos e perigosos detalhes.
Se você já passou por alguma experiência parecida, certamente já sentiu aquela sensação de impotência, de fragilidade, de não ser bom o suficiente para garantir segurança, seja ela física, material ou espiritual, de ser um fracasso total. Já passei por isso e, acreditem, a sensação é horrível.
Mas, ao mesmo tempo que traz dor imensa, também carrega consigo grande aprendizado. Aprendemos que não estamos no controle em momento algum e que, por mais perfeitos, atentos e cuidadosos que possamos ser, a vida é uma caixinha de surpresas e as coisas simplesmente acontecem, não dá para prever tudo.
Trazendo para nosso momento atual de pandemia… parece que tudo o que tocamos ou nos aproximamos está contaminado. Tipo, qualquer mínimo contato em qualquer coisa que não esteja 100% higienizada será mortal. Mesmo que façamos nossa parte da forma mais perfeita possível, sempre haverá alguém que não o fez, não por querer, mas por descuido mesmo… afinal, perfeição não existe, uma vez que simboliza a ausência completa e absoluta de erros, defeitos, faltas ou falhas.
A mensagem que fica é: faça o melhor que puder e cobre das pessoas o mesmo, mas nunca exija perfeição, uma vez que ninguém é perfeito (nem mesmo você) e que sempre há algo fora de controle. Dessa forma, conseguimos levar a vida de forma mais leve e segura.

Antes de terminar, não posso deixar de falar dos cenários e fotografia da série… que espetáculo! Jeff Croneweth (Diretor de Fotografia), Philip Messina (Direção de Arte) e toda a equipe técnica estão fazendo um trabalho belíssimo em todos os episódios, transformando a série em poesia… uma verdadeira obra-prima!
Por hoje, chegamos ao fim. Nos vemos na próxima!
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