Visita Guiada a Camelot – A Última Legião
- Gisele Alvares Gonçalves
- 13 de ago. de 2021
- 3 min de leitura
Olá, donzelas e cavaleiros do meu coração... Tudo bem com vocês? Estamos de novo aqui em Camelot, o castelo mais amado de todos, e hoje vamos falar sobre um filme um tanto desconhecido, mas que tem um elenco incrível, uma trama cativante e que conseguiu conquistar meu coração. Fala sério, vocês já tinham ouvido falar em A Última Legião? Não? Então acreditem em mim, vocês não vão querer perder um filme que tem o Colin Firth (Downton Abbey), Ben Kingsley (Faraó), Kevin McKidd (Roma), John Hannah (Spartacus), Iain Glen (Game of Thrones), Thomas Brodie-Sangster (Tristão & Isolda, Game of Thrones), Rupert Friend (A Jovem Rainha Vitória, Chéri, Orgulho e Preconceito), Owen Teale (Rei Arthur, Game of Thrones), James Cosmo (Coração Valente, Nárnia, Tróia, Game of Thrones) e Nonso Anozie (Faraó, Cinderela, Drácula, Game of Thrones). É muita gente boa, né nom? Então, o que está esperando? Se ainda não conhece o filme, corre lá para assisti-lo! Estarei aqui esperando, ansiosa para conversar com vocês sobre essa obra-prima.

E aí, já assistiu? Muito bem, chegou então a hora dos elogios! Começando pelo ritmo da história, que é empolgante do começo ao fim, para o que colaborou a trilha sonora discreta, mas profissional e certeira. Além disso, o tema do filme é chamativo, visto que nunca havíamos assistido antes a um longa que tivesse emprestado uma origem romana aos Pendragons... E não qualquer origem, mas uma que os conecta diretamente a Júlio Cesar! Eu, como uma autora do ciclo arthuriano, que faço uma conexão semelhante em meu livro, fiquei agradavelmente surpresa ao assistir a um filme sobre o Uther Pendragon que começasse em Roma. Foi inovador! Sem contar, é claro, que não é todo o dia que se encontra uma história que retrate Odoacro e a queda do Império Romano. Sem mais palavras: amei demais.
Esse filme consegue unir tanta coisa interessante que eu tive que segurar o fôlego ao vê-lo, e tentar evitar um ataque cardíaco. Até mesmo a nona legião tem um lugar de destaque na história! E com uma explicação muito plausível para o seu sumiço, uma que talvez tenha acontecido na vida real. São elementos tão distantes um do outro, mas o roteirista conseguiu uni-los de forma brilhante, criando um enredo não apenas interessante, mas também coeso e coerente.

É claro, não é um filme perfeito, e está longe de ser historicamente correto... A armadura ao estilo árabe da Mira está aí para provar este ponto, já que a história se passa mil anos antes dos turco-otomanos tomarem Constantinopla e o Império do Oriente. Ainda assim, os erros que acontecem são perdoáveis, porque dizem respeito ao imaginário coletivo, além de se tratar de um filme de ação/aventura épica sem qualquer pretensão de ser fiel à História.
Em relação ao ciclo arthuriano, o filme trouxe uma escolha interessante, que foi dividir a figura do Ambrosius Aurelius em dois personagens: um sábio e um guerreiro. O sábio Ambrosinus, que depois descobre-se que é ninguém menos do que Merlin, remete à parte mitológica do personagem, enquanto o general Aurelius refere-se à figura real, um líder de guerra. Assim, tanto o Ambrosius Aurelius dos mitos e da literatura, comumente associado ao Merlin, e também o Ambrosius real estão muito bem representados, para o que eu bato palmas para o roteirista.
E aí, gostou do filme? Também achou a temática empolgante como nós? Deixe aí abaixo seu comentário, pois estamos ansiosos para conversarmos com vocês! Estarei esperando, viu? Por enquanto, no entanto, deixo um beijo e um queijo a todos, e uma vontade imensa de que possamos nos encontrar em outras resenhas. Até a próxima!
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