Tales from the Loop - S01E06
- Angers Moorse
- 13 de mai. de 2020
- 6 min de leitura
Atualizado: 25 de mar. de 2021

Salve, salve, galera! Mais um episódio para fundir nossos miolos e nos fazer pensar nos mistérios do universo. Será que há algo maior ao nosso redor que não estamos prontos ainda para descobrir? “Parallel”, o sexto episódio, traz uma teoria bastante interessante. Quer saber qual? então, chega mais!
Até agora, esse foi o episódio que arrancou o meu maior número da expressão “OPA!”. E o que quero dizer com isso? Aconteceu tanta coisa bacana e, ao mesmo tempo, estranha, que elevou meu nível de hype ao infinito e além! Mais um episódio que começa calmo, com aquele jeitão de boas… mas, aos poucos, os mistérios simplesmente vão surgindo.
Tudo começa com nosso simpático guarda da recepção do Loop, Gaddis (interpretado por Ato Essandoh), em mais um dia rotineiro. Pessoas indo e saindo do serviço, tudo normal. Um homem passando de bicicleta ao longe chama a sua atenção. Até aí, tudo bem.
O primeiro “OPA!” acontece logo aos 02:50 do episódio. Após checar uma peça defeituosa em um trator abandonado, algo estranho acontece. Uma espécie de buraco surge do nada e se fecha do nada em frente a ele. Por um momento, pensei que ele seria puxado ou se jogaria lá. Nada acontece, mas já comecei a pensar coisa ali.
Mais à noite, Gaddis encontra o homem da bicicleta em um bar, Kent (Brian Mailard). O papo não é dos mais agradáveis e nada mais acontece. Mas aí veio meu segundo “OPA!”. Antes de dormir, Gaddis pega seu diário com uma foto de um homem ao piano. Dá pra perceber que teve sentimento entre os dois e a forma como Gaddis segura a foto e se posiciona para dormir já me levou a pensar mais coisa.
No dia seguinte; May se oferece para consertar a peça (lembram da japinha do terceiro episódio?). Mais tarde, Gaddis janta com Loretta e o marido George, num papinho descontraído. Vida que segue e, no outro dia, May surge com a peça consertada, faz a troca e Gaddis testa o trator.
Terceiro “OPA!” do episódio: surgiu um portal misterioso na parada! Assim como surgiu, sumiu. Já fiquei pensando “vai ter outra realidade aparecendo agora!?!””... quase pirei! Depois do ocorrido, ao voltar para casa, Gaddis percebe que nada é como antes… e foi aí que surgiu meu quarto “OPA!”.

Adivinhem o que aconteceu? Sim… realidade paralela na área! Gaddis dá de cara com Gaddis… peraí, como assim??? Depois disso, o que acontece até o final do episódio vai entrar na parte das reflexões diárias… mas vamos deixar isso para mais tarde e falar um pouco sobre conceitos da física agora.
Para quem curte o assunto, há diversas teorias e estudos sérios dentro da cosmologia, física quântica e física mecânica sobre Multiversos, Realidades Paralelas e Buracos Negros, Brancos e de Minhoca. Mentes brilhantes como Stephen Hawking, Albert Einstein, Brian Greene, James Hartle e Thomas Hertog, entre outros, dedicaram (ou ainda dedicam) as vidas a provar que pode haver, sim, universos paralelos, talvez, até, muito parecidos com o nosso, com sistemas solares e planetas parecidos.
Há quem diga que possamos existir em realidades distintas, mas com vidas diferentes. Por exemplo, posso ser um sujeito normal nesta realidade e ser um bilionário e astro de Hollywood em outra realidade (até que não seria uma má ideia). Em tese, seria possível acessar essas realidades paralelas e, até mesmo, interagir com elas e (pasmem!) com nós mesmos.
Mas… como poderíamos acessar essas realidades? Pense que você tem um rádio em casa e que você quer encontrar certa estação de música. Você gira o dial até encontrar a estação que procura. A ela está vinculada uma faixa de onda específica, que ninguém mais pode a utilizar. A lógica seria a mesma para acessar realidades paralelas. Ainda não há um consenso sobre o assunto, mas os estudos dentro da física mecânica levam a essa conclusão.
Utilizando os cálculos matemáticos certos dentro das leis que regem nossa física e, de alguma forma, conseguindo acessar a frequência exata de uma realidade paralela, seria possível acessá-la, interagir com ela e com o seu eu daquela realidade, trazer elementos de uma para a outra ou, ainda, entrelaçar e mesclar as duas em uma só.
“OK, tudo isso é muito lindo mas, o que isso tem a ver com o episódio?”, você deve estar se perguntando neste momento. Isso ocorreu com Gaddis, ao ligar o trator e ativar o portal. Ele foi parar em uma realidade em que ele tem relacionamento afetivo e sexual com Alex (Jon Kortajanera), o que gerou meu quinto “OPA!”. E aí, você pode imaginar o tamanho do susto e das relações entre eles.
Eu esperava (sinceramente) que o Gaddis da realidade A (da qual ele veio e em que vive sozinho, para facilitar as coisas) seria mais radical com o Gaddis da realidade B (na qual ele vive com Alex). Não que isso tenha sido ruim, pelo contrário, foi algo muito bacana e divertido de se ver. Provavelmente, pela pegada mais light e familiar que a série possui… penso que se a série fosse mais “adulta” (tipo, censura acima de 18 anos), talvez a vibe teria sido bem diferente.
Para terminar os “OPAS!” da série de forma especial, o papo entre Gaddis da realidade A, Gaddis da realidade B e Alex confirmou a teoria. O Loop existe apenas na realidade A, uma vez que é confirmado que, na realidade B, ele foi fechado há anos, devido a algum experimento indevido feito por lá na realidade A. E foi aí que fiquei bugado: foram realidades paralelas entrelaçadas ou experiências com viagem no tempo que não deram certo?
Porque, se o Loop foi fechado há anos na realidade B, e o Gaddis da realidade A acabou de chegar na nova realidade, então deveria ter havido um lapso (ou salto) temporal entre um ponto e outro… mas isso também leva a crer que houve entrelaçamento entre realidades paralelas… enfim, o bagulho ficou louco na série!
Bem, a reflexão que o episódio trouxe vai um pouco ao encontro do que houve em Vingadores: Ultimato e Doutor Estranho (quem assistiu aos filmes, sabe do que estou falando). Em ambos, foi deixado muito claro que não se pode interferir no que houve no passado nem nas outras realidades, e não se pode ter contato direto com nosso próprio eu do passado ou da outra realidade, uma vez que os desdobramentos podem ser ainda piores. E foi exatamente isso o que Gaddis fez ao entrar na outra realidade… mas não trarei spoilers para vocês, sorry.
Vivemos nos cobrando pelo que fizemos no passado, pelos erros que cometemos, pelas atitudes que não tomamos (ou pelas que tomamos), por não termos a coragem de dizer àquela pessoa o quanto a amávamos, por não chegar naquele crush e declararmos nosso amor, enfim… inúmeros motivos. E vivemos dizendo “ah, se eu pudesse voltar no tempo para fazer diferente””. Mas será que o hoje seria melhor ou pior se pudéssemos fazer isso?

O que diríamos para nós mesmos? Será que aprenderíamos com nossos erros e nos tornaríamos pessoas melhores, ou tentaríamos mudar tudo para melhorar nossa posição, mesmo que, para isso, fizéssemos mal a outras pessoas? Uma pesquisa interessante que vi há alguns dias foi sobre uma enquete feita entre os norte-americanos, sobre se eles matariam Hitler ainda quando bebê, sabendo que ele se tornaria quem foi. 42% dos que responderam afirmaram que matariam o bebê, 30% não fariam e 28% não souberam responder.
Talvez, se pudéssemos voltar no tempo e matar o bebê Hitler, não estaríamos aqui tendo essa conversa. Talvez, estaríamos ainda vivendo em uma ditadura ou em um mundo pós-apocalíptico. Quem sabe alguém pior que Hitler teria ganho a 2ª Guerra Mundial. De repente, os EUA não seriam quem são hoje… enfim, não sabemos quais as consequências que isso poderia trazer.
O que quero dizer é que mudar nosso passado não garante nosso presente e nem nos levaria a um futuro melhor. O que podemos fazer é aprender com nossos erros no passado, construirmos um presente melhor e vivermos mais felizes e orgulhosos de nós mesmos no futuro. Como diz a música da Kell Smith: “O ontem passou e o amanhã ainda não é meu… tudo o que restou me transformou no que hoje sou eu”!
Antes de terminar, achei o episódio muito instigante e divertido. Muitos momentos de humor, discussões inteligentes e atuais e com a menor carga emocional entre todos os episódios até agora… bem mais leve e engraçado, par quebrar um pouco o uso habitual do lencinho. Ah, e os cenários… continuam magníficos! Só senti falta daquele robozinho azul… sumiu e não deu mais as caras… mas acho que ainda veremos ele até o final da temporada.
E você, o que acha sobre a série? Qual sua opinião sobre Realidades Paralelas? Se pudesse ir para outra realidade ou viajar no tempo e encontrasse seu outro eu, o que diria para ele? Deixe nos comentários! Por ora, é isso. Nos vemos na próxima!
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