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What If...? - Episódio 3

  • Foto do escritor: Angers Moorse
    Angers Moorse
  • 27 de ago. de 2021
  • 8 min de leitura


Salve, salve, galera! Confesso que o terceiro episódio me deixou dividido. Se por um lado achei super interessante a premissa dele, por outro fiquei triste com a falta de aprofundamento nas suas consequências.


Muitas pessoas andam criticando a série por ser atropelada demais, o que não concordo. Tanto o primeiro quanto o segundo episódios tiveram seus timings corretos, acelerando quando era preciso e focando no principal, que é justamente em mostrar os resultados de uma pequena mudança.


O terceiro episódio de What If…? traz uma suposição muito interessante e que teve uma pequena amostra no trailer oficial da série: e se a formação original dos Vingadores jamais tivesse existido? Já parou para pensar nisso? Então, vamos viajar nessa teoria a partir de agora.


Primeiramente, é necessário dizer que não foi um episódio ruim como um todo. Trilha sonora, efeitos visuais e cenários ficaram ótimos. Além disso, a forma como a trama se desenvolve foi bem instigante, principalmente na descoberta do responsável pelas mortes misteriosas dos Vingadores originais. Porém, devo admitir que pisaram fundo no acelerador e atropelaram um fechamento de episódio que poderia ter sido épico.


Vamos entrar na trama do episódio. Em uma semana extremamente agitada para Nick Fury, ele vê seus maiores heróis sendo mortos um a um antes mesmo de terem a chance de se reunir e dar origem à formação dos Vingadores.


A treta já começa com a morte de Tony Stark após conversar com Nick Fury e receber uma injeção de Natasha Romanoff. Depois, Clint Barton mete uma flecha no peito de Thor. E se desgraça pouca não é bobagem, Bruce Banner (em sua forma como Hulk) é explodido e vira uma névoa verde. Ou seja, três Vingadores mortos em três dias, sendo dois deles mortos por outros dois Vingadores (WTH?!?).



Em meio a tudo isso, Nick Fury ainda precisa lidar com a chegada de Loki e seu exército asgardiano à Terra enquanto tenta descobrir o responsável pelo assassinato de Tony, Thor e Bruce. Para surpresa geral, descobrimos que o verdadeiro vilão é Hank Pym, motivado por vingança pela morte da filha, Hope Van Dyne, em uma missão da S.H.I.E.L.D. E o detalhe interessante: em tese, ela foi convencida pelo próprio Nick Fury a fazer parte da agência.


E é justamente com uma aliança improvável entre Nick e Loki e o príncipe asgardiano assumindo o controle da Terra que começamos nossa brincadeira por aqui. Para início de conversa, a simples não existência dos Vingadores já invalidaria tudo das Fases 2 e 3 do UCM. Vamos analisar como cada uma das mortes impactaria.


Com a morte de Tony Stark, Ultron não teria sido criado e, em consequência disso, Visão também não existiria. Não existindo Visão, Wanda e Pietro Maximoff talvez não teriam sido voluntários da H.Y.D.R.A. e se tornado inimigos e, posteriormente, heróis. E mais, a própria série WandaVision não teria acontecido e, muito provavelmente, ela não teria se tornado a Feiticeira Escarlate.


Pietro continuaria vivo e os irmãos não teriam nenhuma grande motivação de vingança contra Tony Stark. Além disso, o fake Mandarim não teria dado as caras no UCM (o que até que seria uma ótima ideia) e nem mesmo os trajes de nanotecnologia teriam sido criados, ajudando Peter Parker em Vingadores: Guerra Infinita, Vingadores: Ultimato e Homem-Aranha: Longe de Casa. E um outro personagem talvez nunca tivesse dado as caras também: o Doutor Estranho.


Aliás, Peter Parker não teria tido seu grande amigo e mentor e não teria sido chamado para fazer parte dos Vingadores futuramente, mantendo-se apenas como o amigão da vizinhança. Outra coisa que poderia nunca ter acontecido é a viagem no tempo em Vingadores: Ultimato para pegar emprestado as Joias do Infinito de realidades alternativas e derrotar Thanos.


Quanto à morte de Thor, isso impactaria diretamente os acontecimentos em Asgard e por aqui também. Ele jamais teria conhecido Jane Foster e ela jamais teria tido contato com o Éter (a Joia da Realidade) em Thor: O Mundo Sombrio. Com o deus asgardiano morto, Loki assumiria de vez o trono em Asgard e talvez os Gigantes de Gelo pudessem invadir o local e comandar tudo ao lado dele.


Outra mudança significativa é que com Loki como Rei de Asgard e tomando o controle também da Terra, talvez ele não teria sido arauto do Thanos. Ao contrário, ele poderia assumir o posto de herói local, enfrentando os exércitos Chitauri (caso Thanos existisse, se levarmos em conta os acontecimentos do episódio 2).


Finalmente, a morte do Hulk provavelmente inviabilizaria o surgimento do Abominável ou, quem sabe, do Hulk Vermelho (há rumores de que ele já esteja sendo estudado e dê as caras no futuro do UCM). Além disso, a relação dele com Natasha jamais teria sido aprofundada e o mundo perderia um de seus heróis mais fortes e uma das mentes mais brilhantes em eventuais futuras batalhas.


Digo que a morte de Bruce Banner/Hulk seja a que menos causaria mudanças drásticas, mas longe de ser a menos importante dessas mortes. O lado positivo disso acontecendo é que jamais o Professor Hulk teria existido. E, cá pra nós, não teria feito nenhuma falta no UCM, concordam?



Agora, as mudanças mais significativas talvez estejam em alguns personagens que não morreram, a começar por Nick Fury. O fato de ele não ter tido tempo de montar a formação dos Vingadores talvez o obrigasse a buscar novos nomes, como a Capitã Carter e o Senhor das Estrelas de T’Challa. Além deles, um nome muito curioso que apareceu no final é o da Capitã Marvel.


Na última cena, Nick Fury vai atrás da Capitã Carter e vemos a icônica cena do escudo congelado. Ao olhar para trás, Carol Danvers aparece por ali e já querendo saber da briga. Imagino que ela seria um dos novos nomes na lista para o Projeto Vingadores, o que poderia ter impactado nas outras tretas atendidas por ela no universo cósmico.



Sobre o grande (e surpreendente) vilão da trama, Hank Pym acusa Nick Fury de ser o responsável pela morte de sua filha Hope. Além disso, ele também vê Nick com alguma culpa na morte de sua esposa Janet Van Dyne. A questão é que, segundo as teorias que rolam, Alexander Pierce pode ter convencido Nick Fury a trazer Hope para a S.H.I.E.L.D.


Com isso, Hope teria sua morte propositalmente planejada por Pierce e ter sido assassinada pelo Soldado Invernal em Odessa, causando a ira de Hank e fazendo com que ele decidisse acabar com os planos de Nick Fury de formar os Vingadores. A grande sacada é que Pierce seria um agente da H.Y.D.R.A. infiltrado na S.H.I.E.L.D. e ele já teria tomado conhecimento dos planos de Fury em formar a equipe de super-heróis.


Com todas essas mudanças acontecendo, nem mesmo as viagens através do Reino Quântico teriam acontecido, Janet jamais teria sido resgatada de lá e ajudado a Ghost a se recuperar e até mesmo o colapso no Multiverso poderia ter sido afetado… ou ele teria começado muito antes.


Uma presença que merece destaque no episódio é o retorno do agente Coulson, auxiliando Nick Fury na investigação sobre o misterioso assassino dos heróis. Aparentemente, ele teria sido morto no filme Os Vingadores, mas como esses acontecimentos jamais teriam ocorrido, cabe ressaltar que ele jamais teria morrido pelas mãos de Loki. Quem sabe, os dois poderiam até ter se tornado grandes amigos e trabalhado juntos graças à parceria inusitada de Nick Fury com o Deus da Trapaça.


Outras presenças importantíssimas no episódio são as do General Ross e sua filha, Betty Ross (ambos na cena da morte do Hulk/Bruce Banner), a Lady Syf (junto de Loki em sua chegada com o exército asgardiano na Terra) e Ossos Cruzados (na cena da prisão da Viúva Negra pela morte de Tony Stark/Homem de Ferro).


Agora, vamos às referências e easter eggs do episódio. A primeira referência é a cena da invasão de Thor à base da S.H.I.E.L.D. presente no filme Thor (2010). A cena retrata a chegada do Deus do Trovão em busca do Mjolnir na base da agência. A única diferença é que no episódio quem comanda a operação é o próprio Nick Fury.



A segunda referência é sobre a Pizzaria do Stanley, lugar presente no filme O Incrível Hulk (2008), na qual Betty Ross reencontra Bruce Banner no filme. O agasalho e o boné vermelho fazem uma segunda referência nas entrelinhas ao saudoso e mitológico Stan Lee.


Outra referência é o discurso de Loki no filme Os Vingadores, na Alemanha, quando ele fala sobre a insignificância dos seres humanos perante um Deus e que todos eles deveriam se ajoelhar diante de si.


Lembra dos cards que o Agente Coulson dá a Steve Rogers antes de morrer no filme Os Vingadores? Quando Natasha Romanoff tenta acessar os arquivos secretos e pede a senha de administrador do agente, ele passa a senha “Steve-Steve-Steve-eu-coração-Steve-04-07”. Os números são exatamente a data de aniversário de Steve Rogers, além de ser a data da independência norte-americana. Quem é fã, é fã…. e não se discute!


A morte de Hulk explodindo é uma referência aos quadrinhos e também a uma cena que não aconteceu antes no UCM (e que muitos fãs gostariam de ver). Na saga Em Velho Logan (2008), Bruce Banner acaba enlouquecendo e engole Logan, mas o mutante acaba se regenerando dentro do estômago do gigante e abre um buraco para sair, matando o Hulk.


Aqui no episódio, quem acaba fazendo isso é Hank Pym como Jaqueta Amarela, que entra em Bruce antes de se tornar o Hulk e o explode de dentro para fora. Já no UCM, boa parte dos fãs gostaria de ver essa cena acontecendo entre o Homem-Formiga e o Thanos (entendedores entenderão a teoria).


Teve também referências ao filme Homem de Ferro 2, com a cena na qual Nick Fury encontra Tony Stark com seu traje curtindo um sol sentado em uma placa de donut. Para finalizar, outra referência bacana é a cena da Viúva Negra saindo na porrada contra vários soldados, clássica referência à cena de Steve Rogers no elevador contra os agentes da H.Y.D.R.A. em Capitão América: O Soldado Invernal.


Ah, e antes que eu esqueça, embora o momento Nexus do episódio possa parecer a morte de Hope Van Dyne, que levou Hank Pym a ficar doido e tentar acabar com os planos de Nick Fury em fundar os Vingadores, a treta já começou muito antes disso.


Quando Nick convence Janet Van Dyne a entrar para a S.H.I.E.L.D., supostamente a mando de Alexander Pierce, e ela morre em uma das missões da agência, Hank Pym pode ter ficado com raiva desde aquele momento, e essa raiva pode ter feito com que ele abandonasse a agência e causado a quebra da relação entre ele e a filha.



Com isso, Hope também acaba sendo convencida por Nick (também a mando de Pierce) a entrar para a agência e ela ser propositalmente enviada para uma emboscada e morta pelo Soldado Invernal. Aliás, o próprio Pierce pode ter causado o evento Nexus ao decidir acabar com os planos da formação dos Vingadores.


No geral, um episódio muito bom, com cenas de lutas incríveis e várias piadinhas e referências, mas que peca por ter atropelado demais as consequências das mortes de Tony Stark, Thor e Bruce Banner e a consequente quebra dos planos de Nick Fury para formar os Vingadores.


A impressão é que o episódio não foi concluído propositalmente e que ele ainda terá uma continuação, principalmente pela chegada da Capitã Marvel e pelo momento em que Fury encontra a Capitã Carter congelada.


Se foi proposital essa ruptura e o final aberto (penso que é isso mesmo), resta aguardar pela continuação da trama. Agora, se ficar por aí mesmo e não tiver uma sequência nos próximos episódios, foi um ótimo episódio que teve grande potencial desperdiçado com um final acelerado demais e que acaba bem no momento em que as coisas iam ficar interessantes.


Por ora, ficamos por aqui. Apenas lembrando que temos episódios semanais e que traremos a resenha de cada episódio aqui no site, além de estarmos antenados em tudo o que rola no UCM. Pintando novidades, vocês terão matérias mais que especiais. Grande abraço e até semana que vem!

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