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Mansão Bly - Episódio 8 comentado

  • Foto do escritor: D. C. Blackwell
    D. C. Blackwell
  • 9 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Vou confessar uma coisa pra vocês, pessoal... Não sou fã de flashbacks.

A narrativa deste episódio, o penúltimo da temporada, acontece muitos anos atrás e nos conta a origem da maldição que recai sobre os desafortunados que perecem nos arredores da mansão Bly. Voltamos a ter foco na narração da mulher do começo da série, que relata os eventos dos primeiros donos da mansão de maneira bastante literária e que constitui boa parte da emoção do episódio. Em contrapartida, o flashback, embora conte uma história muito interessante e dramática, acaba atrasando o desfecho da trama principal e desacelerando ainda mais o ritmo da série. Entretanto, não vou focar nisso, porque gosto é gosto, e a narrativa continua maravilhosa como sempre.



Os eventos deste episódio nos levam rumo a uma história pesarosa e terrível. A maneira como a maldição se dá e como ela persiste e afeta outras vidas é uma das coisas mais incríveis que já vi, contada com tamanha naturalidade que nos convence de uma verdade terrível: O sofrimento não acaba depois da morte. A beleza desta série está em contar uma história que poderia ser perfeitamente real através de elementos sobrenaturais com sobriedade num mundo apenas fantástico o suficiente para dar vida a alegorias profundas sobre questões humanas e filosóficas com as quais nos deparamos todos os dias muitas vezes sem refletirmos sobre elas.


Esta é uma série muito interessante. Ela começa como um suspense sobrenatural, beira o terror por alguns momentos e depois retoma o drama, que é o verdadeiro coração da obra. Se as histórias dos personagens secundários fossem encurtadas ou removidas, A Maldição Da Mansão Bly daria um filme de terror razoável, com certeza, mas ao invés disso temos uma série que transcende o terror e nos faz cair numa espécie de armadilha dramática, podendo surpreender alguns espectadores e desapontar outros, mais interessados no elemento do terror, que acaba por ser uma mera ferramenta para contar uma história profundamente melancólica.



Enfim, agora já sabemos de tudo. Não há mais sombras sobre os acontecimentos da mansão ou dúvidas sobre o que deve ser feito. Resta apenas observar enquanto os sobreviventes tomam suas decisões e lidam com elas no fim de tudo. Nossa protagonista morreu, mas nós bem sabemos que em Bly, morrer não garante nada, e ainda há chances de sobrevivência do casal Wingrave. É certo, porém, que o final será agridoce, senão completamente trágico, afinal, muita gente já morreu, e quem sobreviver vai ficar de luto por bastante tempo.

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