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Zack Snyder’s Justice League - a fênix renascida das cinzas

  • Foto do escritor: Angers Moorse
    Angers Moorse
  • 24 de mar. de 2021
  • 15 min de leitura

Atualizado: 23 de jul. de 2021



Salve, salve, galera! Em uma semana repleta de fortes emoções (algumas boas e outras muito ruins), finalmente consegui parar para escrever a resenha sobre o melhor filme de super-heróis da DC e um dos melhores da história.


Precisei de um tempo para acalmar o coração e conseguir escrever depois de um final de semana marcado por uma tragédia pessoal (falecimento de uma pessoa muito especial na minha vida). Bem… coração um pouco mais calmo e pensamentos em ordem, é hora de sorrir.


Primeiramente, preciso dizer uma coisa: não tem mais como defender a versão de Joss Whedon, é impossível. Foram tantos erros, tantas piadinhas, tanto descaso com alguns personagens e tantas cenas desnecessárias no filme dele que precisamos jogar tudo aquilo no lixo e incinerar, para que não fique nenhum vestígio.


O que ele fez com o Flash e o Ciborgue é, no mínimo, inadmissível e herético. Ezra Miller e Ray Fisher tem toda a razão de se sentirem prejudicados e menosprezados, pois foram praticamente assassinados por Whedon & Cia. Tipo, a versão do diretor é tão ruim, mas tão ruim que nem para colocar ele como o pior filme de super-heróis da história serve. Chega a ser até pior que o famigerado Lanterna Verde, considerado pelo próprio ator Ryan Reynolds como o pior filme de sua carreira.


E olha que eu até tentei defender o filme, como já comentei aqui em matérias anteriores. Mas, depois de assistir à obra-prima de Zack “God” Snyder, não tem mais nenhum argumento possível de utilização para defesa. Desabafo feito, agora é hora de abrir um sorriso maior que o do Coringa de Jared Leto!


Zack Snyder vs. Joss Whedon


Você começa a desconfiar que cometeu um erro ao defender uma versão de um filme quando o diretor dessa versão sacaneia dois dos personagens mais fodas que existem na trama. E, depois disso, você vê a importância deles quando assiste à versão original deles.


Flash e Ciborgue foram, na minha opinião, os dois principais divisores de águas entre as duas versões. É como comparar um Fiat 147 com um Porsche… NÃO TEM COMO COMPARAR! Foi ASSASSINATO o que Joss Whedon fez com esses dois personagens. Sobre os outros personagens, analisarei eles separadamente logo mais.


Felizmente, Zack Snyder consertou essa cagada e trouxe algo muito incrível. O aprofundamento da história pessoal e os poderes dos dois personagens deram à trama maior profundidade emocional e maior intensidade nas cenas de ação. Ver Flash usando sua Speed Force e saber da relação de Victor Stone com seus pais foi um presente e tanto!


Outra diferença perceptível é a paleta de cores utilizada. Enquanto Whedon optou por uma paleta bem mais colorida e destacada e um tom mais alegre e divertido, Snyder opta por um tom mais sombrio, um tanto melancólico e muito mais profundo. A versão de Snyder, inicialmente programada para ser em preto e branco, foi adaptada para a versão colorida, mas sem deixar de fora o lado sombrio.


Mais uma diferença que muitas pessoas reclamaram é o formato de tela. Diferente dos padrões 16:9 ou 16:10, amplamente utilizados nos cinemas e na versão de Whedon, Snyder optou por usar o bom e velho formato 4:3, da época das antigas TVs de tubo, deixando duas faixas pretas nas laterais.


A justificativa do diretor é que havia cenas feitas para IMAX e que necessitavam ser feitas para o formato 4:3. Então, ele resolveu usar esse formato no filme todo. Dá diferença? Sim, dá, mas nada que estrague a experiência final. Pelo menos, não vi isso como um ponto negativo, mas aí é opinião pessoal.


Um ponto que merece destaque são as piadinhas e falas irônicas entre os personagens, tão presentes na versão de Whedon e tão discretas e pontuais na versão de Snyder. A versão de Whedon mais parece um filme de comédia, tentando repetir a mesma fórmula usada na Marvel com os Vingadores… só que tem uma justificativa plausível para não funcionar na DC.


Os personagens da Marvel já são, por si só, mais despojados e sarcásticos. Eles tem uma vibe muito diferente dos heróis da DC, já que pendem mais para deuses que para heróis. Justamente, por causa disso as piadas não funcionam com Whedon. Ele tenta impor a personagens tão mitológicos um senso de humor que beira ao ridículo e tornam os personagens verdadeiros idiotas.


Já, na versão de Snyder, elas estão presentes de forma bem pontual e precisa, arrancando as risadas certas nos momentos certos. Até a cena na qual Barry Allen pergunta a Bruce Wayne qual é seu poder e ele responde “Eu sou rico” soa até mais engraçada.


Mais uma diferença que foi bem marcante foi o tempo de duração das produções. Enquanto a versão de Whedon tem 2 horas de duração, o Snyder Cut teve 4:02 horas de duração. E aí muitas pessoas tentam defender Whedon justamente por causa disso, dizendo “ah, mas é que ele teve de cortar muitas cenas e Snyder teve todo o tempo que quis”.


Bem, é fato que Whedon teve de cortar várias cenas para encaixar nas 2 horas disponíveis. O problema não foi isso, mas sim as decisões tomadas por ele. Ao incluir cenas bizarras e forçar em disputas idiotas entre os heróis, ele contou coisas muito importantes e que poderiam ter dado maior profundidade aos personagens.


Já vi muitos filmes incríveis com as mesmas 2 horas de duração e que foram muito mais fiéis ao material original (livros, quadrinhos e afins). O fato de defender Whedon usando o argumento do tempo simplesmente não se justifica.


Por sua vez, Snyder teve muito tempo para colocar sua versão em cena, sim. Muita gente chiou dizendo que era muito longo, que ficava cansativo e que não assistiria. Porém, são as mesmas pessoas que assistiram aos filmes O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2:58 horas), O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (2:59 horas), À Espera de um Milagre (3:09 horas), Titanic (3:14 horas), A Lista de Schindler (3:15 horas), O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (3:21 horas) e Lawrence da Arábia (3:48 horas) e os consideram como clássicos do cinema. Quebrou a lógica do argumento, concorda?


Para finalizar, acho que a maior diferença está no simples fato de que um diretor não tem a manha desse tipo de história e o outro é leitor e fã incondicional de quadrinhos. Enquanto Whedon “cagou e andou” para a adaptação, Snyder teve uma atenção toda especial e cuidou de cada detalhe com muito zelo, carinho e coração… deu no que deu!


Agora, vamos analisar cada personagem individualmente e notar as diferenças entre as duas versões. Alguns tiveram mudanças bem sutis enquanto outros são completamente diferentes… e há aqueles que sequer apareceram ou tiveram menção ou referências no filme anterior.


Aquaman


O herói atlante continua com a mesma cara de mau e o mesmo porte físico invejável, mas não tem aquela pinta de cachaceiro e o uniforme coloridão de antes. Aqui, são cores muito menos gritantes e sem as piadinhas chatas e inoportunas.


As interações entre ele e personagens como Flash, Batman e Ciborgue são muito melhores e menos forçadas. Não ficou arrumando treta com ninguém e chamou a responsa quando foi preciso.


Outra coisa legal de ver foi a luta dele contra o Lobo da Estepe, muito mais brutal e mitológica. Além disso, tivemos as presenças de Vulko e Mera interagindo com Aquaman. Achei legal essa presença dos personagens na trama e na treta envolvendo a Caixa Materna que estava em posse dos Atlantes.


Mulher-Maravilha


Basta ver o olhar dela para sentir as diferenças. Ao contrário da versão coloridinha, bonitinha e com a sensualidade explicitada que Whedon impôs à personagem, aqui não temos carão, bocão e outras características superlativas evocativas de pensamentos imorais (captou a mensagem?).


Nossa guerreira amazona chegou chegando no Snyder Cut e tocou o terror bonito! Logo na primeira cena dela, já mostrou ao que veio… mas não deixou de dar aquele sorriso que só ela consegue ter quando interage com uma das crianças da cena.


Nada de flertes, cantadas e piadinhas infames não. O lado badass da personagem foi muito bem explorado, chegando a arrancar cabeças e fazer o que Thor não fez contra Thanos em Vingadores: Guerra Infinita… mas paro por aqui para não dar spoilers sobre o final do filme.


Batman


O homem-morcego sofreu mudanças bem significativas na trama, com maior aprofundamento no pesadelo e nas visões que teve e nas motivações para trazer Superman de volta à vida. Além disso, sai aquele ar cômico e bonachão da versão de Whedon e entra um lado mais Gotham no Snyder Cut.


Um ponto a destacar é a cena final entre ele e o Coringa, que pode simbolizar uma futura aliança contra um inimigo comum e maior que eles. Outro pecado capital de Joss Whedon ao não trazer essa abordagem à sua versão. Óbvio que não salvaria o filme, mas ganharia, ao menos, algum argumento válido para defesa... ou não, dependendo da abordagem que ele adotasse.


Voltando à versão de Zack Snyder, ficou muito bacana que foram tiradas aquelas piadinhas infames entre ele e os outros personagens e até certo flerte pra cima de Diana Prince. Sem contar o quanto de pancada ele aguentou e as artimanhas usadas nas lutas… ficou muito sinistro!


Superman


Se teve um personagem com mudanças muito significativas em termos de visual foi o Superman. Nada do traje colorido com cores de vermelho e azul gritantes, humor negro no olhar e falas desnecessárias. Ah, e nada de bigode bizarro e bochecha de Quico. A vibe aqui foi completamente ooooooooooooooooooooooutra!


A primeira cena já mostra a importância e magnitude do personagem à trama, começando justamente do final de Batman vs. Superman: A Origem da Justiça. Principalmente, em como sua morte foi sentida por todos e da forma como a Caixa Materna protegida pelas amazonas acorda com o grito do herói no leito de morte… cena épica, aliás!


Várias cenas me chamaram a atenção, mas cito principalmente duas: quando ele é despertado e confronta os outros heróis no memorial e a chegada dele na luta final. Mano, que cenas mitológicas foram essas! Mais uma vez, nada de “arma secreta do Batman” com a chegada de Lois Lane (ah, essa Amy Adams me mata!) ou falas e sorrisos irônicos com os outros personagens, principalmente Aquaman e Flash… o cara simplesmente chega e já sai pra pancadaria!


E, na cena final, quando tudo parecia perdido, a chegada de Superman é, no mínimo, fodástica! Contrariando o que ele disse na cena, fiquei impressionado, sim… aliás, pra lá de impressionado! E olha que o Lobo da Estepe estava muito mais foda que o Thanos de Vingadores: Guerra Infinita com Manopla e Joias do Infinito e tudo o mais.


Outra cena fantástica foi o sobrevoo dele vendo a Terra do espaço… tio Snyder sabe como fazer essas coisas! Mesmo sem entrar no quesito religião no filme, consegue fazer a analogia e trazer Superman como o salvador da humanidade… e o herói soltando laser pelos olhos também foi iraaaaaaaaaado!


Flash


Chegou a hora de começarmos a fazer justiça e falar dos personagens que, outrora humilhados, foram devidamente valorizados e honrados no Snyder Cut! Podem voltar no tempo e apagar das memórias aquele personagem idiota, bobão e cheio de gracinhas destruído por Whedon… aqui, nosso herói realmente mostra por que é um dos mais poderosos da Liga da Justiça.


A começar pela belíssima cena em slow motion na qual ele salva Iris West… ficou insana a cena e a forma como ele usa seus poderes! “Ah, mas ele fez piadinhas também”, alguns podem dizer. Sim, fez, mas foram estrategicamente elaboradas e posicionadas, que não prejudicaram sua performance na trama em momento algum e trouxeram o alívio cômico certo na hora certa… mais um ponto positivo para Snyder!


Falando nos poderes, foi de babar as cenas nas quais ele usa a Speed Force e volta no tempo para salvar os amigos… a cena dele reconstruindo o Ciborgue ficou PERFEITA!!! Flash ficou bem mais sério e importante na trama, chutando bundas em todas as lutas e não fugindo da briga quando ela surgia.


Na boa, ver meu personagem favorito dos quadrinhos tão bem representado e abordado no filme me arrancou lágrimas de emoção e alegria! A cada cena dele, o coração batia mais forte, as lágrimas surgiam e meus gritos ficavam mais altos… posso dizer que, depois de ver Doutor Estranho nos cinemas, ganhei meu segundo maior presente com essa versão linda, forte, poderosa, fodástica, sensacional, épica e mitológica do herói! Só tenho uma coisa a dizer: EU TE AMO, DC!!!


Ciborgue


Se a Marvel tem o Jarvis, não tem problema, porque a DC tem o Ciborgue! Sem a menor sombra de dúvidas, um dos personagens mais injustiçados (se não, o maior deles) na versão de Whedon. O que o cara fez com o herói foi herético e digno de queimação em praça pública.


Felizmente, a justiça tarda mas não falha e, agora, podemos respirar aliviados e ver tudo o que nos foi roubado lá em 2017. Ciborgue não é apenas um homem transformado em máquina, mas uma máquina que tem sentimentos. O lado humano e toda a carga pessoal que ele teve é exposta aqui de forma brilhante, desde a juventude e suas aventuras como jogador de futebol americano até sua morte e transformação no personagem.


As relações com a mãe e, principalmente, com o pai (a cena da morte de Silas Stone em frente ao filho é de arrepiar e arrancar lágrimas) são muito bem apresentadas e esclarecidas, fazendo-nos entender e compreender o porquê de seu comportamento mais arisco e sério. Entendo que esse seja, justamente, o ponto mais forte do filme e o que reforça as motivações principais da trama, que são o luto e as relações familiares, pois a própria Liga da Justiça é uma família na qual uns protegem os outros.


Ah, não podemos deixar de destacar os upgrades em sua armadura e no desenvolvimento tecnológico do personagem, especificamente nas invasões de sistemas e na forma como ele interage com as Caixas Maternas e na que seu pai guardava no laboratório e que, em determinado ponto da trama, vira responsabilidade de Victor.


Se Flash e Ciborgue foram meros coadjuvantes na luta final contra o Lobo da Estepe no filme de 2017, aqui são os pontos centrais e motivos da batalha final dos heróis. Flash, por conta de reverter os estragos usando sua Speed Force e Ciborgue por conseguir (com uma mãozinha de Superman) separar as três Caixas Maternas (sim, elas foram unidas na trama). Em resumo, Ciborgue foi FODA!!!


Lobo da Estepe


Esqueçam o tiozão com cara de cachaceiro da versão do Whedon… esse aqui bota medo até no Thanos com Manopla e Joias do Infinito e tudo o mais! Não tenho nem palavras para expressar minha alegria e satisfação ao ver um personagem tão foda assim, que já apresentou seu cartão de visitas logo nas primeiras cenas.


As batalhas entre ele e amazonas e, posteriormente, contra os atlantes já mostraram que o bichão não estava para sorrisos e brincadeiras. Nem a própria Liga da Justiça com Superman e tudo teve vida tão fácil assim contra ele. A cada porrada, golpe e morte que ele causava, mostrava o quão forte era.


Disposto a tudo para recuperar as Caixas Maternas e honrar seu mestre Darkseid, nosso lobão veio com um visual e armadura que dão cagaço em muito herói por aí. Outro detalhe que ficou insano foi quando a armadura dele se retrai sozinha ao se ajoelhar perante seu mestre, bem no estilo das armaduras do Homem de Ferro.


Na boa, agora tivemos um vilão que impõe respeito e bota medo na galera! Só ele dizendo a frase “Não há protetores aqui. Nem Lanternas. Nem kryptonianos.” já me fez gritar de loucura aqui! Coloco ele facinho facinho ao lado de Thanos como dois dos maiores vilões de todos os tempos. O que o cara fez no filme foi muito, mas muuuuuuuito além das minhas melhores expectativas!


Darkseid


Se no primeiro filme ele nem foi mencionado ou apareceu em cena alguma, aqui ele ganhou seu espaço para brilhar. E, mesmo com poucas cenas, já mostrou que bota ordem na casa quando chega. Se o Lobo da Estepe já daria um baita susto no Thanos, então Darkseid faria o grande vilão do UCM se borrar todo de medo!


A imponência do vilão chega a assustar e isso já fica muito evidente nas cenas das batalhas contra os antigos Deuses, incluindo homens, atlantes, amazonas e Lanternas Verdes (sim, eles apareceram também!). Aliás, ver ele lutando contra Zeus e Poseidon (em sua versão mais jovem como Uxas e, mais tarde, já como Darkseid) foi de arrepiar... puta cena mitológica!!!


Outra cena épica foi a luta entre Darkseid e os atlantes, com direito aos famosos Raios Ômega e tudo o mais… cara, pirei! Ah, Apokolips também foi muito bem apresentada e trabalhada no Snyder Cut, incluindo algumas explicações que deixam aquele gostinho de quero mais.


As cenas apresentadas nos trailers e teasers mostravam que ele seria fantástico, mas preciso admitir que nem nos meus melhores pensamentos imaginava que ele seria tão incrível assim. Se só esse gostinho no Snyder Cut já me deixou pirando, imagina com o que pode vir pela frente!?! ACORDA, WARNER!!!


Coringa


Desde os primeiros rumores, passando pelas confirmações e a chegada dos teasers e trailers, muitos de nós estávamos nos perguntando como seria o retorno do Coringa de Jared Leto no Snyder Cut. Para nossa alegria, foi um retorno digno do personagem!


Agora, o mais incrível de tudo foi ver ele e Batman trabalhando juntos (WHAT?!?) ao lado de Mera, Ciborgue, Exterminador e a versão antiga do Flash, além de saber que Lois Lane e Aquaman haviam morrido, o Flash de Barry Allen e a Mulher-Maravilha desaparecidos e Superman sucumbindo ao lado das trevas… a confirmação do pesadelo de Batman e dos avisos de Flash a Bruce Wayne no passado através da Speed Force para alertá-lo que Lois Lane era a chave.


A própria atuação de Leto é brilhante, com um diálogo fantástico com Batman, abordando as feridas do passado sobre as mortes de Robin e Arlequina, além da morte de Lois e, com isso, o fato de Superman ter virado vilão e destruído o mundo. E mais, onde estaria Lex Luthor nessa hora e como diabos o Exterminador estava ali com eles? São respostas que só as futuras continuações nos trarão (e que elas venham mesmo no futuro).


Sobre Coringa, ficou com um visual maravilhoso, muito mais assustador e parecido com o do personagem da trilogia de Christopher Nolan. Nada daquele visual emperequetado e parecido com um gângster de O Esquadrão Suicida. Zack Snyder trouxe uma verdadeira redenção tanto ao personagem quanto ao próprio ator apenas com essa cena!


Caçador de Marte


Confirmando as expectativas e rumores, ele estava mesmo no Snyder Cut, embora com uma apresentação bem discreta, mas não menos bem-vinda. O Caçador de Marte realmente deu as caras no longa em duas cenas bem rápidas, mas que deixaram muitas dúvidas.


A primeira cena é a conversa de Martha Kent com Lois Lane, no final da qual descobrimos que Martha é, na verdade, o próprio Caçador de Marte, transformando-se então no General Swanwick. A outra cena é a visita dele a Batman, avisando que uma guerra se aproxima e que Darkseid retornará à Terra para buscar a Equação Antivida, o que deixa um puta gancho para futuras continuações.


Curiosidade: a ideia inicial de Zack Snyder era fazer essa cena com o Lanterna Verde de John Stewart, mas foi barrado pela Warner sob a alegação de que a produtora tinha futuros planos para o personagem. Fala-se na criação de uma série focada na Tropa dos Lanternas Verdes e, possivelmente, esse personagem estará na série e, por isso, não apareceu na cena, sendo substituído pelo Caçador de Marte. Fortes emoções nos aguardam ainda pela frente?!?


DeSaad e Vovó Bondade


Os generais de Darkseid tiveram participações bem discretas no longa, mas deram a entender que são peças fundamentais na estratégia do vilão para dominar o mundo. Muito embora não tenham tido maiores detalhes revelados, deixaram um ar de curiosidade bem bacana.


DeSaad até que apareceu mais na trama, principalmente nas interações com o Lobo da Estepe. O visual dele ficou ótimo, muito fiel aos quadrinhos. Por sua vez, vimos bem pouco de Vovó Bondade, mas, pelo que conhecemos das HQs, ela é uma mulher e uma guerreira poderosa, que não dá moleza aos adversários e não foge de uma boa briga.


Possivelmente, se houver as continuações que tanto queremos (e precisamos), veremos maior desenvolvimento desses dois personagens, ainda mais pelo fato de Apokolips ser de extrema importância para Darkseid, e de que, eventualmente, uma grande batalha acontecerá e ambos os lados precisarão de força máxima. E que chegue logo esse momento, por favor!


O veredito


Zack Snyder’s Justice League não é apenas um filme reaproveitado. Não é apenas mais um trabalho de um brilhante e visionário diretor de cinema. Não é somente mais um filme de super-herói. E não é apenas mais um sonho tornado real: é a prova viva de que não podemos desistir nunca de nossos sonhos. É uma fênix vermelha renascida das cinzas!


Tudo o que Snyder passou durante as gravações, o suicídio da filha Autumn (que teve sua homenagem no filme), as pressões de Walter Hamada e cabeções da Warner e da DC, as cagadas feitas por Joss Whedon na versão de 2017 e os abusos e assédios morais a Ezra Miller e Ray Fisher… tudo isso teve sua justiça feita agora.


Uma legião de fãs uniu-se em busca de um objetivo comum, incluindo hashtags levantadas e petições globais assinadas (sendo que este escritor aqui também participou da campanha). Com muito esforço e um apoio maciço de nós, fãs de quadrinhos e nerds assumidos, pudemos alcançar o objetivo e Snyder conseguiu criar sua versão dos sonhos de Liga da Justiça. Flash e Ciborgue tiveram seu valor honrado e reconhecido e todos saímos felizes e satisfeitos ao final das 04 horas de duração… e poderiam ter sido 08 horas, de tão épico que foi!


Ainda farei uma futura matéria abordando tópicos que acabaram ficando de fora desta resenha para não a deixar mais extensa ainda, bem como informações reveladas pelo diretor sobre como seria sua trilogia de Liga da Justiça. Agora, o que nos resta é levantar outra hashtag e assinar a petição global que já está em andamento pedindo que os produtores deixem as picuinhas de lado e atendam ao chamado dos milhões de fãs ao redor do mundo.


Já fizemos isso uma vez e, juntos, faremos novamente. Agora, com muito mais força e argumentos, pois o lançamento do filme nas mídias digitais quase travou a internet ao redor do mundo e vem batendo consecutivos recordes de espectadores e faturamento. Queremos que Snyder possa continuar a ser o visionário que sempre foi e nos presentear com sua trilogia que, ao que parece, será de explodir cabeças.


Tanto a versão legendada quanto a dublada são maravilhosas. Aliás, parabéns à equipe de dublagem, que foi fantástica! Jorge Lucas (Batman), Guilherme Briggs (Superman), Flavia Saddy (Mulher Maravilha), Marcos Souza (Ciborgue), Francisco Jr. (Aquaman), Charles Emannuel (Flash), Sergio Fortuna (Lobo da Estepe), Ricardo Juarez (DeSaad) e Guilherme Lopes (Darkseid) são as vozes brasileiras do longa. A vocês, só uma coisa a dizer: VOCÊS SÃO MITOLÓGICOS!!!


Lembrando que o longa está disponível nas plataformas digitais Apple TV, Claro, Google Play, Looke, Microsoft, Playstation, Sky, Uol Play, Vivo e WatchBr, com valor de locação em R$ 49,90. Ainda, as 04:02 horas de duração são divididas em 6 capítulos, da seguinte forma:


  • Parte 1 - "Don't count on it, Batman" - 09 minutos e 34 segundos

  • Parte 2 - "The Age of Heroes" - 37 minutos e 30 segundos

  • Parte 3 - "Beloved Mother, Beloved Son" - 01h e 09 minutos

  • Parte 4 - "Change Machine" - 01h e 52 minutos

  • Parte 5 - "All The King's Horses" - 02h e 22 minutos

  • Parte 6 - "Something Darker" - 02h e 53 minutos

  • Epílogo - "A Father Twice Over" - 03h e 34 minutos


Para finalizar esta resenha, posso dizer, sem medo de errar, que Zack Snyder’s Justice League é o melhor filme de super-heróis da DC e o segundo melhor filme de super-heróis da história do mercado audiovisual, ficando atrás (mas por uma míiiiiiinima diferença) de Vingadores: Guerra Infinita e jogando terra looooonge em Vingadores: Ultimato. Agora, a Marvel terá de quebrar a cabeça noite e dia para criar algo tão épico, mitológico e inesquecível assim.


Só temos a agradecer a Zack “God” Snyder por não ter desistido do sonho e por ter acreditado em nós, fãs, que não deixamos de acreditar em seu sonho e compramos a briga junto com ele. Conseguimos apenas a primeira batalha, mas há uma guerra chegando pela frente. E, juntos novamente, venceremos também a guerra! Vida longa e próspera ao diretor e ao SnyderVerse! Agora, sim, para finalizar:


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