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The 100 - S07E14

  • Foto do escritor: D. C. Blackwell
    D. C. Blackwell
  • 23 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de nov. de 2020

Abram as portas da funerária!

O episódio 14 desta última temporada está uma loucura. Ele começa meio sem noção, mas vai progredindo ao nível em que relembra bastante a proposta das primeiras temporadas, nas quais observamos os protagonistas tendo que lidar uns com os outros depois de todas as M*** que eles faziam. O próprio clima do episódio é direcionado para a introspecção dos personagens, que finalmente se vêem na posição de pensar sobre tudo o que aconteceu, processar essas informações e desenvolverem-se psicologicamente. Sem a pressão de eventos externos, podemos contemplar como todos mudaram muito desde o lançamento da série, além de mostrar o lado mais humano e menos guerreiro dos Cem. Tivemos também uma pequena percepção de como realmente será o final da série, e não é nada parecido com a maioria das teorias que falei na resenha do episódio anterior.

A PARTIR DAQUI, ESTE TEXTO ESTARÁ RECHEADO DE SPOILERS! FICA O AVISO.

Já comecei surtando: como assim eles estão na Terra?! Quantos séculos se passaram desde que eles partiram? Fui golpeado por uma nostalgia absoluta, apenas para ser derrubado logo em seguida pela péssima reação de Octavia ao ser revelado que Clarke matou Bellamy. Gente, não dá. “Ah, porque ele se perdeu quando virou crente, porque ele já não era mais o mesmo”... Pessoal, um irmão jamais aceitaria a morte de outro porque ele “mudou”. Na vida real, isso seria inaceitável, porque esse laço que eles tinham vai muito além da razão. Inclusive, ela perdoou o Bellamy por ter matado indiretamente o Lincoln, mas perdeu a empatia porque ele mudou de lado? Justo a Octavia, que logo nas primeiras temporadas foi rival do grupo, e mais tarde virou a ditadora psicótica Blodreina... Não há argumento algum nesse universo inteiro que me faça acreditar que a reação dela à morte do Bellamy não foi meramente uma decisão preguiçosa do diretor, porque ele não poderia lidar com mais conflitos internos na trama. Que feio, Jason Rothenberg, que feio.

Cena marcante para mim foi o Murphy deixando cair uma lágrima pelo menino Bell. Ele, inclusive, é o personagem que mais cresceu e se desenvolveu ao longo da série inteira, passando de garoto revoltado com a vida e que adora irresponsabilidade para um verdadeiro herói que age nas sombras, destemido e calculista, além de empático e bondoso, sem perder toda a acidez e sarcasmo que fazem do Murphy... bem, o Murphy. Por ele eu choro antecipadamente, porque todos sabemos que, em termos narrativos, ele precisa morrer e virar um mártir. E a cena final do episódio deu a entender que esse destino está chegando bem perto.

E o Sheidheda, ein? Todo mundo já sabia que ele voltaria pra incomodar, como sempre acontece, só não achei que ele ia chegar esfaqueando o Gabriel daquele jeito. Não obstante, este ainda conseguiu impedir o Sheidheda de pegar a Madi, com uma facada nas costas, bem no pulmão. “La Muerte es la Vida”, Hermano. Porém, ainda não estou plenamente satisfeito com o uso do vilão, que era praticamente uma lenda entre os Terrestres, e na série se resume a um insignificante chefe de guerra que tem mente pequena e está mais pra office boy do Pastor. Ele claramente não está sendo um vilão tão relevante assim, assemelha-se, inclusive, ao que o Murphy representava na primeira temporada: um estorvo perigoso. E seu duelo com Indra e Gaia precisa chegar a um embate decisivo! Torcendo pra que seja no próximo episódio.

A série se encaminha para seu final definitivo, e sua trama fala mais sobre isso do que o próprio contrato da emissora. Madi se recusando a manter o ciclo de sacrifícios que a Clarke está sempre disposta a fazer em nome dos outros e indo ela mesma ao encontro do Pastor é o grande sinal de mudanças de que os personagens tanto falam e cogitam a respeito. A jornada sofrida dos Cem deixou cicatrizes tão profundas e tão densas que eles se recusam a ver outra saída que não seja a guerra para os seus problemas. Deixar de lado outro povo e cuidar da própria vida não é mais uma opção para eles, que nunca mais confiarão em paz de verdade. Exceto que quem os mantém nessa linha de pensamento é a Clarke, que mascara suas ações desesperadas com planos, estratégias e discursos meio-verdadeiros sobre as suas intenções. A verdade é que ela não se importa com os outros e mataria qualquer um que ficasse entre ela e Madi. Ela é uma pessoa quebrada e já não pode mais ser uma líder. Já Madi, Jordan e Hope são minha esperança num final decente para a série – um que será agridoce, com certeza, mas será satisfatório. No final, tudo voltará a ser exatamente como no começo, só que do jeito certo.

E vocês, como acham que isso tudo vai acabar?

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