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What If...? - Episódio 2

  • Foto do escritor: Angers Moorse
    Angers Moorse
  • 20 de ago. de 2021
  • 11 min de leitura


Salve, salve, galera! Ainda hypado pelo primeiro episódio da série? Então, prepare o coração (e os lenços) porque o segundo episódio foi pra lá de emocionante! Muitas cenas incríveis, visual maravilhoso e mudanças e surpresas pra lá de impactantes.


Além disso, o episódio serviu como uma espécie de homenagem “não intencional” ao ator Chadwick Boseman, falecido em 28 de agosto de 2020, em decorrência de complicações de câncer de cólon, que evoluiu para o estágio IV.


E por que eu frisei “não intencional”? É que Chadwick já havia dublado não somente o segundo episódio, mas como participações em outros episódios da 1ª temporada da série antes de seu falecimento. Ou seja, é a voz do próprio ator que está na animação e, sem que suspeitássemos, uma das últimas participações dele nos cinemas e streaming.


Tanto que os próprios diálogos criados na trama também nos dão essa sensação de “homenagem póstuma” ao ator, porém elas já haviam sido previamente escritas, revisadas e dubladas à sua morte. De qualquer forma, serviu perfeitamente para uma última despedida a ele dentro do MCU… e fará muita falta!


Bem, lágrimas e homenagens à parte, vamos ao que interessa. Primeiramente, esqueça tudo o que você sabe sobre as Fases 1, 2 e 3 do MCU, porque este episódio acaba com tudo o que já aconteceu até então. Nenhum dos eventos desde Vingadores (2014) até Vingadores: Ultimato (2019) teria acontecido se uma única mudança tivesse ocorrido.



Começamos pelo questionamento: e se T'Challa tivesse sido capturado em vez de Peter Quill e se tornasse o Senhor das Estrelas? De cara, você pode apenas dizer “ah, ele teria fundado os Guardiões da Galáxia”. Será mesmo? Vem comigo, porque a piração tá garantida!


Logo de cara, uma pequena diferença entre o filme Guardiões da Galáxia e o episódio. No filme, Yondu captura Peter Quill meio contra a sua vontade e os dois criam uma relação bem turbulenta, repleta de traições entre eles. No episódio, não é Yondu quem faz a captura, mas sim duas pessoas que trabalham para ele… e nem é o próprio Yondu quem tem o interesse na captura, mas Ego, o Planeta Vivo (e um Celestial)... falaremos sobre ele mais tarde.


Outra diferença é que Peter não ficou nada confortável com a situação no filme, mas T’Challa parece que curtiu muito mais a nova aventura em meio ao espaço. Um segredinho de Yondu acaba sendo talvez a única semelhança notável entre filme e série, porque de resto é tuuuuuuuuuudo diferente!


A começar pelo fato de que T’Challa e Yondu se dão super bem e até fazem missões juntos sem um sacanear o outro. Basta lembrarmos do roubo do Orbe de Morag por Peter Quill no filme e de T’Challa no episódio… dois propósitos e duas atitudes de Yondu extremamente diferentes para o mesmo crime do Senhor das Estrelas.


Mudança importante também na cor dos olhos da máscara usada pelo Senhor das Estrelas. Diferente da cor vermelha do filme, no episódio ela aparece na cor roxa, como forma de honrar a origem de T’Challa em Wakanda e porque seu traje original dos filmes tinha energia de cor roxa.


Outra enorme diferença é que não existem os Guardiões da Galáxia, uma vez que as motivações para a criação do grupo nunca existiram. Sendo assim, nada de Groot e Rocket Raccoon na série (pelo menos, nada previsto ou mostrado até agora), nada de Drax doido pra matar o Thanos e nem mesmo a existência de Gamora (como assim???).



Por falar em Drax, já imaginou ele como um barman? Então, uma vez que sua família jamais teria sido destruída por Thanos, ele não teria motivações para sair em uma vingança maluca contra o Titã Louco. Quem sabe rolaria até uma parceria entre eles… já pensou uma dupla Drax & Thanos? Sucesso garantido!


Mais uma mudança significativa é o propósito entre Peter Quill no filme e T’Challa no episódio. enquanto Quill quer tirar proveito dos crimes apenas para si, T’Challa rouba dos ricos e poderosos para dividir com os pobres, uma espécie de Robin Hood espacial (teve até um trocadilho com isso na trama).


Uma diferença bem engraçada que rolou foi durante o roubo do Orbe. No filme, o próprio Ronan, O Acusador intercepta e prende Peter Quill… e ele nem reconhece Peter como o Senhor das Estrelas. Aqui na série, Ronan envia três de seus servos para interceptar T’Challa, mas a tentativa não dá muito certo.


T’Challa consegue imobilizar os três e ainda leva um deles para ser um novo recruta em seu time de saqueadores (isso mesmo, você não ouviu errado não… T’Challa é um saqueador no episódio!). O mais legal foi ver a cena em que Yondu aparece com sua flecha teleguiada por assobios e acaba com o exército que cerca seu pupilo na saída do roubo do orbe.



Aliás, para ser sincero, AMEEEEEEI o Yondu no episódio muito mais que nos filmes! Achei que ficou sensacional e ainda não teve de morrer. E o Michael Rooker ficou brabo demais tanto no papel quanto na dublagem… o cara é mitológico! Para mim, consertaram aqui no episódio algumas cagadas feitas nos filmes…, mas isso é opinião pessoal mesmo.


Antes de entrarmos na piração do episódio, vamos falar um pouco sobre a trama em si. Nebulosa (ou Nebula) aparece com um plano maluco para roubar as chamadas Fagulhas da Gênese, uma espécie de poeira cósmica rica em nutrientes de uma supernova que é capaz de gerar ecossistemas inteiros, recuperando planetas praticamente mortos e salvando infinitas vidas no Universo (é certo que precisaremos um pouco disso aqui na Terra em mais alguns anos, do jeito que as coisas estão atualmente).


No estilo Doze Homens e Um Segredo, a equipe de T’Challa, Yondu & Cia parte para a missão de roubar esse material do Colecionador (Benício Del Toro). Entre mentiras, perseguições, muita ação, pancadaria, um combo de referências e easter eggs e pilantragens de ambos os lados, a piração rola solta a partir de agora… e vamos nessa vibe aqui na resenha também!


Para começar a bagunça, hora de descobrir o que mudaria no MCU se T’Challa tivesse se tornado o Senhor das estrelas em vez de Peter Quill. Primeiramente, Gamora não apareceria (ou nem existiria), uma vez que ela não teria sido sequestrada por Thanos em Zen-Whoberi e metade do planeta não teria sido destruído.


Não existindo Gamora, não teria existido o romance dela com Peter Quill e ela não teria se rebelado contra o pai adotivo. De outro lado, Nebulosa teria sido a bola da vez, pois Thanos teria exterminado parte do planeta dela e a adotado como filha no lugar de Gamora. Com isso, nunca teria havido a rivalidade entre Nebula e Gamora e Nebula nunca teria tido suas partes do corpo retiradas e substituídas por peças mecânicas.



Sem a Nebula mecânica e repleta de raiva de seu pai, ela jamais teria se aliado aos Vingadores. Por falar na Nebula, ela ficou gata demais no episódio (só ficou com uma cicatriz no rosto feita pelo Colecionador)! Já tem muita gente shippando ela e o T’Challa por aí… até que ficou um casal bem simpático e com muita química, concordam?


Ainda falando dela, a própria relação entre Nebula e Thanos teria sido muito mais amigável, isso porque o Titã jamais teria levado adiante seu plano “genocida”. Opa, quer dizer que Thanos nunca teria juntado as Seis Jóias do Infinito e lutado contra os Vingadores? Já pegou o jeito da coisa!


Aliás, falando no Titã Louco, ele jamais teria sido assim e nem mesmo os eventos do primeiro filme dos Vingadores teriam existido (WTH?!?). Isso porque ele jamais teria enviado Loki à Terra, não dando aos heróis uma motivação óbvia para formar uma equipe. Mas, espere aí… se Thanos não foi o Titã Louco, quem ele foi então?


Se não existem os Guardiões da Galáxia, uma nova formação está presente: os Saqueadores, com as presenças de Korath, Yondu, Nebulosa, Teaserface, Kraglin e Senhor das Estrelas na equipe. Ah, acreditem ou não, tem outra pessoa super importante (e inesperada) na equipe. Conseguem adivinhar quem é?


Acertou em cheio! Thanos virou um membro da equipe de saqueadores de T’Challa (WHAT???)! Isso mesmo, o grande vilão do UCM teria sido um parça de Yondu & Cia nos roubos mundo afora, incluindo no plano para roubar as Fagulhas da Gênese do Colecionador. Tipo, não virou tão bonzinho assim, mas nunca teria sido o grande vilão do UCM.


O mais louco é ver Thanos sendo o brother da galera, falando abertamente sobre seu plano de extermínio bem de boas e sendo zoado pelos colegas… nem mesmo em Wakanda ele deixou de se exibir e convencer os outros de que sua ideia não era tão ruim assim (e na maior cara de pau!).



Ficou tão diferente que nos bastidores da produção já chamavam ele de “Thanos californiano”, por ser bem de boas (rachei de rir com essa!). E isso é ruim? de jeito algum! Apesar de curtir ele como vilão, ficou muito bem de mocinho também. Sendo sincero? Queria muito ver ele virando herói nos próximos filmes do MCU… seria insano!


E quem teria tirado a ideia de levar seu plano adiante? O próprio T’Challa, convencendo Thanos no papo de que haveria formas mais bacanas de disseminar recursos à população sem matar metade dela. Convenhamos, T’Challa é foda, mesmo não sendo o Pantera Negra!


Agora, a pergunta que não quer calar: se Thanos não tivesse sido o grande inimigo, quem teria sido então? Apesar de não imaginarmos como isso poderia se desenrolar ainda, o episódio deixa bem claro que o manto de vilão teria sido assumido pelo próprio Colecionador. A propósito, ele estava muito mais badass no episódio… ficou sinistro!


Outro ponto importante é que a Ordem Negra estaria ao lado do Colecionador (Corvus Glaive, Próxima Meia-Noite, Fauce de Ébano, Estrela Negra e Supergigante). E Thanos teria de sair na porrada contra eles para salvar sua vida e a de seus amigos… o grandão também sabe ser nobre quando é preciso!


Voltando a possibilidades que o episódio abre, não havendo o genocídio de Thanos, consequentemente nem Gamora nem Viúva Negra precisariam ter sido sacrificadas por causa da Joia da Alma, nem Visão teria morrido e Wanda não teria ficado maluca em WandaVision…. e ainda não teríamos a morte de Tony Stark em Vingadores: Ultimato.


E mais, Loki não teria tentado sacanear Thanos nem teria morrido pelas mãos dele (se bem que achamos que ele não morreu de verdade, como vimos em Loki). Thor não teria arrancado a cabeça dele em Titã II, e com isso não teria entrado em depressão e virado o meme “Thor Barrigudo”. Quem sabe, nem mesmo teria deixado Asgard e ido ao espaço com os Guardiões da Galáxia (que nem teriam existido, na real).


Talvez até a própria Capitã Marvel não precisasse ter aparecido na treta, pois não teria havido o blip e ela não teria recebido o chamado do pager dado por Nick Fury. E as loucuras não param por aí não… tem várias outras mudanças que poderiam ter ocorrido.


Outra mudança que poderia nunca ser implementada dentro do UCM seria uma futura relação entre T’Challa e Tempestade (X-Men chegando na área!). Nos quadrinhos, os dois chegaram a ser casados e tiveram altas tretas e havia rumores de que essa adaptação poderia aparecer ou nas cenas pós-créditos de Pantera Negra 2 (mais tarde, intitulada Pantera Negra: Wakanda Forever) ou em um vindouro Pantera Negra 3.


Por falar em Wakanda, Killmonger e T’Challa nunca teriam entrado em batalhas e Killmonger jamais teria se vingado, uma vez que seu pai, N'Jobu, jamais teria morrido pelas mãos de T’Chaka. Com isso, ou Killmonger e T’Challa teriam sido grandes amigos (e irmãos de sangue) ou Killmonger nem teria existido em Wakanda. Ou, quem sabe, ele teria assumido o trono de Wakanda no lugar de T’Challa, uma vez que ele seria agora o Senhor das Estrelas.


Mudando um pouco a vibe da resenha, vamos falar de referências e easter eggs. A primeira delas é o escudo protetor de Wakanda em 1988, quando T’Challa ainda criança faz uma incursão para o lado externo. O padrão hexagonal do escudo mostrado quando a lança atravessa é o mesmo mostrado nos pontos de salto no hiperespaço durante viagens espaciais. Significa a saída da criança de seu reino e sua jornada rumo ao desconhecido.


Teve referências ao ativista político e presidente sul-africano Nelson Mandela, que teve seu nome escrito na fuselagem da nave usada por T’Challa no episódio. Por falar em naves, T’Challa acaba encontrando uma nave de Wakanda na garagem do Colecionador, fato escondido por Yondu e que gera até uma discussão entre os dois por conta da mentira que ele conta a T’Challa sobre a suposta morte de sua família e a destruição de Wakanda.


Ainda sobre Wakanda, uma coisa no mínimo curiosa foi que na primeira cena em que T’Challa aparece com seu pai, há dois tronos ao fundo no palácio. Porém, quando T’Challa retorna a Wakanda no final do episódio, existe apenas um trono. Será que rolou alguma treta por lá nesses 20 anos de ausência? Possivelmente teremos maiores explicações quando Killmonger aparecer na série… aguardem.


Rolaram referências também aos Skrulls. Quando a equipe de T’Challa está em um bar conversando sobre os seus golpes, Korath menciona um assalto ao Banco Central de Tarnax IV, capital do império. Ocorre que nas HQs a destruição do planeta por Galactus é o motivo que leva à saga Invasão Secreta, que terá uma série exclusiva no Disney+ (e que estaremos acompanhando também).


Lembra do Thanos fazendeiro do final de Vingadores: Guerra Infinita e do início de Vingadores: Ultimato? Rolou uma referência a isso também, mas trazendo o Titã Louco como Thanos jardineiro. Com a desistência de seu plano, ele acaba adotando a jardinagem como hobby extra aos assaltos junto aos Saqueadores.


E teve referências até para a concorrência também (ou será que não?)! Quando T’Challa é preso e questionado pelo Colecionador se não possuía poderes de “voar ou soltar raios pelos olhos”, te lembrou alguém? Superman… ou teria sido Ikaris, o Superman da Marvel que estará no filme Os Eternos e que teve seu trailer final divulgado na última quinta-feira (19 de agosto)? Coincidentemente, ambos os personagens utilizam os mesmos poderes… curioso, não é?



Agora, vamos entrar no local com maior número de easter eggs e referências do episódio… a garagem do Colecionador. Teve nave de Wakanda, nave do Peter Quill (a dos filmes), um pod de batalha Kree, naves de festa do Grão-Mestre, uma nave da Tropa Nova e um veículo de exploração no Reino Quântico… e teve até mesmo uma nave X-Wing, de Star Wars!


Achou pouco? Tem mais de onde esses itens vieram! O escudo do Capitão América, o Mjölnir de Thor, o elmo de Hela e a adaga de Malekith, vilão de Thor: Mundo Sombrio, tudo isso em um mostruário pra lá de interessante. Até mesmo algumas armas similares às usadas por Thanos nos filmes estavam por ali.


E ainda tinha mais (muuuuuuuuuito mais!): um elfo das trevas, o cachorro astronauta Cosmo, um Kree e um Skrull, além de referências aos Gigantes de Gelo e os Kronianos. Por falar neles, acho que sobrou até para o nosso simpático kroniano Korg. Na luta contra T’Challa, o Colecionador exibe uma luva feita com restos do corpo de um “kroniano tagarela”... adivinha quem (R.I.P., amigão)?


E para completar a cereja do bolo, apareceu até mesmo Howard, o Pato! Ele estava preso em uma caixa de vidro quando T’Challa passa por ele e pede informações. Sabe aquela coisa de simplificar as coisas? T’Challa achou melhor estourar o vidro e liberar Howard para ser o guia que pedir o mapa detalhado… após ajudar com o caminho, Howard para tomar mais um drinque… eita pato folgado esse!


Depois de todas essas preciosidades dentro da garagem do Colecionador, resta saber como ele conseguiu todos esses itens. No papo, é que não foi, isso é certeza. E não ficaria surpreso se não tivesse sido ele o grande vilão do UCM caso Thanos não tivesse levado seu plano adiante. Se tem um cara mais louco que o próprio Titã Louco, esse alguém é o Colecionador… e ainda estava muito mais bombadão e overpower no episódio!


Finalizando, ainda tivemos uma última mudança bem no final do episódio, mas que pode ter desdobramentos futuros ainda mais surpreendentes. Lembram do restaurante Dairy Queen, que apareceu em Guardiões da Galáxia Vol. 2? Então, Peter Quill trabalha lá e ainda continua usando os mesmos fones de ouvido laranja e preto e continua ouvindo a fita K7 de sucessos dos anos 80 dada por sua mãe antes de morrer.



Para nossa surpresa, quem aparece no restaurante? Ego, o Planeta Vivo, aparentemente para buscar o filho e o levar embora na nave espacial, que está estacionada do lado de fora. Um detalhe sobre o restaurante: é o mesmo lugar no qual Ego escondeu uma das sementes que o permitiria expandir seus poderes e sua consciência para outros planetas.


Quando Ego apareceu, já pensei que ele ia matar Peter, muito embora ele tenha encomendado para Yondu o resgate de seu filho… acho que tem coisa mal explicada aí que ainda pode dar ruim. Ainda mais porque Uatu fala que isso pode significar o fim do mundo, mas que é uma história que fica para outro dia.


Pensando nos artefatos do Colecionador, podemos pensar que ele derrotou os Vingadores e que pode até ter tido uma forcinha do próprio Ego para isso… ou que Ego usou o Colecionador para fazer isso e agora que reencontrou o filho não precisa mais dele. Certamente teremos muitas reviravoltas chegando nos próximos episódios!


Resumo do episódio: Thanos gente boa, T’Challa inspirador, o MCU virado de cabeça pra baixo e um novo grande vilão chegando na área. Preparem-se para os próximos episódios, porque loucura pouca é bobagem em What If…?!

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