The 100 - S7E13 - Resenha
- D. C. Blackwell
- 16 de set. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de mar. de 2021
Chocante, meus amigos!
Esta é a palavra que define o episódio 13 da sétima e última temporada de The 100. Os desgraçados ainda comemoram a iminência do fim da série pra dar cabo de um personagem mega importante. É, não está nada fácil essa pressão toda que antecipa o grande encerramento dessa longa jornada de sete anos. Que comecem os trabalhos!
SE VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU, ESTE TEXTO ESTÁ RECHEADO DE SPOILERS! FICA O AVISO.

O episódio já começa radicalizando com o Pastor metendo a bala em todo mundo, humilhando o Sheidheda e colocando-o de joelhos – que ironia perfeita! Dá um gostinho bom ver o Hitler pós-apocalíptico tomar uns tapas na cara, embora isto coloque em posição de destaque um possível Hitler futurista, o Pastor. Sua promessa e seu discurso, somados à visão de Bellamy dão sustento à sua teoria de que esta última guerra – ou provação – irá salvar a humanidade. Eu entendo o menino Bell nesse sentido e dou a ele o benefício da dúvida, especialmente depois de eles terem passado por tantos horrores desde que desembarcaram na Terra sete temporadas atrás. Todos eles viram monstro atrás de monstro no poder, sendo alguns deles pessoas muito próximas, como Murphy, no começo da série, Jaha ou até mesmo Octavia – antiga Blodreina. Nenhum destes, porém, parece ser o caso do Pastor, que, convenhamos, numa competição de quem mata mais ou é mais cruel, perde para Os Cem.
Embora nós saibamos que o Pastor não era muito boa gente em seu tempo, e que nele brilha a sinistra aura da megalomania e do complexo de Messias, os fatos que nos são apresentados têm fundamento, e não me refiro só ao estado geral do pouco que sobrou da civilização humana, mas também de provas irrefutáveis de que toda essa questão da Última Guerra é tão importante e inevitável que a própria Madi mantém os vislumbres da mente de Becca frescos na memória e em seus desenhos. Se há alguma esperança para a humanidade, de verdade, esta existe para além do compreensível, para dentro do portal misterioso da Pedra.

Seguindo na sequência de mortes com pouco impacto emocional que começou com Diyoza no episódio anterior, ou seja, o ponto fraco deste episódio, temos um vislumbre de alguns personagens que muito provavelmente não verão o esperado final dos últimos eventos da série. Dentre eles estavam Bellamy, Raven, Murphy, Gaia e Indra. Raven teria sido a morte correta para o episódio, porque ela já cansou de apenas sobreviver, ela quer algo que nunca vai ter, e isto é, sua inocência de volta. A ela só sobra morrer. Murphy precisa morrer para atingir a redenção final e tornar-se o mártir que irá salvar todos. Somente assim ele vai poder ter o encerramento previsto para ele na temporada passada, quando ele “morreu” e viu o “inferno”. Gaia vai morrer salvando a Madi, e Indra vai morrer nas mãos do Sheidheda porque os diretores decidiram que ela precisava ser burra e cometer o clássico erro de poupar o vilão. Agora já sabemos que ele vai dar um jeito de acabar com ela, provavelmente morrendo no processo ou logo em seguida – talvez nas mãos de Madi ou Gaia? E o Bellamy, ai, o Bellamy... Eu não esperava nada do que aconteceu.
Vou dizer uma coisa agora: me chocou muito mais a maneira como o Bellamy morreu do que a morte em si. A Clarke nunca teria feito o que fez, até porque ela tinha a opção de eliminar todos os outros soldados e trancar Bellamy com o Sheidheda, que teria sido muito mais interessante e bem menos burro, já que agora ela cruzou o portal e deixou o livro de desenhos nas mãos de um soldado sobrevivente que já tinha recebido ordem de Bellamy para entregá-lo ao Pastor. A Clarke que eu conheço teria bolado alguma coisa mais inteligente, especialmente porque ela sempre evitaria ao máximo matar algum amigo dela, mesmo que estivessem sob influência inimiga. Pra mim, isso foi consequência de roteiro preguiçoso, e muito provavelmente esse evento irá desencadear uma reação em cadeira que levará a série para o seu final. Pena que precisou ser assim.

Essa série me custou várias horas ao longo destes últimos sete anos. Acompanhei desde o começo cada momento, vibrei com personagens incríveis e chorei com a morte de alguns, como meus queridos Jasper e Monty (RIP). Espero que a série não desaponte no que deve ser um final glorioso e digno.
Será que vai dar tudo certo?
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